Ganglioglioma anaplásico  em  III ventrículo. 
2a. amostra, 6 meses após quimioterapia.  2. IH
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Fem. 1 a 1m.  Clique para exames de imagem; 1a. biópsia - HE, imunohistoquímica;   2a. biópsia - HE, IH
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Destaques  da  imunohistoquímica. 
GFAP.  Positivo difusamente no tumor, mostrando áreas fibrilares e...  áreas pilocíticas.  Vasos, neurônios SNF.  Positivo em neurônios participantes, quase todos pequenos e dismórficos, alguns com e outros sem nucléolo
SNF.   Documenta neurônios rudimentares, quase sem citoplasma ou prolongamentos SMI-32.   Positivo em neurônios participantes do ganglioglioma NF.  Positivo em axônios do tumor e em raros neurônios 
CD34.  Positivo em vasos, demonstra capilares proliferados e tortuosos CD34.  Positivo em raras células tumorais semelhantes a plumas (células 'plumiformes')  Ki-67. Positividade em cerca de 3% dos núcleos das células neoplásicas nesta amostra.
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GFAP.    A intensa reação difusa do tecido para proteína glial ácida fibrilar, um filamento intermediário do citoesqueleto próprio de astrócitos, demonstrou que a quase totalidade das células da amostra são astrocitárias.  Alguns astrócitos classificados em HE como pilocíticos mostram prolongamentos citoplasmáticos espessos e fortemente reagentes, às vezes com vago arranjo em paralelo. 
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GFAP.  Vasos.    Algumas pequenas artérias da amostra tomavam aspecto curioso, em que parecia haver infiltração tumoral entre o vaso no centro e uma camada periférica de tecido fibroso, como se fosse uma adventícia. Não temos explicação para este aspecto sui generis, não observado antes em nossa experiência. 
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GFAP. Neurônios. 

Raros neurônios eram reconhecíveis no preparado para GFAP como células arredondadas, de limites nítidos e com citoplasma negativo.  A grande maioria dos neurônios documentados com sinaptofisina abaixo são pequenos demais para serem evidentes aqui.

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Sinaptofisina.    Esta proteína associada a vesículas sinápticas e, portanto, indicativa de linhagem neuronal ou neuroendócrina (para breve texto, clique),  revelou-se o melhor meio para demonstrar neurônios neste ganglioglioma após quimioterapia.  Foram encontradas numerosas células com marcação citoplasmática, além de positividade em forma de poeira no neurópilo.  Nenhuma das células positivas era grande ou com morfologia típica. Na grande parte eram pequenas, primitivas ou dismórficas, com citoplasma muito escasso, que passaria despercebido não fosse pelo produto da reação. Havia células com e sem nucléolo, sendo que nestas a organela poderia não ter sido incluída no plano de corte. 
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Neurônios  com  nucléolo.   Em comparação com a amostra anterior, os neurônios observados aqui eram menores, com menos citoplasma, e nenhum apresentava vacúolos.  Tinham morfologia simples, com poucos prolongamentos, às vezes nenhum. 
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Neurônios  maiores. 
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Neurônios  menores.  Estes neurônios tinham apenas uma orla de citoplasma. Alguns esboçavam um prolongamento. Presumimos que já existissem na primeira amostra, e aparecem aqui em maior número devido ao desaparecimento das células gliais proliferantes por ação da quimioterapia. 
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SMI-32.  SMI-32 (para breve texto, clique),  anticorpo contra um epítopo não fosforilado de neurofilamento, também demonstrou neurônios anômalos, confirmando os resultados acima com SNF. 

NF (proteína de neurofilamento).    Neurofilamento, a exemplo do observado na amostra original, foi útil para demonstrar axônios, sendo só raros neurônios positivos. 
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CD34.   CD34 demonstrou variação na concentração dos capilares no tumor. Naquelas áreas de aspecto pilocítico com capilares mais abundantes, tortuosos e endotélio tumefeito, as irregularidades da luz vascular ficaram evidentes com CD34.
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Células 'plumiformes'.     Estas células de linhagem e origem incertas, já observadas em vários gangliogliomas (ver exemplos em outros casos (1)(2) e texto), apareceram nesta segunda amostra como raros exemplos. Sendo CD34 um marcador de membranas, demonstra prolongamentos citoplasmáticos extremamente tortuosos e finamente ramificados que lembram plumas.  No presente caso, não foram encontradas na primeira amostra antes da quimioterapia e aqui apenas as documentadas abaixo foram vistas. 
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Ki-67.    A alta proporção de núcleos marcados por Ki67 observada na amostra inicial, antes da quimioterapia (cerca de 20%), reduziu-se para algo em torno de 3% após a medicação nas áreas mais positivas, havendo até áreas de tecido viável sem núcleos positivos.  Este achado documenta a eficácia da quimioterapia, que virtualmente devastou o componente de células de alta proliferação do tumor.  Isto já havia sido encontrado na redução volumétrica da lesão na ressonância magnética. A amostra atual poderia ser considerada como ganglioglioma OMS grau I. 
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Agradecimentos.    Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP.   Preparados histológicos e imunohistoquímicos pelos técnicos do Laboratório de Patologia da instituição - Aparecido Paulo de Moraes, Irineu Mantovanelli Neto, Isabella Domingues Guize e Adriana Worschach. 
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Para mais imagens deste caso: 
RM 1a. amostra HE 1a. amostra IH 2a. amostra HE 2a. amostra IH
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Sobre  gangliogliomas : 
textos  (1) (2) (3)
Gangliogliomas de tronco cerebral Características de imagem Outros casos :  Neuroimagem e neuropatologia
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