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Tumor do saco vitelínico com metástase cerebral.
2a. recidiva da metástase cerebral. 3. IH para CD34, Ki67, p53, INI-1

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Masc. 17 a 4 m. Paciente portador de tumor do saco vitelínico do testículo com metástases cerebrais recidivantes sempre no mesmo local (região parieto-occipital direita). Tumor primário no testículo diagnosticado em fevereiro 2017. Metástase cerebral - primeira manifestação em agosto 2017. Primeira recidiva no leito cirúrgico em março de 2018, nova recidiva (atual) em agosto 2018.
Clique para exames de imagem anteriores, atuais. Anatomia Patológica. Tumor primário no testículo - HE, IH. Primeira metástase cerebral - HE, IH. Primeira recidiva - macro, HE, IH. Segunda recidiva (atual) - HE, IH - AE1AE3, a-FP, VIM, CD34, Ki67, p53, INI-1.

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CD34. Células neoplásicas, vasos. CD34 é um antígeno oncofetal expressado na fase inicial do desenvolvimento (para textos , ocorrência em tumores associados a epilepsia e em tumor fibroso solitário / hemangiopericitoma, clique). Sendo uma proteína fetal, não causa surpresa seu encontro em uma neoplasia primitiva como o tumor do saco vitelínico. Aqui observamos a expressão habitual em vasos e também positividade em padrão membrana em parte das células neoplásicas, geralmente em grupos.

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Ki67. Positividade de até 100% dos núcleos em certas áreas, indicando rápida proliferação das células neoplásicas.

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p53. Apenas um número modesto de núcleos é positivo para a proteína p53, indicando pouca ou nenhuma participação dela na gênese e progressão deste tumor do saco vitelínico. É de interesse o encontro de núcleos marcados aos pares, em freqüência muito superior ao esperado pelo simples acaso. Sugere que as células vizinhas positivas tenham-se originado de uma mitose. Este fenômeno é comumente encontrado com Ki67 em outros tumores.

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INI-1. A proteína nuclear INI-1 ou SMARCB-1, que falta no tumor teratóide-rabdóide atípico (ATRT) (clique para exemplos (1)(2) e texto), foi pesquisada neste caso de metástase de tumor do saco vitelínico por mera curiosidade. Não se espera negatividade para INI-1 neste tumor, nem em nenhum outro que não seja o ATRT. Aqui também havia tecido cerebral normal. Antecipávamos que todos os núcleos, tumorais ou não, fossem positivos, mas não foi o que ocorreu. No tecido cerebral observamos núcleos positivos (pardacentos) e negativos (azuis) lado a lado. Vários núcleos positivos pareciam pertencer a astrócitos, pelo tamanho e textura frouxa da cromatina ou a oligodendrócitos (núcleos menores, esféricos, cromatina densa). Nos vasos havia predomínio de núcleos negativos. Em conclusão, apenas uma parte das células do tecido nervoso não neoplásico expressam INI-1.

INI-1 no tumor do saco vitelínico metastático. Como observado no córtex cerebral vizinho, no tumor do saco vitelínico há núcleos fortemente positivos para INI-1, ao lado de totalmente negativos e de tons intermediários. O achado não é surpreendente, pois a proteína (detectada pelo anticorpo) pode ser produzida em doses altas ou baixas, como qualquer proteína da célula. Por exemplo, vimentina, alfa-fetoproteína e CD34 foram expressadas neste mesmo tumor em intensidades variáveis ou, não raro, ausentes. Por isso, não deve causar estranheza que INI-1 mostre tal variabilidade. A lição é que, antes de ser considerada negativa ou não expressada num dado tumor (daí indicando o diagnóstico de ATRT), é necessária busca exaustiva para evitar um falso diagnóstico.

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Agradecimentos. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. Preparações histopatológicas e imunohistoquímicas pelos membros do Laboratório de Patologia do Centro Boldrini - Aparecido Paulo de Moraes, Irineu Mantovanelli Neto e Adriana Worschech.

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