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neurofibromatose tipo 1 (NF1). 2. Imunohistoquímica |
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Masc. 12 a. Clique para HE, tricrômico de Masson, e imunohistoquímica para neurofilamento (para axônios), CD57 e proteína S-100 (ambos para baínhas de mielina) e EMA (para perinêurio). |
Destaques da imunohistoquímica. | ||
NF. Fibrose difusa do fascículo nervoso e axônios em bulbo de cebola. Raros axônios remanescentes marcados | Axônio em corte longitudinal com irregularidades de diâmetro | Ramo nervoso normal em corte transversal. Corte longitudinal. |
CD57. Corte transversal, fibrose entre e em torno dos axônios mielínicos, baínha de mielina marcada | Corte longitudinal, rarefação de axônios mielínicos | Ramo nervoso normal em corte transversal. Corte longitudinal; inervação motora da língua. |
S-100. Idem ao CD57, baínha de mielina e axônios marcados | Corte longitudinal, axônio em espinha de peixe | Ramo nervoso normal em corte transversal. Corte longitudinal; inervação motora da língua. |
EMA. Lâmina escaneada, nervos espessados na região superficial | Corte transversal, proliferação do perinêurio entre e em torno dos axônios mielínicos | Ramo nervoso normal em corte longitudinal. Células EMA positivas restritas ao perinêurio (camada externa) |
Destaques do HE, Masson. Quadro comparativo. | ||
Neurofilamento (NF). Nervos com neurofibroma em corte tranversal. Proteína de neurofilamento é um filamento intermediário do citoesqueleto próprio de neurônios e seus prolongamentos (axônios e dendritos). É um meio popular para demonstrar axônios no sistema nervoso central, periférico e em tumores. Aqui revela a forte redução da população axonal nos nervos com neurofibroma plexiforme. Como já visto em HE e com tricrômico de Masson, os axônios estão envolvidos em capas concêntricas de células dando aspecto em bulbos de cebola. Entre eles há células alongadas que produzem colágeno. A reação para EMA mostra que estas células são análogas às do perinêurio. Comparar com os nervos normais com NF neste mesmo espécime. Para texto sobre filamentos intermediários, inclusive neurofilamento, clique. |
NF. Nervos do neurofibroma em corte longitudinal. Em corte longitudinal observam-se irregularidades no diâmetro axonal, que passa abruptamente de calibroso a muito fino, podendo formar dilatações bulbosas ou em salsicha. Estas podem dever-se a perturbações do fluxo axonal pelas células proliferadas em torno do axônio. | |
NF. Nervos normais em corte tranversal. Estes pequenos ramos nervosos fora da área afetada pelo neurofibroma plexiforme mostram grande riqueza de axônios normais densamente agrupados e circundados pela bainha de perinêurio. O aspecto é normal para comparar com o neurofibroma acima. O que está marcado são os axônios propriamente ditos, não as baínhas de mielina. Estas são visualizadas com CD57 e S-100, abaixo. | |
NF.
Nervos normais em corte longitudinal.
Nos poucos ramos nervosos normais seccionados longitudinalmente, observa-se a grande população de axônios de diferentes diâmeros em curso paralelo. Em diversos, em especial nos maiores, é possível observar constrições rítmicas, atribuíveis aos nodos de Ranvier. Para mais sobre estes e a ultraestrutura normal do nervo, clique. |
CD57. Nervos com neurofibroma em corte tranversal. CD57, uma molécula de membrana envolvida na adesão entre células neurais, é encontrado em oligodendrócitos no sistema nervoso central, e em células de Schwann e baínhas de mielina em nervos periféricos e raízes (para breve texto, clique link). Aqui, parece demonstrar as baínhas de mielina dos axônios maiores, mas os axônios propriamente ditos não se marcam (ou só muito fracamente). Comparar com ramos nervosos normais. | |
CD57.
Nervos com neurofibroma em corte longitudinal.
