Meningioma  gigante  fronto-parietal com  hiperostose.
1. Peça de 2008 (calota óssea infiltrada).
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Peça cirúrgica de 2008.  Na primeira cirurgia em 2008 foi retirada a calota craniana infiltrada por meningioma.  Para as correspondentes imagens em tomografia computadorizada e ressonância magnética, clique.  Aqui documentamos a calota em sua convexidade e na face interna. A peça veio serrada em três partes, presumivelmente para facilitar a retirada. Toda a parte central estava infiltrada por tumor. O sangramento profuso quando da separação entre o osso e a dura-máter obrigou à interrupção do ato cirúrgico. O componente intracraniano do meningioma só foi retirado quase 4 anos após.  Para destaques da histologia do osso e do tumor intracraniano, clique. 
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Superfície irregular  na face interna da calota óssea correspondia ao local em continuidade com o meningioma.  Esta parte foi serrada longitudinalmente para visualizar as relações entre osso infiltrado e não infiltrado (abaixo). 
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Em  corte, 

a parte central, espessada pelo tumor e pela correspondente hiperostose, chegava a cerca de 2,5 cm de espessura, ou pelo menos três vezes mais que as extremidades sem lesão. 

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Comparação entre a imagem radiológica e a peça de calota em corte ântero-posterior.  Para mais imagens da tomografia computadorizada e da ressonância magnética deste caso, clique. 
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Destaques  da  microscopia. 
Osso.  Borda periférica de osso esponjoso (díploe) não infiltrado.  Meningioma  nos espaços medulares do osso, com redemoinhos, induzindo síntese de osso novo (hiperostose).  Hiperostose : trabéculas ósseas espessadas e aproximadas, diminuição dos espaços medulares, que contêm tumor
Tumor intracraniano.  Superfície externa - adipócitos do hipoderma do couro cabeludo. Aspectos do meningioma.  Interface tumor - cérebro. 
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Lâmina escaneada da transição 

entre as áreas,  infiltrada à direita e preservada à esquerda.  Esta imagem com resolução de 600 dpi (dots per inch). Para resolução de 1200 dpi ver imagem abaixo (1338 x 928 pixels).  Na parte infiltrada pelo tumor, as trabéculas ósseas são mais espessas e próximas entre si.  O tumor ocupa os exíguos espaços medulares. 

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Área não infiltrada. 

Esta serve de controle normal. Observam-se trabéculas de osso lamelar normal, com lamelas orientadas segundo as linhas de tensão. Não há remodelação óssea nesta área. Os espaços medulares são ocupados por medula óssea adiposa (amarela). 

Para osso normal no curso de graduação, clique. 

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Meningioma nos espaços medulares. 

À medida que se avança para a área infiltrada, começam a ser notados agrupamentos de células neoplásicas meningoteliais com redemoinhos, que ocupam parcialmente os espaços medulares da díploe. As trabéculas ósseas vão se tornando gradualmente mais espessas (hiperostose). 

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Hiperostose. 

O meningioma que infiltra os espaços medulares da díploe é de padrão histológico transicional, rico em redemoinhos. Estimula a atividade dos osteoblastos, que depositam osso novo na superfície das trabéculas pré-existentes, espessando-as.  Isto se manifesta na forma de linhas cementantes (mais densas ou basófilas) na matriz óssea. Os osteoblastos ficam incorporados à matriz óssea e passam a chamar-se osteócitos. 

Para mais sobre o processo de neoformação óssea numa osteomielite crônica, clique

Para outro caso de meningioma causando hiperostose, clique

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Lâmina escaneada da parte mais espessa do osso infiltrado. 

Superfície externa para cima,   meningioma embaixo.  Nesta lâmina não há osso normal. Todo ele está infiltrado por meningioma, que causa espessamento e aumento numérico das trabéculas ósseas. Os espaços medulares estão reduzidos e preenchidos por tumor. Na face inferior o meningioma se continua com a dura-máter (que não veio nesta peça) e com o componente intracraniano, retirado numa etapa posterior. 

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Hiperostose em osso infiltrado por meningioma. 

Aqui, as trabéculas ósseas são espessas e aproximadas entre si, e os espaços medulares contêm ninhos de células do meningioma. Estas estimulam os osteoblastos a depositar matriz óssea, produzindo osso novo. 

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Margem  inferior do  fragmento, 

mostrando continuidade entre o osso em cima, com o meningioma, embaixo.  Esta faixa de tumor corresponde ao que ultrapassou a dura-máter.  A dura em si ficou no paciente após a remoção da calota espessada. 

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Para mais imagens deste caso:
TC, RM originais Crânio infiltrado por meningioma,  com hiperostose RM após 3 anos Meningioma intracraniano
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