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3. IH para GFAP, VIM, S-100 |
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Masc. 19 a. Clique para história clínica, RM, lâminas escaneadas, destaques da microscopia, HE, Masson, reticulina, destaques da imunohistoquímica, para glia (GFAP, VIM, S-100), para neurônios (SNF, NF, cromogranina, NeuN, tubulina, MAP2, CD56), para antígenos musculares (1A4, HHF-35), para CD34, Ki-67, p53 e microscopia eletrônica. Comentário. |
Destaques da imunohistoquímica. | ||
GFAP. Interface entre tumor, sulco infiltrado e giro vizinho | GFAP. Células neoplásicas negativas, astrócito gemistocítico pré-existente positivo | GFAP. Poucas células neoplásicas expressam GFAP |
VIM. Positividade citoplasmática difusa e universal nas células neoplásicas | VIM. Pseudoinclusões intranucleares | S-100. Positividade nuclear e/ou citoplasmática variável nas células neoplásicas |
SNF. Interface entre tumor, sulco infiltrado (negativos) e giro vizinho (positivo). | SNF. Positividade focal no interstício do tumor - axônios aprisionados | SNF. Raros neurônios remanescentes, alguns circundados por botões sinápticos |
NF. Axônios remanescentes em meio às células neoplásicas | NF. Raros neurônios remanescentes | Cromogranina. Idem. Neurônios piramidais do giro vizinho. |
NeuN. Idem. Neurônios piramidais do giro vizinho. | Tubulina. Positividade focal no interstício do tumor - axônios aprisionados | Tubulina. Raros neurônios remanescentes |
MAP2. Positividade difusa no citoplasma das células neoplásicas. (Não indica linhagem neuronal) | MAP2. Positividade citoplasmática nos raros neurônios remanescentes | CD56. Positividade em padrão membrana em parte das células neoplásicas e no interstício do tumor |
1A4. Positividade citoplasmática em algumas células neoplásicas, grande maioria negativas | 1A4. Positividade em prolongamentos celulares em meio ao tumor. | HHF-35. Positividade citoplasmática em algumas células neoplásicas, grande maioria negativas. |
CD34. Positividade intersticial na interface entre o tumor e o sulco infiltrado | CD34. Positividade em vasos do tumor. Ausência de proliferação endotelial | CD34. Positividade intersticial entre as células tumorais (em áreas) |
Ki67. Positividade em cerca de 10% dos núcleos. | Ki67. Poucas mitoses | p53. Positividade em alta proporção dos núcleos. Na foto, um com pseudoinclusão |
Destaques da HE, colorações especiais e microscopia eletrônica | ||
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GFAP.
Grande parte do tumor foi negativa para este filamento intermediário próprio de astrócitos. Ao lado, a interface entre o tumor (acima) e o córtex do giro vizinho (frontal médio, abaixo). Este aparece fortemente positivo por conta dos astrócitos reacionais, já documentados em HE e tricrômico de Masson. Os vasos maiores estão no sulco frontal superior, infiltrado pelo tumor. Para correlação com a ressonância magnética, clique. |
GFAP.
Tumor no sulco.
O sarcoma preenche o sulco frontal superior entre os giros frontal superior (onde o tumor estava situado) e o giro vizinho (frontal médio). Nesta região o tumor é totalmente negativo para GFAP. No centro, uma artéria leptomeníngea. |
GFAP.
Tumor infiltrando córtex cerebral.
Em outra área, o tumor avança sobre o córtex cerebral limítrofe na forma de lingüetas sólidas. Focos de positividade no tumor foram atribuídas a astrócitos pré-existentes englobados pela neoplasia. |
GFAP. Interior do tumor. No tecido neoplásico, a marcação para GFAP é heterogênea, mas grande parte da positividade é atribuível aos astrócitos pré-existentes do giro frontal superior divulsionados pelas células tumorais. As células claramente neoplásicas são geralmente negativas, mas há exceções. |
Astrócitos
pré-existentes.
