Tumores  germinativos  do sistema nervoso central
Texto  ilustrado linkado
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A grande maioria dos tumores germinativos do SNC ocorre na região da glândula pineal, com uma proporção menor no compartimento supraselar/assoalho do III ventrículo. 
Nesta página, clique para topografia da pineal em peças e lâminas, histologia da pineal normal, texto de apoio, germinomas: imagem, macroscopia, microscopia, imunohistoquímica; teratomas.

Tumores do parênquima pineal (pineocitomas e pineoblastomas) são discutidos em outra página

Obs. Figuras desta página estão linkadas às respectivas páginas originais. Para mais detalhes e imagens, clique nas figuras. 

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Glândula pineal - Anatomia.  É um órgão na linha média, situado na cisterna quadrigeminal, posterior ao III ventrículo, filogeneticamente relacionada às células fotoreceptoras da retina. Acima dela está o esplênio do corpo caloso, os tálamos lateralmente e, abaixo, a placa quadrigeminal e o vermis cerebelar. Clique para peças (1) (2) (3) e exames de imagem (1) (2) (3),  ilustrando as relações anatômicas. 
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Histologicamente, a pineal é composta por pineocitos, que são neurônios especializados. Habitualmente apresenta concreções calcáreas que aumentam com a idade e cistos pequenos, com revestimento glial pilocítico, inclusive fibras de Rosenthal.   Os pineocitos são células neurosecretoras que produzem melatonina, um hormônio que funciona na regulação dos ciclos circadianos. Dão reações imunohistoquímicas próprias de neurônios : enolase neurônio-específica (NSE) , neurofilamento, sinaptofisina e cromogranina. Cerca de 5 a 10% das células da pineal são astrócitos de suporte, que se marcam por GFAP e proteína S-100
Glândula pineal normal de autópsia, lâmina escaneada. Pineocitos normais, HE. Pineocitos, IH para neurofilamento Astrócitos, demonstrados por S-100. 
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Tumores da região da pineal  podem ser de várias linhagens, refletindo os vários tipos de tecidos existentes na região. Entre eles estão epêndima, astrócitos, plexo coróide, e o órgão subcomissural do III ventrículo, que dão origem, respectivamente, a ependimomas, astrocitomas (geralmente pilocíticos), papilomas e carcinomas do plexo coróide, e o raro tumor papilífero da região da pineal.  O velum interpositum (dobra de pia-máter que penetra na fissura transversa do cérebro e dá origem ao plexo coróide dos ventrículos laterais e III ventrículo) pode ser sítio de meningiomas. Restos embrionários podem originar germinomas e outros tumores de linhagem germinativa, que são as neoplasias mais comuns da pineal (ver abaixo). Após estes vêm os tumores do parênquima da pineal propriamente dito. 
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Tumores de células germinativas do sistema nervoso central. 

Incidência geográfica.  São mais prevalentes no extremo oriente, onde respondem por 2-3%  dos tumores intracranianos primários e 8-15% dos pediátricos em séries do Japão, Taiwan e Coréia.  No ocidente, tumores germinativos constituem apenas 0,3 a 0,6% dos tumores intracranianos primários e 3-4% dos pediátricos.

Incidência etária.  80 a 90% dos tumores germinativos ocorrem antes dos 25 anos, com pico em 10 – 14 anos e preferência pelo sexo masculino (73% em uma série japonesa), especialmente para a região pineal. Já na região supraselar, predomina o sexo feminino. Quanto a variedades histológicas, o sexo mais afetado foi o masculino em 89% dos teratomas, 78% dos germinomas e 75% dos outros tumores germinativos. 

Etiologia. Os tumores germinativos estariam ligados a elevação das gonadotrofinas circulantes na puberdade e adolescência. Elementos que embasam esta hipótese são a ocorrência em pacientes peripuberais, localização em centros diencefálicos que regulam a atividade gonadal e maior incidência na síndrome de Klinefelter (47 XXY). Nesta, refletiria uma superdosagem do cromossomo X, uma feição genética relativamente comum em tumores germinativos intracranianos. 