Revela a pobreza de axônios mielínicos nos ramúsculos nervosos afetados pelo neurofibroma. O aspecto assemelha-se ao obtido com S-100 abaixo. |
CD57. Nervos normais, corte transversal. Como já documentado na área de neurofibroma, acima, CD57 marca as baínhas de mielina e mostra a densa população de axônios normais. Aqui também evidencia que o axônio em si é negativo, pois o centro do conjunto axônios + mielina fica claro - só a periferia, isto é, a mielina, é marcada. | |
CD57. Nervos normais, corte longitudinal. | |
CD57. Nervos normais da inervação motora da língua. Ramúsculos nervosos distribuídos entre fibras musculares estriadas da musculatura lingual. Comparar com HE. | |
S-100. Nervos com neurofibroma em corte tranversal. O quadro é essencialmente o já observado com CD57, com a diferença que S-100 marca também os axônios, além das baínhas de mielina. Assim, não é possível separar uns de outras nesta reação, aparecendo o axônio mielínico como um pequeno disco homogeneamente marrom no corte transversal. O mesmo se observa nos nervos normais, abaixo. |
S-100. Nervos com neurofibroma em corte longitudinal. Nestes, as incisuras de Schmidt-Lantermann das baínhas de mielina são realçadas, pois a mielina é marcada por S-100, dando ao axônio o clássico aspecto 'em espinha de peixe'. Para mais sobre estas e a ultraestrutura do nervo, clique. Ver também HE e tricrômico de Masson. | |
S-100. Nervos normais, corte transversal. | |
S-100. Nervos normais, corte longitudinal. |
S-100. Nervos normais da inervação motora da língua. Em alguns destes ramúsculos observa-se também marcação do núcleo das células de Schwann. Os núcleos de outras células, como fibroblastos do endonêurio e células endoteliais, ficam negativos. |
EMA.
Lâmina escaneada.
EMA marca os pequenos nervos espessados do neurofibroma plexiforme, ajudando a delimitar a área da lesão. Os pequenos nervos normais, bem mais finos, não aparecem neste aumento fraco. Conferir no aspecto histológico. Esta imagem escaneada com 600 dpi. A seguinte com 1200 dpi. |
EMA. Área com neurofibroma. EMA (antígeno epitelial de membrana ou epithelial membrane antigen, para breve texto clique) marca células do perinêurio, que compartilham propriedades epiteliais com as células normais da aracnóide, inclusive positividade para EMA. Neste neurofibroma plexiforme, a reação para EMA foi útil para mostrar a proeminência dos pequenos ramos nervosos afetados pelo neurofibroma, especialmente na porção superficial, próxima à mucosa lingual. A maior parte das células nos ramos nervosos são perineuriais, a julgar pela positividade para EMA. Comparar com ramúsculos nervosos normais, onde o perinêurio é fino e restrito à periferia do nervo. |
EMA. Área com neurofibroma. Células EMA positivas. Nos pequenos fascículos afetados pelo neurofibroma, observa-se que células EMA positivas, presumivelmente do perinêurio, proliferaram extensamente e permeiam virtualmente a totalidade da secção transversal do fascículo. Em volta dos axônios maiores observam-se halos EMA negativos. Atribuímos estes às células de Schwann, que também proliferaram e circundam os axônios concentricamente à maneira de bulbos de cebola. Células de Schwann são negativas para EMA, mas positivas para S-100, inclusive no núcleo (acima). | |
EMA. Área com nervos normais. Nos ramúsculos nervosos não afetados pelo neurofibroma, o perinêurio circunda o feixe de axônios. Células EMA positivas são vistas só no perinêurio e estão totalmente ausentes do interior do fascículo. Cortes tangenciais permitem visualizar o caráter pavimentoso das células do perinêurio, com seus núcleos arredondados e cromatina frouxa. | |
Agradecimentos. Caso estudado conjuntamente com a Profa. Albina Altemani e residente R3 Dr. Kelson Rodrigues Carvalho. Preparações histológicas : Fernanda das Chagas Riul, Viviane Ubiali, Mariagina de Jesus Gonçalves e Maria José Tibúrcio. Colorações especiais : Fernando Wagner dos Santos Cardoso e Tayna Takahashi Santos. Reações imunohistoquímicas : Thainá Milena Stela de Oliveira e Luis Felipe Billis. Depto de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP, Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | HE, Masson | IH |
Este assunto na graduação | Características de imagem dos schwannomas |
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Banco de Imagens: | Medula espinal normal | Cauda eqüina normal | Raízes espinais normais | Filo terminal normal |
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