Schwannoma  da  raíz  do  N. trigêmeo E
(do gânglio semilunar ou de Gasser, no cavo de Meckel)
3. Imunohistoquímica. 
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S-100. As células de Schwann, derivadas da crista neural, expressam proteína S-100 no núcleo e citoplasma.  Os schwannomas são, portanto, forte- e difusamente S-100 positivos, tanto em áreas Antoni A como B. 
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S-100.  Áreas Antoni A.  Nestas áreas, feixes compactos de células de Schwann cruzam-se em várias direções.  Os limites celulares são imprecisos. Os núcleos marcam-se mais fortemente que o citoplasma, mas, em algumas células, os núcleos não se marcam, permanecendo azuis (cor da hematoxilina, corante de fundo).  Isto é importante para validar a reação (mostrando que não se trata de artefato de hiperreação ou marcação de fundo). 
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S-100.  Áreas Antoni B.  Há também marcação do núcleo e citoplasma (alguns núcleos são negativos). As células são estreladas e o arranjo é frouxo, com espaços intercelulares claros. 
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S-100. Áreas colageneizadas, vasos hialinizados.  Áreas ricas em colágeno, como vasos espessos e hialinizados, são negativas, já que não contêm células de Schwann, e aparecem no azul claro deixado pela hematoxilina de fundo. 

VIM.   Áreas Antoni A. A vimentina é fortemente positiva no citoplasma das células de Schwann. Núcleos e substância intersticial (como fibras colágenas) não se marcam.  Em feixes cortados transversalmente os prolongamentos das células de Schwann aparecem como pequenos pontos marcados, em meio a material não marcado, que corresponde a colágeno, reticulina e membrana basal, esta também fabricada pelas células de Schwann. 
VIM. 

Área Antoni A, feixe em corte transversal. 

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VIM.   Áreas Antoni B.  Vimentina é útil para demonstrar quanto do tecido são efetivamente células neoplásicas e quanto é interstício.  As células são de formatos variados, geralmente bipolares e alongadas, mas às vezes com vários prolongamentos. Estes se destacam fortemente contra o fundo de substância intersticial não marcada. As células são orientadas em várias direções, assim algumas são cortadas ao longo de seu maior eixo, outras transversalmente. Vasos (células endoteliais e musculares lisas) também são positivos. 

CD34.  Destaca os vasos contra o tecido tumoral de fundo, e demonstra a grande variação na concentração de pequenos vasos na neoplasia. Áreas Antoni A, mais compactas, são menos vascularizadas, com vasos situados esparsamente em meio aos feixes celulares.  Já áreas Antoni B são mais ricas em vasos. 
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CD34. Proliferação capilar em barreiras, ou em guirlandas.  Uma feição peculiar neste espécime era a proliferação capilar em barreiras ou 'em guirlandas', em que uma faixa de capilares proliferados se estendia em curva.  Assemelha-se muito à notada freqüentemente em astrocitomas pilocíticos, mas não lembramos de tê-la visto em schwannomas.  No exemplo abaixo, a faixa de capilares proliferados parece separar uma área Antoni B (à E) e uma área Antoni A (à D). 
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CD34. Vasos recanalizados.  CD34 também permite visualizar vasos recanalizados, em que uma trombose antiga foi substituida por tecido conjuntivo frouxo e novas luzes capilares.  Sugere que patologia vascular seja comum em schwannomas, como já notado pela abundância de vasos espessos e hialinizados, principalmente no tricrômico de Masson. Abaixo, exemplos.
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CD34. Vasos  com  trombose  não oclusiva. Em alguns vasos há lesão segmentar da parede, com perda focal do endotélio e formação de trombo.  Restos endoteliais CD34 + são por vezes visíveis no meio do trombo. 
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CD34.  Expressão nas células neoplásicas.  Uma curiosa feição, que não havíamos antes observado em schwannomas, foi a expressão de CD34 em agrupamentos de células neoplásicas.  CD34 é comumente encontrado em lesões de baixo grau associadas à epilepsia, como displasias corticais, xantoastrocitoma pleomórfico e gangliogliomas (para links clique). O significado desta observação em um tumor do sistema nervoso periférico, contudo, nos escapa. 

Ki-67. Marcação de apenas poucos núcleos esparsos (<1%), condizente com o lento crescimento do tumor. 
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Para mais imagens deste caso: RM Macro, HE Colorações especiais
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Correlação  anatômica.  Para peças interessando à região do gânglio de Gasser, clique nas figuras. 
Base de crânio com raízes de nervos cranianos Cortes axiais de crânio inteiro com cérebro in-situ Cortes coronais de crânio inteiro com cérebro in-situ
Peças do acervo do Depto de Anatomia, Instituto de Biologia, UNICAMP.  Fotografadas por especial gentileza dos Profs. Maria Júlia Marques, Humberto Santo Neto, José Angelo Camilli e Ddo. Wagner José Fávaro. 
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Schwannomas na graduação:   neuroimagem, neuropatologia.    Mais casos :  Neuroimagemneuropatologia
Neurofibromatose, casos de neuroimagem : NF1NF2.   Neurofibromas - neuropatologia
Características de imagem dos schwannomas Textos ilustrados sobre  schwannomas, neurofibromas, neurofibromatose do tipo 1 e  do tipo 2
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