Localização.  Há nítida preferência por estruturas da linha média. Cerca de 80% originam-se próximos ao III ventrículo, com a região pineal a mais comum, seguida pelo compartimento supraselar (eixo hipotálamo - hipofisário). Há exemplos que envolvem a pineal e o compartimento supraselar simultaneamente ou em seqüência. 

Clínica.  Tumores da região pineal comprimem o aqueduto, dando hidrocefalia e hipertensão intracraniana. Podem acometer a placa quadrigêmea, resultando na característica paralisia do olhar conjugado para cima e da convergência, conhecida como síndrome de Parinaud.  Tumores supraselares comprimem o quiasma óptico, causando defeitos de campo visual e distúrbios do eixo hipotálamo - hipofisário, como diabetes insipidus, retardo no crescimento e maturação sexual.  Tumores germinativos do SNC também podem causar puberdade precoce ao elaborar gonadotrofina coriônica humana (b-HCG), um estimulante da secreção de testosterona secretado por sinciciotrofoblastos neoplásicos. 

Marcadores tumorais no sangue e líquor.  Em tumores germinativos do SNC é rotina pesquisar-se alfa fetoproteína (AFP) e gonadotrofina coriônica humana (b-HCG). 

AFP é sintetizada pelo endoderma do saco vitelínico, hepatócitos fetais e epitélio intestinal. Elevação forte de AFP é típica de tumor do saco vitelínico, e elevação modesta pode ser produzida pelo componente entérico de teratomas.

b-HCG é produzida por sinciciotrofoblastos.   Elevação forte de b-HCG sugere coriocarcinoma.  Aumentos menores podem ocorrer em germinomas que contenham sinciciotrofoblastos.

Elevação isolada de fosfatase alcalina placentária (PLAP), uma glicoproteína da superfície celular normalmente elaborada por sinciciotrofoblastos e células germinativas primordiais, sugere germinoma puro, assim como aumento das concentrações de c-kit solúvel no líquor.

Imagem.    Os aspectos são inespecíficos e definição do tipo requer exame histológico.  De modo geral, os tumores germinativos do SNC, exceto os teratomas, aparecem como massas sólidas, mas podem conter áreas císticas. Na tomografia computadorizada (TC) são iso- ou hiperdensos em relação à substância cinzenta; na RM dão isossinal em T1 e T2,  e mostram forte captação de contraste.  Teratomas devem ser considerados em lesões complexas com cistos, calcificações, e regiões hipoatenuantes próprias da densidade de gordura (ou hipersinal forte em T1 sem contraste). Hemorragia intratumoral é própria de coriocarcinomas. Para todos casos com exames de imagem, clique

Macroscopia, histologia, imunohistoquímica, ver exemplos após exames de imagem.  Para todos casos com estudo anátomo-patológico, clique

Histogênese.  Tumores germinativos do SNC parecem derivar de células germinativas primordiais, que na vida embrionária migram de forma aberrante para o SNC, em vez de dirigir-se às cristas genitais. Contudo, elementos germinativos primitivos nunca foram detectados em pineais fetais usando o marcador PLAP. 

Tratamento e prognóstico.  O fator mais importante é o tipo histológico. 

Germinomas puros apresentam alta radiossensibilidade não encontrada nos outros tumores germinativos. Radioterapia crânio-espinal permite sobrevidas de 10 anos de 85%. Combinação com quimioterapia permite controle da doença com intensidades e campos menores de RT.  O prognóstico parece um pouco menos favorável em germinomas com sinciciotrofoblastos associados. 

Os tumores mais virulentos são os do saco vitelínico, carcinomas embrionários e coriocarcinomas, em forma pura ou fazendo parte de tumores mistos.  Tumores não germinomatosos devem ser abordados com radio- e quimioterapia agressivas, sendo comuns recidiva local, disseminação liquórica, hematogênica, ou peritonial via derivações. 

Teratomas maduros são potencialmente curáveis por ressecção completa.

Fonte:   Rosenblum MK, Nakazato Y, Matsutani M.  CNS germ cell tumours. In  WHO Classification of Tumours of the Central Nervous System. 4th Ed.  Louis DN, Ohgaki H, Wiestler OD, Cavenee WK, editors.  International Agency for Research on Cancer, Lyon, 2007.  pp 198 -204.

