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hiperostose e lise óssea. 1. Macro; tumor intraósseo, HE |
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Masc. 69 a. Clique para história clínica e exames de imagem e porção intracraniana do meningioma. |
Espécime cirúrgico. A massa tumoral foi enviada com a calota óssea infiltrada pelo meningioma, mas já separada desta. Aqui foram fotografadas as duas partes in situ, para dar melhor idéia do tumor original, com uma tentativa de correlação entre a peça e a tomografia computadorizada com contraste, em plano coronal. | |
Calota óssea, após a separação do tumor. À esquerda, face externa; à direita, face interna. As áreas enegrecidas na face externa são artefatos de fulguração. | |
Calota óssea, em vistas laterais, mostrando espessamento ósseo por infiltração tumoral. |
Meningioma, porção intracraniana. O tumor isoladamente pesou 90 g e mediu cerca de 6,5 cm no maior eixo. Massa firme, lobulada, rósea-amarelada, mostra na superfície externa áreas com fragmentos de tecido cerebral aderido e grandes vasos dilatados. Ao corte, aspecto homogêneo. | |
Lâminas escaneadas. Quatro blocos foram obtidos do osso infiltrado pelo tumor, e as lâminas escaneadas em baixa (600 dpi) e alta resolução (1200 dpi). Os fragmentos das extremidades da peça (1 e 4) mostram ainda numerosas trabéculas ósseas preservadas (em róseo), mas os espaços medulares estão preenchidos por tecido basófilo que corresponde ao meningioma. Nos fragmentos centrais (2 e 3) as trabéculas ficaram muito mais escassas, e o tecido tem tonalidade geral rósea. Isto se deve à necrose que se instalou nas áreas internas do osso, envolvendo o tumor e o tecido ósseo. |
Correlação
aproximada
entre a imagem de TC, janela óssea, com lâminas escaneadas da borda e centro da área tumoral no osso frontal. Para mais imagens, clique : TC, RM. |
Borda do osso com tumor. Na margem esquerda há um pequeno remanescente de osso compacto. Mais à direita, observa-se osso esponjoso, com grande número de trabéculas ósseas espessadas, e meningioma infiltrando os espaços medulares. Na extremidade direita, as trabéculas estão mais rarefeitas, provavelmente por compressão pelo tecido neoplásico. No fragmento seguinte, observa-se necrose do tumor e das trabéculas, correspondendo à área hipodensa ou hipoatenuante na TC. |
Osso
compacto.
Tecido ósseo lamelar com escassos espaços medulares. Nesta extremidade esquerda do fragmento 1 não há tumor. |
Osso
esponjoso.
Trabéculas ósseas separadas por espaços medulares com vasos e tecido adiposo (medula óssea amarela). Aqui já se nota infiltração dos espaços medulares pelo meningioma. |
Neoformação
óssea.
As células do meningioma ativam os osteoblastos presentes na superfície das trabéculas, e os estimulam a depositar matriz óssea. À medida que novas proteínas são sintetizadas, os osteoblastos ficam incorporados na matriz, passando a osteócitos. As trabéculas espessadas são mais irregulares e mais celulares que as normais (contêm mais osteócitos). A matriz óssea neoformada não mostra as lamelações características do osso maduro, sendo as fibras colágenas orientadas mais ou menos ao acaso (daí o termo em inglês woven bone). Para osso normal no curso de graduação, clique. |
Áreas
centrais viáveis. - Osso preenchido por meningioma.
À medida que se avança para o centro do osso afetado, a densidade do tecido do meningioma aumenta, preenchendo completamente os espaços medulares entre as trabéculas ósseas. Estas, por sua vez, ficam mais finas e rarefeitas, como que atrofiadas devido à compressão pelo tumor. |
'Clareiras'.
Em certas áreas, as trabéculas praticamente desapareceram, restando apenas tecido neoplásico viável ou com necrose. |
Áreas
centrais do osso infiltrado.
Nestas regiões, observam-se áreas róseas de necrose permeando quase toda a espessura do osso. As trabéculas ósseas também foram afetadas e tornaram-se finas e atróficas. O pouco tecido tumoral viável encontra-se em torno dos vasos. O tumor, após atravessar o osso, cresce também na superfície, englobando adipócitos do hipoderma do couro cabeludo. Para detalhes, clique. |
Necrose
do meningioma e do osso.
A maior parte do centro do osso infiltrado está necrótica. A necrose atinge tanto o tumor quanto o osso, e é provavelmente de origem isquêmica, por falta de irrigação no interior da neoplasia. Focos de tumor remanescente são encontrados em torno de alguns vasos. |
Osso
viável - osteócitos presentes.
Os osteócitos aparecem por seus pequenos núcleos escuros, nas cavidades (lacunas) que ocupam nas trabéculas ósseas. São células vivas, mas pouco ativas, tendo sido incorporadas na matriz óssea que elas próprios produziram. As linhas cementantes são sinal de deposição de novas camadas de matriz óssea pelos osteoblastos, estimulados pelo meningioma. |
Osso
necrótico - osteócitos desapareceram.
As trabéculas ósseas no meio das áreas necróticas do meningioma também sofreram necrose, ao que tudo indica, isquêmica. A necrose é demonstrada pela ausência dos núcleos de osteócitos, deixando as lacunas vazias. |
Meningioma. Nas áreas viáveis, o meningioma mostra-se composto por células estreladas, cujos prolongamentos delimitam espaços vazios. Corresponde à variedade microcística, uma das categorias de meningioma consideradas de grau histológico I pela OMS. Para outros meningiomas grau I, clique. Arranjos em lóbulos e redemoinhos são esparsos. | |
Meningioma
- crescimento na superfície do osso.
O tumor tem notável poder infiltrativo. Atravessou toda a espessura do osso e cresce aqui na superfície externa. Atingiu o hipoderma do couro cabeludo, que é rico em tecido adiposo. Numerosos adipócitos são vistos aprisionados entre as células neoplásicas. Este crescimento infiltrativo do tumor não deve ser confundido com metaplasia adiposa em meningiomas. Para exemplos desta, clique. |
Para mais imagens deste caso: | TC, RM | HE - componente intraósseo | HE - componente intracraniano |
Mais sobre meningiomas: Textos didáticos ilustrados : |
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