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2. IH - GFAP, VIM, SNF, MAP2, tubulina, CD34, Ki67 |
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Fem. 10 a 4 m. Clique para RM, macro, destaques da microscopia, HE, GFAP, vimentina, SNF, MAP2, tubulina, CD34, Ki67. |
GFAP. Os astrócitos componentes do tumor são reativos para proteína glial ácida fibrilar, um filamento intermediário do citoplasma próprio de astrócitos. A reação enfatiza o caráter alongado das células, de aspecto pilocítico, e sua disposição em longos feixes entrelaçados, lembrando cabeleira. Os vasos destacam-se em negativo. Alguns astrócitos são multipolares, com núcleos excêntricos e citoplasma abundante (formas fibrilares ou gemistocíticas). |
VIMENTINA. VIM, outro filamento intermediário do citoplasma, mas de distribuição ubiquitária (encontrado em vários tipos de células de diferentes linhagens), proporciona resultados semelhantes aos com GFAP, mas há marcação das células vasculares (endoteliais ou musculares lisas). Os halos claros entre os vasos e as células tumorais correspondem à adventícia fibrosa e hialinizada. Em certas áreas há marcação citoplasmática de células com feições morfológicas próprias de neurônios (núcleos vesiculosos com nucléolo evidente e citoplasma com prolongamentos multipolares). Sua natureza glial ou neuronal fica em aberto, pois neurônios habitualmente são negativos para vimentina. |
SNF. Sinaptofisina, uma proteína associada a vesículas sinápticas e, portanto, indicativa de linhagem neuronal ou neuroendócrina, foi positiva no citoplasma em células deste ganglioglioma de cerebelo esparsas entre as células de padrão astrocitário. As células tinham morfologia distinta dos astrócitos pilocíticos, que constituíam a maior parte da população tumoral. Tinham núcleos maiores, tendendo a arredondados, muitos com nucléolo, e várias eram binucleadas ou multinucleadas (para outros casos de ganglioglioma com células binucleadas (1)(2) ou multinucleadas (1)(2), clique). Nenhuma tinha aspecto de neurônios maduros, que pudessem ter sido englobados pelo tumor, como células dos núcleos profundos do cerebelo (e.g. núcleo denteado). Portanto, as valorizamos como componentes autênticos do tumor, permitindo o diagnóstico de ganglioglioma. O resultado foi corroborado por MAP2 e classe III beta tubulina. | |
SNF. Córtex cerebelar. Estas folhas atróficas de córtex cerebelar fortuitamente presentes na amostra serviram de controle interno positivo para a reação para sinaptofisina. Há forte marcação difusa da camada molecular e positividade puntiforme na camada granulosa, correspondendo aos glomérulos cerebelares. Para mais sobre córtex cerebelar normal com marcadores neuronais, clique. |
MAP2. Esta proteína associada a microtúbulos é considerada um dos melhores marcadores neuronais da atualidade (para breve texto , clique). Aqui confirma essencialmente o já observado com SNF, corroborando a natureza neuronal de células deste ganglioglioma cerebelar, algumas das quais multinucleadas. | |
Tubulina. Células tumorais positivas. Os resultados com o anticorpo contra beta-tubulina classe III, comercializado como marcador de neurônios (para breve texto, clique), assemelham-se aos com MAP2. A superposição não causa estranheza, pois a tubulina é a proteína cuja polimerização gera os microtúbulos. Repetem-se os achados - células esparsas marcadas no citoplasma de contorno irregular, com prolongamentos, núcleo freqüentemente com nucléolo. A positividade desta classe de células para três marcadores neuronais fala fortemente a favor que se tratem de neurônios patológicos participantes do tumor, portanto um ganglioglioma. | |
CD34. Marca a superfície luminal das células endoteliais e assim destaca com elegância os capilares em relação ao tecido neoplásico. Aqui observamos vasos finos, de calibre irregular, freqüentemente agrupados em clusters, mas sem proliferação das células endoteliais com formação de pseudoglomérulos. Não há marcação das células neoplásicas. |
Ki-67. Marca cerca de 1-3 % dos núcleos das células neoplásicas, sugerindo tumor de lento crescimento. Aparentemente, a positividade ocorre nos núcleos gliais apenas (geralmente pequenos e alongados). Ocasionalmente há dois núcleos marcados lado a lado, sugerindo que tenham se originado da mesma divisão celular. | |
Agradecimentos. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. Preparações imunohistoquímicas pela técnica do Laboratório de Patologia da Instituição, Sra. Adriana Worschech. Reação para MAP2 executada no Laboratório de Pesquisa do Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP (Sras. Ana Claudia Sparapani Piaza, Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis e Arethusa de Souza). |
Para mais imagens deste caso: | RM | Macro, HE | IH - GFAP, VIM, SNF, MAP2, tubulina, CD34, Ki67 |
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