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GERMINOMAS  -  CASOS  DE  IMAGEM
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Germinomas em tomografia computadorizada. 
Sem contraste  Com contraste 
M. 19 a. Germinoma de pineal. Sem contraste, tumor é isoatenuante (isodenso) em relação ao cérebro. Pequena área calcificada provavelmente corresponde à pineal envolvida pelo tumor.  M. 28 a. Germinoma de pineal. Massa sólido-cística, volumosa mas bem delimitada, captante de contraste, na topografia da glândula pineal.  F. 12 a. Germinoma de região hipotalâmica. 
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Germinomas em ressonância magnética.  M. 19 a. Germinoma de pineal, caso clássico. Tumor bem delimitado na topografia da pineal, entre o esplênio do corpo caloso e o teto mesencefálico.   Destrói a lâmina quadrigêmea e comprime o aqueduto de Sylvius, causando obstrução liquórica e hidrocefalia supratentorial.  Lesão tem isossinal à substância cinzenta e impregna-se fortemente por contraste. 
Axial, coronal, T1 com contraste Sagital, T1 sem contraste T1 com contraste
Para exame histológico deste caso, clique
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M. 29 a. Germinoma de pineal. Tumor captante de contraste, obstrui o aqueduto. No T2 sagital, tem isossinal. Causa edema do tegmento mesencefálico, melhor notado no FLAIR axial
Coronal, T1 com contraste Sagital, T2 Axial, FLAIR
Para exame histológico e imunohistoquímico (1) (2) deste caso, clique. 
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M. 21 a.  Germinoma da pineal.  Tumor causa hidrocefalia dos ventrículos laterais e III ventrículo. Tem isossinal à substância cinzenta em T1, hipossinal em T2 e capta contraste. No coronal FLAIR, nota-se hipersinal subependimário nos ventrículos laterais, por transudação de líquor secundária à hipertensão. Há também edema do pedúnculo cerebelar superior D. 
Axiais, T1 sem contraste T1 com contraste T2 Coronal, FLAIR
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M. 9 a.  Germinoma da pineal. Tumor pequeno, na localização clássica, bem delimitado, sólido com pequenos cistos. Parte sólida capta contraste.  M. 19 a. Outro caso, tumor volumoso, com efeito de massa, desloca e infiltra o esplênio do corpo caloso. 
Sagital, T1 sem contraste T1 com contraste Sagital, T1 com contraste
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Germinomas de  região  hipotalâmica.   F. 12 a. Lesão sólido-cística em topografia supraselar. Há forte captação de contraste na TC e RM. No sagital, notar sela túrcica intacta, com hipófise impregnada. 
Axial, TC com contraste RM Coronal, sagital, T1 com contraste
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M. 21 a.  Germinoma de região hipotalâmica com invasão óssea. Tumor destrói a sela túrcica e a hipófise, invade o seio cavernoso e engloba as carótidas bilateralmente. No coronal, há uma proeminência na face superior do tumor, que comprime o quiasma e eleva as artérias cerebrais anteriores. No sagital, ver infiltração do dorso da sela. 
Axial, coronal, T1 com contraste Sagital, T1  T1 com contraste
Para exame histológico deste caso, clique. 
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Disseminação liquórica em germinomas.  M. 9 a. Germinoma da pineal. Disseminação liquórica intracraniana e a raízes da cauda eqüina após 2 anos.  No TC de crânio com contraste, a lesão maior no polo temporal direito é acompanhada de outras no ângulo ponto-cerebelar, bilateralmente. Na RM feita na mesma época há implantes nas raízes lombares. 
Sagital, T1 com contraste. Tumor original em 2004.  Axial, TC com contraste, em 2006. Sagital, T1 com contraste, 2006. Axial, T2
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F. 16 a. Germinoma de região hipotalâmica (assoalho do III ventrículo). Disseminação liquórica ao IV ventrículo.  Remissão completa com radioterapia apenas.  T1 com contraste.
Para exame histológico deste caso, clique. 
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Macroscopia. Germinomas são sólidos, mas podem mostrar pequenos cistos. Hemorragia e necrose extensas estão  ausentes. Quando presentes, sugerem associação com componentes mais malignos.  Coriocarcinoma é sujeito a necrose hemorrágica extensa. Alguns tumores do saco vitelínico podem acumular material mixóide com aspecto gelatinoso. Teratomas chamam a atenção pela heterogeneidade, com cistos mucosos, pelos, tecido adiposo, cartilagem, osso e dentes.  Abaixo, exemplo de um germinoma, com excisão macroscopicamente total. 
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GERMINOMAS  - HISTOLOGIA
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Microscopia - HE.   Há forte tendência dos tumores germinativos a apresentarem associações de mais de um tipo histológico. Só germinomas e teratomas ocorrem mais comumente como tumores homogêneos. Em tumores mistos, é necessário especificar os tipos participantes e sua proporção. 

