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rosetas em multicamadas. 3. IH para antígenos neuronais - NF, SNF, MAP2, NeuN |
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Fem. 2a 2m. Clique para TC, RM, macro, HE, destaques da IH, GFAP, VIM, NF, SNF, MAP2, NeuN, EMA, Ki67,, microscopia eletrônica, texto. |
NF. Proteína de neurofilamento (NF) é um filamento intermediário do citoesqueleto expresso por neurônios em seu corpo celular e prolongamentos, dendritos e axônios. Neste tumor embrionário do SNC, neurofilamento demonstra numerosas células esparsas entre as células neoplásicas que, pela sua topografia e ampla distribuição, foram interpretadas como diferenciação neuronal. A morfologia das maiores é indiscutivelmente de neurônios. Há, porém, ampla variação da quantidade de citoplasma demonstrada por NF. Isto indicaria graus diversos de diferenciação neuronal. |
NF. Células indiferenciadas. As células indiferenciadas com apenas núcleos corados em azul não expressam o antígeno. | |
NF. Diferenciação neuronal incipiente. Em meio às células indiferenciadas é possível observar-se células pequenas positivas no citoplasma. Algumas são redondas e outras apresentam prolongamentos citoplasmáticos curtos e rudimentares. O núcleo pode assumir aspecto semelhante ao dos neurônios maduros, com cromatina frouxa e nucléolo evidente. As células são primitivas demais para serem pré-existentes. São consideradas exemplos de diferenciação neuronal incipiente em um tumor totipotente, que pode originar astrócitos (ver GFAP, VIM), neurônios e células ependimárias (ver EMA). | |
NF. Diferenciação neuronal avançada. Estas células mostram diferenciação neuronal mais evidente e são facilmente reconhecíveis pelo formato piramidal, prolongamentos dendríticos e núcleo com nucléolo. Mais uma vez, a disposição casual e anárquica fala fortemente contra sua pré-existência. Vale notar também a grande quantidade de prolongamentos celulares NF positivos, presumivelmente axônios, que permeia o neurópilo. Dado o grande volume do tumor, é extremamente improvável que pertençam à substância branca original. O corolário é que devem corresponder às células tumorais com diferenciação neuronal. | |
SNF. Sinaptofisina, uma proteína participante de vesículas sinápticas (para breve texto, clique), marcou extensamente este tumor primitivo nas áreas que na HE se assemelham a neurópilo. As áreas de células indiferenciadas, caracterizadas por núcleos azuis e escasso citoplasma, são negativas. A riqueza da marcação sugere abundância de sinapses ou de prolongamentos celulares portadores da proteína. |
SNF. Diferenciação neuronal avançada. Neurônios de aspecto maduro derivados de diferenciação das células tumorais destacam-se devido aos botões sinápticos que decoram sua membrana externa, realçando o contorno do corpo celular e dendritos. | |
Corpúsculos SNF-positivos. Em poucas áreas observam-se coleções destes corpúsculos fortemente SNF positivos. Não foram observados correspondentes em HE ou outras reações imunohistoquímicas. Poderiam corresponder a acúmulos de material intraaxonal, como as 'bolas de retração de Cajal' em axônios seccionados, ou aos 'axônios em contas de rosário' vistos em tumores que infiltram o tecido nervoso. |
MAP2. Proteína associada a microtúbulos (microtubule associated protein, para breve texto clique) é um dos melhores anticorpos para estudar a morfologia e arquitetura de neurônios. A marcação é citoplasmática (núcleos negativos) no corpo celular e porção proximal dos dendritos. Aqui, endossa os resultados de outros marcadores neuronais, como NF, SNF e NeuN. As células indiferenciadas são negativas. Em meio a elas é possível discernir células imaturas, com diferenciação neuronal incipiente, citoplasma escasso sem prolongamentos ou estes são curtos. |
MAP2. Células indiferenciadas e diferenciação neuronal incipiente. | |
MAP2. Diferenciação neuronal avançada. Aqui as células adquirem prolongamentos e o contorno se aproxima do de neurônios maduros, geralmente células piramidais. Nucléolos tendem a ser mais evidentes. | |
NeuN. NeuN (neuronal nuclei, para breve texto clique), um anticorpo específico para neurônios maduros, marca neurônios no córtex cerebral adjacente ao tumor. Na foto abaixo, observam-se os neurônios em cima, com positividade nuclear e citoplasmática. As células neoplásicas avançam das camadas inferiores, sem limite nítido. A marcação dos neurônios corticais serve de controle interno positivo para a reação. |
NeuN. Infiltração cortical. Os neurônios piramidais do córtex são aqui vistos em meio às células neoplásicas. | |
NeuN. Diferenciação neuronal no tumor. Áreas profundas do tumor, longe do córtex cerebral, apresentam células esparsas positivas para NeuN, na maioria só no citoplasma. No córtex, a marcação é geralmente nuclear e citoplasmática. Estas células foram interpretadas como diferenciação neuronal das células tumorais. A topografia delas, dispersas pelo tumor e distantes da superfície, elimina a possibilidade de serem pré-existentes. O achado corrobora os de outros marcadores. | |
Agradecimentos. Caso contribuído pelo Centro Infantil Boldrini, de Campinas, SP. Cortes histológicos - Aparecido Paulo de Moraes, Irineu Mantovanelli Neto. Imunohistoquímica: Adriana Worschech, Isabella Guize (Boldrini); Ana Claudia Sparapani Piaza, Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis e Arethusa de Souza (Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP), Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | TC, RM | Macro, HE, texto | |
GFAP, VIM | NF, SNF, MAP2, NeuN | EMA, Ki-67 | Microscopia eletrônica |
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