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Paciente com clássico meningioma da grande asa do esfenóide causando hiperostose. Os três componentes: intraósseo, intracraniano e intraorbitário foram enviados em frascos separados para exame anátomo-patológico. |
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Aspecto geral. Material retirado da grande asa D do esfenóide. | |
Tecido ósseo compacto, correspondendo provavelmente à cortical óssea da grande asa do esfenóide. Faz transição para tecido ósseo esponjoso com grande espessamento das trabéculas e redução dos espaços medulares (hiperostose, ver abaixo). |
Tecido ósseo esponjoso com hiperostose. Grande espessamento das trabéculas por neoformação óssea. Os espaços medulares estão reduzidos, desprovidos de medula óssea funcionante e foram colonizados por células do meningioma. Este espessamento é visualizado nos exames de tomografia computadorizada como hiperdensidade semelhante à do osso compacto, e na ressonância magnética como ausência de sinal em todas as seqüências, devido à pobreza de água no tecido. | |
Grande asa D do esfenóide com hiperostose. Aparece hiperdensa em tomografia (foto à E) e hipointensa em ressonância (no caso, T2, foto à D). O tecido ósseo compacto e fortemente calcificado impede a passagem dos raios X na TC, portanto o osso aparece branco. Na RM, com o baixo grau de hidratação do osso não há interação entre a água e macromoléculas, portanto não há sinal (tecido ósseo é hipointenso, ou seja, aparece em preto). |
Invasão óssea pelo meningioma induz reação osteoblástica, com deposição de osso novo, através de rimas de osteoblastos. Os espaços medulares, onde antes havia medula óssea funcionante, sofrem fibrose e as células hemopoiéticas são substituídas pelas células tumorais. | |
Deposição
óssea. As células
neoplásicas meningoteliais induzem proliferação reativa
de osteoblastos, que são fibroblastos modificados para produção
de matriz óssea. Localizam-se na margem das trabéculas
do osso esponjoso formando fileiras. À medida que sintetizam matriz
são gradualmente envolvidos por ela, transformando-se em osteócitos.
O limite entre a matriz antiga e a nova é a chamada linha cementante.
A matriz antiga é lamelar (em camadas), a nova é desorganizada,
sendo chamada de osteóide ou osso trançado (em inglês,
woven
bone).
Clique para exemplos deste fenômeno em osteomielite crônica, fratura e formação de calo ósseo, e outro caso de meningioma com infiltração óssea. |
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Osteócitos maduros. As células ósseas maduras (osteócitos) comunicam-se entre si e com vasos por canalículos na matriz que contêm finos prolongamentos citoplasmáticos. | |
Tecido ósseo com medula óssea funcionante. Nesta área não houve invasão tumoral e a medula óssea funcionante está preservada em espaços medulares normais. | |
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O componente intracraniano do meningioma infiltrava extensamente a dura-máter, que aparece aqui como trabéculas de tecido fibroso denso. As células têm em parte contorno arredondado (aspecto meningotelial) e em parte são alongadas (aspecto fibroblástico). Freqüentemente tomam arranjo em redemoínhos ou em bulbo de cebola. Este padrão de meningioma é conhecido como meningioma transicional. | |
Meningioma secretor. Muitas células deste meningioma continham no citoplasma corpúsculos hialinos (eosinófilos e de textura homogênea), conhecidos como corpos pseudopsamomatosos. Correspondem a proteínas secretadas pelas próprias células neoplásicas e presentes em canalículos citoplasmáticos ou entre células adjacentes. Para microscopia eletrônica deste meningioma secretor, clique. Para outro caso de meningioma secretor e texto, clique. | |
Estas estruturas arredondadas, que se assemelham a células gigantes multinucleadas e contêm vários corpos pseudopsamomatosos, são agrupamentos de células meningoteliais presas entre si por complexos juncionais, como se pode verificar em microscopia eletrônica. Curiosamente, o aspecto secretor foi observado apenas no componente intracraniano deste meningioma. Não foi encontrado nem no osso infiltrado nem no interior da órbita. | |
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O componente intraorbitário do meningioma infiltrava a musculatura extrínseca do globo ocular na forma de lingüetas de tecido neoplásico de aspecto predominantemente fibroblástico. |
Caso do Serviço de Neurocirurgia do Hospital da Santa Casa de Limeira, gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima e Paulo Roland Kaleff. |
Para mais imagens deste caso: | TC, RM | PAS, IH | ME |
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