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3. Microscopia eletrônica. |
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microscopia eletrônica.
Outras páginas: HE, tricrômico de Masson, reticulina, PAS, imunohistoquímica. Texto. Para exames de imagem, clique. |
Microscopia eletrônica. A microscopia eletrônica, com seu alto poder de resolução, colabora na melhor compreensão da estrutura deste raro exemplo de meningioma. Do espécime enviado diretamente da mesa cirúrgica para congelação foi retirada pequena alíquota (1-2 mm3) e imediatamente fixada em solução de Karnovsky (1% paraformaldeído + 3% glutaraldeído em tampão cacodilato 0.07 M ph 7,2). A boa preservação das membranas celulares é atribuível à rápida fixação. Contudo, sendo o fixador aquoso, o glicogênio que preenchia o citoplasma das células dissolveu-se, deixando aspecto eletrolucente e amorfo. |
Aspecto geral do tumor. O mais notável neste meningioma de células claras é o citoplasma amplo e vazio, lembrando células vegetais. Poderia sugerir, à primeira vista, um artefato osmótico ou autólise, que descartamos pela rapidez e cuidado na fixação, e pela correlação com o material de parafina. As membranas plasmáticas das células estão preservadas em detalhe e apostas intimamente entre si, atestando boa preservação. O aspecto em HE (inset) e ultraestrutural são superponíveis. |
Pobreza em organelas. Na maioria das células observa-se apenas o aspecto claro devido ao acúmulo de glicogênio. Este não aparece como grânulos individualizados, mas como material amorfo, homogêneo e eletrolucente. Para preservar o aspecto em grânulos teria sido necessária fixação diretamente em tetróxido de ósmio. As organelas estão restritas a certas áreas das células. Na maioria das células há poucas organelas no plano de corte e, em muitas, o núcleo não é observado por estar acima ou abaixo do corte. Alguns núcleos têm nucléolos proeminentes. |
Arranjo em quebra-cabeças. Com aumento forte, células vizinhas se encaixam intimamente, ficando as membranas justapostas por longas extensões e em disposição paralela, praticamente sem material intersticial entre elas (lembrando trilhos de trem). O número de junções especializadas é pequeno (alguns desmossomos estão demonstrados mais abaixo). |
Notar encaixe preciso das células, membranas de células vizinhas dispostas paralelamente. |
Glicogênio citoplasmático. A razão do caráter claro das células seria o acúmulo de glicogênio intracitoplasmático. Porém, em razão da fixação formólica ou em líquido de Karnovsky, que são aquosos, boa parte do glicogênio é extraída. Abaixo, uma área melhor preservada do espécime, positivo ao PAS. Em microscopia eletrônica, vê-se um material amorfo levemente acinzentado, que provavelmente corresponde ao local onde se encontrava o glicogênio. O glicogênio propriamente dito teria aspecto granuloso e eletrodenso. |
Finas lingüetas de citoplasma insinuam-se à maneira de cunhas entre células vizinhas. Dão idéia da grande delicadeza e finura ultraestrutural das células neoplásicas. |
Alguns desmossomos bem constituídos ancoram células vizinhas. Em certos prolongamentos celulares vêem-se filamentos intermediários intracitoplasmáticos, comuns em meningiomas, provavelmente constituídos por vimentina. Mitocôndrias estão tumefeitas, presumivelmente por anóxia pré-fixação. |
Filamentos intermediários são parte do citoesqueleto, constituídos de proteínas resistentes à tração. Dão firmeza ao citoplasma da célula meningotelial, normal ou neoplásica. Nos meningiomas, o principal filamento intermediário demonstrável por imunohistoquímica é vimentina. Abaixo, uma montagem de reação para VIM e uma célula tumoral rica em filamentos intermediarios, aqui em corte longitudinal. |
Colágeno e substância fundamental estão concentrados em certos pontos entre as células neoplásicas, formando densos enovelados, em que as fibras colágenas se dispõem ao acaso, orientadas em várias direções. Inset = tricrômico de Masson. |
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