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separados por 11 anos. 2. Ganglioglioma anaplásico, 2021. HE, IH para GFAP, vimentina, sinaptofisina, NF, Ki67, p53. |
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F. 24 a. Clique para RM, HE, GFAP, vimentina, sinaptofisina, NF, Ki67, p53. Comentário |
Segundo tumor - ganglioglioma anaplásico - 2021 |
Destaques da microscopia. | ||
HE. Aspecto geral de glioma de alto grau. | Vasos proliferados, dilatados, trombose, hemorragia. | Caráter astrocitário. |
Atipias nucleares | Mitose. | Trombose em pequenos vasos. |
GFAP. Maioria das células tumorais marcam como astrócitos, muitas atípicas | Vimentina. Positiva na quase totalidade das células neoplásicas | Sinaptofisina. Positiva em células esparsas, definiu o tumor como ganglioglioma |
NF. Positivo em axônios, provavelmente pré-existentes, destaca vasos proliferados em negativo. Célula com provável diferenciação neuronal link. | Ki-67. Marcou de 30 a 40% dos núcleos em certos hotspots, evidenciou algumas mitoses e pares de núcleos positivos | p53. Positivo em torno de 3% dos núcleos. Comentário. |
Destaques do primeiro tumor, 11 anos antes (medulomioblastoma) | ||
HE. Aspecto geral. A neoplasia operada em 2021 não guardava qualquer semelhança com o medulomioblastoma de 11 anos antes. Lembrava um astrocitoma anaplásico, rico em vasos proliferados, vários com trombose, algumas mitoses atípicas, e áreas de necrose hemorrágica. A imunohistoquímica para GFAP e vimentina confirmou que as células do tumor eram astrócitos. O diagnóstico de ganglioglioma baseou-se na reação para sinaptofisina, que demonstrou uma pequena parcela de células positivas. |
HE. Tecido com aspecto de astrocitoma anaplásico. | |
Trombose. | |
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GFAP. GFAP e vimentina (abaixo) confirmam que as células do tumor são astrócitos atípicos. GFAP destaca em negativo os abundantes vasos proliferados. Não fosse pelo encontro de diferenciação neuronal na sinaptofisina, o presente exemplo qualificaria como astrocitoma anaplásico. |
GFAP. Os astrócitos componentes têm feições anaplásicas, com pleomorfismo (variação de forma, volume), discariose, núcleos atípicos, com nucléolo, binucleação, compatíveis com um glioma de alto grau. | |
Vimentina. Marca a grande maioria das células do tumor, virtualmente todas com aspecto de astrócitos anaplásicos. |
Sinaptofisina. Só uma minoria de células no tumor é convincentemente positiva para sinaptofisina, uma proteína associada a vesículas sinápticas. São pequenas, arredondadas, positividade citoplasmática. Os núcleos são redondos, de cromatina frouxa e ocasionais nucléolos. Há raras formas binucleadas, que reforçam a impressão de tratar-se de um ganglioglioma. Para outros exemplos, clique. | |
Neurofilamento. Proteína de neurofilamento, um filamento intermediário positivo em neurônios e seus prolongamentos, mostra densa trama de axônios cruzando o tumor em todas direções. Tudo indica que sejam de células pré-existentes e, como notado com GFAP, realçam os vasos proliferados. Só uma pequena célula mereceria ser interpretada como diferenciação neuronal. |
Ki67. Ki67 marcou cerca de 30 a 40% dos núcleos em certos hotspots e evidenciou algumas mitoses (raras na HE). Havia marcação de vários núcleos aos pares, altamente sugestivos de origem recente na mesma mitose. |
p53. Marcou em torno de 3% dos núcleos (campos fotografados foram os mais positivos). | |
Comentário.
Fem. 24 a. Medulomioblastoma recidivado como ganglioglioma anaplásico após 11 anos (ou novo tumor). Trata-se de caso excepcional, em que um medulomioblastoma operado na idade de 14 anos, com exérese aparentemente total, foi seguido por um ganglioglioma anaplásico do cerebelo fora do leito cirúrgico original, com características histológicas em nada recordando o primeiro tumor. O caso é notável já porque os dois tumores são raros, mesmo independentemente. Na nossa casuística, temos apenas um medulomioblastoma e três gangliogliomas (1)(2)(3) em cerebelo. Uma consulta à literatura revela casos isolados de maturação de meduloblastomas a gangliogliomas ou gangliocitomas, mas, no presente exemplo, o segundo tumor apresentava feições anaplásicas histologicamente discordantes do primeiro. Como a lacuna cirúrgica do medulomioblastoma permaneceu livre, cabe a dúvida se se trata de um segundo tumor independente, ou de disseminação e transformação do primeiro. Literatura. 1: Mullarkey MP, et al. . Posttreatment Maturation of Medulloblastoma into Gangliocytoma: Report of 2 Cases. Pediatr Neurosurg. 2020;55(4):222-231. 2: Chelliah D, et al. Medulloblastoma with extensive nodularity undergoing post-therapeutic maturation to a gangliocytoma: a case report and literature review. Pediatr Neurosurg. 2010;46(5):381-4. 3: Katsetos CD, Burger PC. Medulloblastoma. Semin Diagn Pathol. 1994 May; 11(2): 85-97. 4: Valvi S, Ziegler DS. Ganglioglioma Arising From Desmoplastic Medulloblastoma: A Case Report and Review of Literature. Pediatrics. 2017 Mar;139(3): 5: Kudo M, et al. Ganglioglial differentiation in medulloblastoma. Acta Pathol Jpn. 1990 Jan;40(1):50-6. 6: Eberhart CG, et al.. Apoptosis, neuronal maturation, and neurotrophin expression within medulloblastoma nodules. J Neuropathol Exp Neurol. 2001 May;60(5):462-9.. 7: Hatten ME, Roussel MF. Development and cancer of the cerebellum. Trends Neurosci. 2011 Mar;34(3):134-42. 8: Lafay-Cousin L, et al. Post-chemotherapy maturation in supratentorial primitive neuroectodermal tumors. Brain Pathol. 2014 Mar;24(2):166-72. 9: Cai DX,
et al. Medulloblastomas with extensive posttherapy neuronal maturation.
Report of two cases. J Neurosurg. 2000 Aug;93(2):330-4.
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Agradecimentos. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. Preparações histopatológicas e imunohistoquímicas pelos técnicos do Laboratório de Patologia daquele hospital - Srs. Aparecido Paulo de Moraes e Irineu Mantovanelli Neto. |
Para
mais
imagens deste caso (medulomioblastoma) |
RM | HE | IH - GFAP, NSE, 1A4, desmina |
Mesmo caso após 11 anos (ganglioglioma anaplásico): | ||||
RM | HE, Reticulina | GFAP, VIM | SNF, MAP2, CD56 | CD34, Ki67 |
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