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rabdóide, papilífero e de células claras. 9. Área de células claras - Microscopia eletrônica |
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Página de resumo do caso |
A área
de células claras
é a que foi fixada em líquido de Karnovsky imediatamente,
a partir do material enviado para exame de congelação. Sua
preservação é próxima da ideal, notada por
três critérios: boa conservação das mitocôndrias
(ausência de artefato de 'inchaço' ou 'explosão'),
das membranas celulares (contínuas, sem rupturas), e da cromatina
nuclear (distribuição homogênea sem grumos).
O tecido mostra células poligonais ou arredondadas, com abundante citoplasma claro finamente granuloso (devido ao acúmulo de glicogênio), dispostas lado a lado com mínimo espaço intercelular. Não raro, as células se agrupam em torno de eixos conjuntivos. Como na parte rabdóide, as membranas celulares se ajustam intimamente como peças de um quebra-cabeças. Complexos juncionais são raros ou ausentes. Os núcleos são irregulares, com membrana nuclear formando caprichosas dobras. A cromatina é bem distribuída e os nucléolos são proeminentes. O citoplasma, nas áreas não ocupadas por glicogênio, é rico em organelas, como mitocôndrias e cisternas do retículo endoplasmático rugoso, mas pobre em filamentos intermediários. Clique nas figuras abaixo para mais detalhes. Comparar com outro caso de meningioma de células claras. Para microscopia eletrônica da parte rabdóide, clique. |
Destaques da microscopia eletrônica, parte de células claras. Texto sobre meningioma de células claras. | ||
Aspecto geral. Células regulares de citoplasma claro. | Eixos conjuntivos. Constituídos por colágeno, com células a sua volta | Células claras. Abundante glicogênio dá às células aspecto 'vegetal'. |
Limites celulares. Membranas lineares com encaixes precisos. Complexos juncionais raros ou ausentes. | Núcleo. Formas complexas com profundas dobras da carioteca. Nucléolos evidentes. | Citoplasma. Rico em organelas, pobre em filamentos intermediários. |
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Abundância
em glicogênio
dá às células aspecto claro, vacuolado (comparar com aspecto em HE, na inserção). Contornos celulares destacam-se. Núcleos altamente irregulares com múltiplas dobras da carioteca. |
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Estes perfis de material constituído por fibras colágenas e substância fundamental eram circundados por células. Sua relação com os vasos do tumor é melhor notada na impregnação argêntica para reticulina (abaixo). |
Correspondência entre um septo conjuntivo do tumor rico em fibras colágenas / reticulínicas (na inserção, impregnado pela prata), e estrutura equivalente em microscopia eletrônica. |
Em maior detalhe, o septo mostra fibras colágenas embebidas em substância fundamental amorfa do tecido conjuntivo, que aparece como material de variada eletrodensidade. Uma membrana basal marca o limite entre a membrana plasmática da célula neoplásica e o tecido conjuntivo. O vaso (que, presumivelmente, deve estar associado a este septo) não aparece nestas fotos. |
Em outra área, observam-se lingüetas conjuntivas ainda mais finas permeando entre as células neoplásicas. Comparar com a figura para reticulina, na inserção. Embora os delicados septos irradiem de vasos, estes, muitas vezes, estão à distância e não são vistos no plano do corte. |
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Acúmulo de glicogênio ocupa a maior parte do citoplasma de muitas células do tumor. Nestas áreas é raro observar organelas ou filamentos citoplasmáticos. |
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Células têm contornos simplificados e encaixam-se sem deixar espaço intercelular. São comuns finas lingüetas de citoplasma insinuando-se entre células vizinhas. Há conspícua ausência de junções intercelulares. Comparar com outro caso de meningioma de células claras. |
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Núcleos são freqüentemente muito irregulares, marcados por profundos sulcos e dobras da membrana nuclear. A cromatina é delicada, bem distribuída, sem grumos (sinal de boa fixação), com delgado adensamento abaixo da carioteca. Nucléolos são proeminentes. |
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Nas áreas não ocupadas por glicogênio, há abundante complemento de organelas, com predomínio de mitocôndrias e retículo endoplásmico rugoso, que sugere intenso metabolismo de síntese proteica (provavelmente em preparo para mais divisões celulares, ver Ki-67). |
A transição entre áreas ricas e pobres em glicogênio é abrupta, chamando a atenção a pobreza de organelas nas áreas ocupadas por glicogênio. |
Preparações de microscopia eletrônica pelas técnicas do Depto de Anatomia Patológica da FCM - UNICAMP, Sras. Marilúcia Ruggiero Martins e Geralda Domiciana de Pádua. A elas, nossos agradecimentos. |
Para página de resumo e mais imagens deste caso: | ||
TC, RM | Macro, esfregaço, congelação | Parte rabdóide: HE, especiais |
Parte rabdóide: IH | Parte rabdóide: ME | Parte papilífera: HE, especiais |
Parte papilífera: IH | Parte células claras: HE, especiais | Parte células claras: IH |
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