Germinoma.  O germinoma puro, que é o tipo mais comum dos tumores germinativos do SNC, é constituído por células grandes de aspecto indiferenciado, que lembram elementos germinativos primordiais. As células neoplásicas dispõem-se em extensas áreas sólidas ou podem formar lóbulos separados por septos fibrosos.  Há exemplos com reação desmoplásica estromal, em que as células neoplásicas ficam separadas em lóbulos por cordões ou trabéculas de estroma hiperplásico.  Ver tricrômico de Masson e reticulina, abaixo. 

Células germinativas apresentam, tipicamente, grandes núcleos centrais redondos e vesiculares, com cromatina frouxa e nucléolos proeminentes. As membranas celulares são nítidas e o citoplasma, relativamente escasso, é claro devido ao acúmulo de glicogênio. Mitoses são facilmente notadas e podem ser abundantes, mas necrose é rara. Os delicados septos fibrovasculares são infiltrados por pequenos linfócitos, na maioria de linhagem T. Em alguns exemplos, reação granulomatosa intersticial pode chegar a sugerir tuberculose ou sarcoidose. 

Dois componentes celulares.  Células germinativas, o componente neoplásico, são as maiores. Pequenos linfócitos com núcleos densos infiltram entre os lóbulos celulares. 
Células germinativas mostram notável regularidade, apesar de suas características malignas.  Núcleos redondos grandes, cromatina frouxa e granulosa, nucléolos proeminentes e eosinófilos. Citoplasma claro com limites identificáveis. 
Mitoses típicas e atípicas são comuns.
Necrose é restrita a pequenas áreas. Células apoptóticas são freqüentes. 
Granulomas não caseosos.  Em alguns exemplos, reação granulomatosa intersticial pode chegar a sugerir tuberculose ou sarcoidose.  Infiltração óssea pode ser observada em germinomas de região hipotalâmica com invasão do esfenóide. 
Tricrômico de Masson.  No caso abaixo, demonstra tecido fibroso proliferado nos septos entre lóbulos de células neoplásicas.  Reticulina.  Aspecto semelhante no mesmo caso. 
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GERMINOMAS  - IMUNOHISTOQUÍMICA
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PLAP (fosfatase alcalina placentária). Marca as células germinativas no citoplasma, com realce na membrana.   Breve texto sobre PLAP
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c-kit (CD117).  Positivo nas células germinativas, com marcação citoplasmática e/ou restrita à membrana.   Para breve texto sobre c-kit e outros marcadores, clique. 
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CD3. Marca os linfócitos T do infiltrado inflamatório intersticial do tumor.  CD20. Marca os linfócitos B. 
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CD68. Marca os histiócitos do infiltrado, e as células epitelióides de granulomas não caseosos, vistos só em alguns casos. 
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Vimentina. Marca as células conjuntivas (fibroblastos) e linfóides dos septos do tumor. As células germinativas são geralmente negativas, mas algumas mostram positividade citoplasmática. O contraste facilita visualizar a proporção entre os dois componentes da neoplasia.
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AE1AE3 (citoqueratinas). As células germinativas são positivas em proporção variável, com marcação citoplasmática difusa ou focal. Astrócitos do tecido nervoso vizinho são também destacados devido a uma reação cruzada (já que não expressam queratinas e sim GFAP, outro tipo de filamento intermediário). 
Células germinativas com positividade focal ou difusa no citoplasma. A proporção de células marcadas varia caso a caso. Astrócito do tecido infiltrado marcado por AE1AE3
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Ki-67. Positivas em alta proporção do núcleos das células germinativas (cerca de 60%, variável caso a caso), indicando forte potencial proliferativo do tumor. Nos linfócitos, apenas raros núcleos marcados. p53. Negativo na única amostra testada. 