Estes chamam a atenção pelo citoplasma abundante e homogêneo próprio dos astrócitos gemistocíticos. Para exemplo em microscopia eletrônica, clique. O núcleo pode ser grande e ter nucléolo, já que a célula está em ativa síntese proteica. |
Células neoplásicas GFAP-positivas. Uma pequena parcela de células incontestavelmente neoplásicas apresenta positividade para GFAP. São menores que as acima, com núcleo grande, atípico e citoplasma escasso. Seria altamente improvável que fossem pré-existentes. Frente a estas, consideramos a hipótese diagnóstica de um gliossarcoma para este caso. Contudo, gliossarcomas são tumores originados em glioblastomas, em que uma parte da células perdeu a diferenciação astrocitária e a expressão de GFAP, e reverteu a uma fase mais primitiva, sendo capazes de sintetizar colágeno. São gliomas de alto grau (grau IV da OMS), com proliferação vascular, necrose e mitoses, feições não encontradas no presente exemplo. Para texto sobre gliossarcomas, clique. | |
GFAP em um sarcoma. Consideramos que a capacidade de sintetizar GFAP pelas células neoplásicas não afasta a possibilidade de um sarcoma. Admitimos que o presente tumor seja constituído por células pouco diferenciadas, capazes de expressar diferentes antígenos. Entre estes estão actinas, que foram documentadas por imunohistoquímica para 1A4 e HHF-35 e em microscopia eletrônica. Já testemunhamos um sarcoma de meninges de expressão polifenotípica, em que a positividade para GFAP foi maior do que no presente exemplo. |
Células GFAP positivas de natureza duvidosa (pré-existentes ou neoplásicas ?). Em várias células positivas examinadas ficamos em dúvida se se trataria de elementos reacionais ou tumorais. Algumas estão documentadas abaixo. | |
Células claramente neoplásicas, GFAP negativas. Outras células, indiscutivelmente tumorais pelo seu alto grau de atipia, foram negativas. | |
Área de tumor combinando elementos GFAP - positivos e negativos. |
Mitose. Uma única figura de mitose, esta atípica, tripolar, foi observada no preparado para GFAP. Para outras em HE, tricrômico de Masson e Ki67, clique. | |
GFAP.
Vasos.
Como já notado em HE e tricrômico de Masson, os vasos do tumor não apresentavam proliferação de células endoteliais, contrariamente ao que é notado nos gliomas malignos. Abaixo, exemplos. |
Vimentina.
Este filamento intermediário do citoesqueleto tem distribuição ubiquitária, sendo encontrado na maioria dos tipos celulares. Para breves textos clique (1) (2). No presente caso, as células neoplásicas são positivas no citoplasma, o que está dentro do esperado para um sarcoma. A marcação não ajuda no diagnóstico diferencial com outros tumores. Notar que também os vasos e o tecido nervoso são positivos. |
Áreas
ricas em matriz intersticial.
Nestas, as células neoplásicas estão separadas por substância fundamental do tecido conjuntivo, que se cora em azul no tricrômico de Masson. Ver também microscopia eletrônica. Como a vimentina está presente só no citoplasma, há menos vimentina nesta área, que por isso aparece em claro. |
VIM. A reação ajuda a observar a morfologia das células neoplásicas, em particular suas variações de forma, tamanho e concentração no tecido. Há áreas muito ricas em células, outras em matriz intercelular (que fica negativa na vimentina). Há células que lembram neurônios pelos nucléolos proeminentes, mas não são, pois neurônios são vimentina negativos. Também são de interesse as pseudoinclusões intranucleares. Estas dobras da membrana nuclear permitem insinuação de lingüetas de citoplasma, que reagem positivamente para vimentina, e contrastam com o azul do núcleo. Para exemplos em microscopia eletrônica, clique. |
S-100. O tumor exibiu positividade para proteína S-100. Para breve texto sobre esta, clique. A marcação é variável - nuclear, citoplasmática, nuclear e citoplasmática ou ausente. | |
Agradecimentos. Processamento e cortes histológicos pelos técnicos Aparecido Paulo de Moraes e Viviane Ubiali. Preparações imunohistoquímicas do Laboratório de Pesquisa, Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, pelas técnicas Ana Cláudia Sparapani Piaza, Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis, Arethusa de Souza e Thainá Milena Stela de Oliveira. Departamento de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP, Campinas, SP. |
Textos complementares: | Sarcomas cerebrais | Fibrossarcoma | Mixofibrossarcoma | Diferencial: gliossarcoma |
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