Neurocitoma central  atípico  de  III ventrículo. 
2.  IH para antígenos neuronais, CD34, Ki67
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Masc. 15 a.   Clique para RM, destaques da microscopia, HE, GFAP, S-100, vimentina, NF, SNF, cromogranina, MAP2, CD56, CD34, Ki67, comentário
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NF.    Proteína de neurofilamento é um filamento intermediário do citoesqueleto expresso em neurônios. Sua positividade em células isoladas do tumor indica diferenciação neuronal incipiente em uma pequena parcela de células neoplásicas, como já observado para diferenciação glial com GFAP e S-100.  A grande maioria das células com marcação citoplasmática documentada abaixo são certamente neoplásicas em vista de seu caráter primitivo, com núcleos pequenos de cromatina densa e citoplasma muito escasso. Não há praticamente formação de prolongamentos. No quadro seguinte há células com esboços de prolongamentos citoplasmáticos ou núcleo neuronal com nucléolo. 
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NF. Diferenciação neuronal incipiente.   Na célula demonstrada a seguir observa-se núcleo vesiculoso com nucléolo evidente, como em neurônios maduros, bem como marcação citoplasmática para neurofilamento. Nas outras, o núcleo é primitivo, como o das células indiferenciadas próximas, mas há esboço de prolongamento citoplasmático, como um primitivo axônio ou dendrito. 
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NF. Periferia do tumor e infiltração neoplásica.   Dependendo da área (o tumor veio em múltiplos fragmentos), observou-se limite nítido com o tecido nervoso adjacente, rico em axônios. Em outras áreas havia infiltração neoplásica entre os axônios. 
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SNF.   Sinaptofisina, uma proteína participante de vesículas sinápticas (para breve texto, clique) e marcador neuronal e neuroendócrino, confirmou a tendência a diferenciação neuronal da grande maioria das células do tumor, levando-nos a preferir o diagnóstico de neurocitoma central atípico. A marcação é citoplasmática e os núcleos totalmente negativos tomam o azul da hematoxilina de fundo. Há variação no grau de positividade, com células negativas que servem de controle interno.  Como nos demais anticorpos testados, observa-se heterogeneidade no grau de expressão gênica. As células são teoricamente todas muito semelhantes, mas algumas expressam a proteína (ou seja 'ligam' o gene), outras vizinhas não. 
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Cromogranina.    Esta outra proteína participante de vesículas sinápticas (para breve texto, clique), também um marcador neuronal e neuroendócrino, marcou células neoplásicas no citoplasma em número variável conforme a área. Em vários campos a maioria das células era negativa, com exemplos isolados positivos.  Ocasionalmente observou-se marcação em padrão dot, ou seja em uma pequena área do citoplasma, que se supõe seria o complexo de Golgi. Há uma mitose em célula cromogranina negativa. 
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MAP2.   Proteína associada a microtúbulos (microtubule associated protein) (para breve texto clique) é um excelente marcador de neurônios maduros (ver exemplos em córtex cerebral e hipocampo).   Neste tumor pouco diferenciado não esperávamos positividade significativa, mas o anticorpo demonstrou células isoladas ou em grupos.  O contraste com células não marcadas indica que a reação é genuína.  O fato de que a positividade ocorre também com outros marcadores neuronais como SNF e cromogranina ajuda valorizar os resultados abaixo como indicação de diferenciação neuronal. 
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CD56.    A glicoproteína CD56 (para breve texto, clique), uma molécula de adesão intercelular, é amplamente expressada em tecidos neurais e neuroendócrinos. Aqui marcou a membrana externa de virtualmente a totalidade das células neoplásicas,  confirmando a natureza neural do tumor. 
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CD34.    A marcação da face luminal das células endoteliais por CD34 permite estudar a vascularização do tumor. Aqui vemos vasos delicados esparsamente distribuídos.  Não há evidência de proliferação endotelial à maneira dos gliomas malignos. 
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Ki-67.    Revelou elevada positividade, de cerca de 20% nos núcleos das células neoplásicas, indicando alto potencial proliferativo. 
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Anticorpos negativos.    EMA (pesquisado pela  possibilidade de ependimoma anaplásico); PLAP, c-Kit, a-fetoproteína, CD30 (afastam linhagem germinativa), CD45 (afasta linhagem hematológica), AE1AE3 (afasta linhagem epitelial). 

Comentário.    Sugerimos neurocitoma central como diagnóstico mais provável, devido à topografia intraventricular e positividade para sinaptofisina, cromogranina, neurofilamento, MAP2 e CD56,  mas com feições agressivas, que o classificariam como ‘atípico’. Neurocitomas típicos têm Ki67 até 2%. As possibilidades de ependimoma anaplásico ou de neoplasia de linhagem não neuroectodérmica não encontram respaldo na IH. 

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Agradecimentos. Caso do Hospital  Santa Casa de Limeira, SP, enviado e gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes do Serviço de Neurocirurgia.  Procedimentos imunohistoquímicos pelo pessoal dos Laboratórios de Pesquisa - Ana Claudia Sparapani Piaza, Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis e Arethusa de Souza; e de Rotina - Thainá Milena Stela de Oliveira e Luis Felipe Billis.     Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Campinas, SP. 
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Para mais imagens deste caso: RM HE, IH para antígenos gliais IH para antígenos neuronais, CD34, Ki67
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Textos sobre neurocitoma central: (1) (2 Mais casos de neurocitoma central: 
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Outro caso de neurocitoma central atípico: 
Imagem,   Patologia
Casos com microscopia eletrônica  (1) (2)
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