Meningioma em placa da base do frontal com disseminação às cisternas basais e clivus. Acompanhamento de 10 anos.
(histologicamente: meningioma rico em linfócitos e plasmócitos)
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Masc.  69 a.  Desde 1995 baixa progressiva da acuidade visual. Em outro serviço,  diagnosticado tumor em região frontal, operado em fev 1996, com piora da acuidade visual em OE a partir disso. O relatório cirúrgico foi de meningioma frontal basal invadindo até quiasma e tratos ópticos. Resultado anátomo-patológico – meningioma atípico, rico em infiltrado linfoplasmocitário.   Não foi submetido a radio ou quimioterapia. 

Primeiro atendimento na UNICAMP em 1998.  Exame de fundo de olho – papilas pálidas bilateralmente, principalmente em região temporal, mais em OD.  Acuidade visual sem correção: OD – percepção luminosa; OE conta dedos a 1,5 m (20/400). Estrabismo convergente à D, por lesão dos nervos III, IV e VI à D. Tem RMs em 1998 (abaixo) e 1999. 

Em jan 2000, já totalmente amaurótico, foi submetido a craniotomia pterional D, com exérese parcial de lesão tumoral de base nas fossas anterior e média D, notando-se extensa meningiomatose envolvendo o N. óptico D, quiasma e A. carótida interna D.  O exame anátomo-patológico revelou tecido constituído quase exclusivamente por denso infiltrado linfoplasmocitário, com células meningoteliais formando redemoínhos aqui e acolá, interpretado como meningioma rico em infiltrado inflamatório inespecífico. 

A partir daí teve acompanhamento anual com RM, revelando progressão extremamente lenta do tumor. Atualmente, amaurose bilateral, sem outras queixas.  O exame mais recente (outubro de 2005) está apresentado abaixo, comparado com o de 1998. 

Obs. Caso também apresentado como meningioma rico em linfócitos e plasmócitos.

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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA  PRÉ-OPERATÓRIA, 1996
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CORTE  CORONAL, T1 COM CONTRASTE,  mostrando   neoplasia em placa, baseada na dura-máter do teto da órbita, um pouco maior à E, com impregnação homogênea por contraste. 
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Scout dos cortes oblíquos abaixo, que varrem da E para a D num plano destinado a visualização do nervo óptico E. 
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA    21/7/1998
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Implantada no plano esfenoidal, estendendo-se à parede lateral do seio cavernoso D, dorso da sela e porção medial da face orbitária do frontal D, formação em placa de até 1 cm. de espessura, com porções boceladas, mostrando isosinal em todas as seqüências e impregnação por contraste. O tumor estende-se às cisternas supraselar e perimesencefálica, maior à D.  Na porção anterior do plano esfenoidal, a proliferação engloba o N. óptico D. Dilatação ventricular (ventrículos laterais e IIIº ventrículo) mais acentuada no corno frontal E.  Lacuna córtico-medular no pólo frontal E com gliose (seqüela de acesso cirúrgico). Conclusão – meningioma residual. 
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CORTES  AXIAIS
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
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CORTES CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
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CORTES  SAGITAIS
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
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RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA    14/10/2005
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Lesão extraaxial sólida, em placa, de contornos bocelados, acometendo as fossas anterior e média D, sobre a lâmina crivosa, osso esfenóide (especialmente sobre a asa D) e sela túrcica. Posteriormente estende-se ao clivus, envolvendo os seios cavernosos, cisterna supraselar na região do polígono de Willis, a cisterna perimesencefálica e chegando à tenda do cerebelo. A lesão é isointensa em T1 e T2, com forte impregnação homogênea por contraste. Há aumento de volume em comparação com exames anteriores.
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CORTES  AXIAIS.  Chama a atenção a tendência do tumor a crescer ao longo de superfícies, como no clivus.  A progressão posterior do tumor parece  efetuar-se ao longo das artérias comunicantes posteriores e cerebrais posteriores, que estão parcialmente englobadas pela neoplasia. 
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE T2
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CORTES  AXIAIS, DETALHE. Notar a importância dos estudos com contraste para evidenciar o tumor, já que, sem contraste, este tem isosinal em T1 e não se destaca. 
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
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CORTES  CORONAIS,  T1 COM CONTRASTE
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CORTES  SAGITAIS. Apesar do crescimento ao longo da superfície dural, o tumor não infiltra os ossos da base do crânio e não causa hiperostose, ao contrário dos meningiomas da pequena asa do esfenóide. 
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE
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QUADRO  COMPARATIVO, CORTES AXIAIS. Demonstram a progressão extremamente lenta do tumor em mais de 7 anos. A inclinação da cabeça é um pouco diferente nos dois exames. 
1998 2005
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CORTES CORONAIS
1998 2005
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CORTES  SAGITAIS
1998 2005
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