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TERATOMAS  -  CASOS  DE  IMAGEM  E  PATOLOGIA
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Teratomas  de  região  pineal.   M. 5 a. Volumosa lesão heterogênea ocupando todo o III ventrículo, com hidrocefalia. Na TC, textura na maior parte hipoatenuante (tecido conjuntivo frouxo, adiposo), com áreas fortemente densas (tecido ósseo, dente).  Na RM, gordura dá hipersinal em T1, tecido ósseo e dente dão ausência de sinal. 
Axial, TC contraste Axial, T1  Coronal, T2  Sagital, T1
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Teratoma de pineal.  Macroscopia. Mesmo caso das imagens acima, mostra grande nódulo de tecido de variadas texturas e tipos histológicos, incluindo pelos e um pequeno dente molar.
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Teratoma de pineal.  Microscopia. O nódulo era revestido externamente por epitélio plano estratificado corneificado, e constituído em sua maior parte por tecido conjuntivo frouxo. Os anexos do epitélio incluiam folículos pilosos com glândulas sebáceas e músculos eretores. Havia ainda áreas de epitélio glandular do tipo intestinal, tecido nervoso gliótico, plexo coróide e tecido ósseo. 
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Teratoma de pineal.  M. 13 a.  Lesão bem delimitada heterogênea, com hipossinal em T2, hipersinal em T1 (tecido adiposo), que não se impregna por contraste. Gotículas lipídicas flutuam no líquor dos ventrículos laterais, a maior à esquerda (no axial T1). Evolução de 2 anos sem alteração no volume do tumor. 
Axial, T2 Coronal, T1 com contraste Sagital, T1 Axial, T1
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Teratoma de região hipotalâmica.  M. 25 a.  Lesão arredondada, bem delimitada, na região selar. No sagital mediano, a lesão expande a sela e tem componente supraselar, que eleva e comprime o quiasma óptico. O conteúdo é heterogêneo, com mescla de hiper- e hipossinal em T1 e FLAIR.  Chamam a atenção numerosas gotículas lipídicas no espaço subaracnóideo, concentradas nas cisternas da base, especialmente na cisterna perimesencefálica ou ambiens, na cisterna superior ou da lâmina quadrigêmea, nos vales sylvianos, e uma gota maior flutuando no líquor do ventrículo lateral esquerdo, que aparece no polo anterior do mesmo devido ao decúbito dorsal do paciente durante o exame. 
Axiais, T1 com contraste FLAIR
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Coronais, T1.   Sagitais, T1 com contraste.
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Macroscopia, lâmina escaneada, microscopia. Biópsia da lesão hipotalâmica era constituída por pelos, material sebáceo e fragmentos de cápsula fibrosa com granuloma de corpo estranho na face interna e gotículas lipídicas na face externa, circundadas por fibras colágenas espessas, indicando cronicidade. 
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Granuloma de corpo estranho a hastes pilares, com células gigantes de corpo estranho e macrófagos xantomatosos.  Cápsula fibrosa com infiltrado inflamatório crônico inespecífico. 
Lamelas córneas (provenientes de epitélio plano, não identificado no material) Gotícula lipídica delimitada por tecido fibroso denso e células gigantes de corpo estranho. 
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Tumores  germinativos_ Neuroimagem Neuropatologia Tumores do parênquima pineal : Neuroimagem Neuropatologia
Banco de imagens :  Pineal normal, 
HE e imunohistoquímica
Tumores da pineal Textos ilustrados linkados:  Tumores germinativos do SNC Tumores do parênquima pineal
Outros textos sobre pineal e tumores :  tumores germinativos; pineocitoma, pineoblastoma e  PNETs supratentoriais, cistos da pineal.
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