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2. Imunohistoquímica |
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Fem. 22 a. Clique para exames de imagem de crânio TC, RM, e tórax (TC), espécime macro, HE, imunohistoquímica para bHCG, AE1AE3, 35bH11, inibina, vimentina, Ki67. |
Destaques da microscopia. | ||
HE - Aspecto geral. Células atípicas em arranjo cordonal, formando ninhos em meio a abundante necrose e hemorragia. Citotrofoblasto versus sinciciotrofoblasto | Citotrofoblasto. Células de limites nítidos, padrão epitelial. | Sinciciotrofoblasto. Células de limites imprecisos em arranjo reticular |
Mitoses. No citotrofoblasto, numerosas, geralmente atípicas | b-HCG. Positivo em parte das células neoplásicas, presumivelmente no sinciciotrofoblasto. Controle positivo em outro caso | AE1AE3. Positividade citoplasmática no citotrofoblasto indica natureza epitelial das células |
AE1AE3. Negativo no sinciciotrofoblasto | 35bH11. Positividade citoplasmática no citotrofoblasto recapitula resultado com AE1AE3 | 35bH11. Negativo no sinciciotrofoblasto |
Inibina. Positiva no sinciciotrofoblasto, negativa no citotrofoblasto | VIM. Negativa no tumor, positiva em leucócitos | Ki-67. Marca cerca de 70% dos núcleos tumorais |
b-HCG. Gonadotrofina coriônica humana é secretada em grandes quantidades pela placenta. Normalmente, só é detectável no soro durante a gravidez. É positiva nas células do sinciciotrofoblasto da placenta normal e ausente no citotrofoblasto. Em coriocarcinomas, b-HCG é também encontrada no sinciciotrofoblasto. No presente material, o resultado não foi claro. Observaram-se áreas com células positivas, não sendo possível distinguí-las como cito- ou sinciciotrofoblasto. Outras áreas foram negativas. O procedimento foi repetido em outro laboratório com resultados superponíveis e controle positivo de outro caso. | |
b-HCG (controle de outro caso). Para afastar dúvidas sobre a qualidade da reação para b-HCG no presente caso, recorremos a bloco de parafina de outro paciente, observado em 2008 e também postado neste site. Cortes dos dois blocos foram processados simultaneamente, e o material antigo reproduziu fielmente os resultados originais, mostrando que o anticorpo e o procedimento são confiáveis. É possível que a dificuldade com o presente material seja devida a fixação ou problemas no processamento. Contudo, outros anticorpos como antiqueratinas, inibina e Ki-67 funcionaram satisfatoriamente. | |
AE1AE3.
Este coquetel combina anticorpos contra queratinas de alto e baixo peso
molecular, assim é usado na detecção de epitélios
em geral e neoplasias deles derivadas. Para breve texto,
clique. No presente caso, distinguiu com nitidez dois tipos de células
tumorais.
Citotrofoblasto.
As que reagem mais fortemente são provavelmente o citotrofoblasto.
Com AE1AE3, as células ficam bem individualizadas, tendendo a contorno
arredondado, e a positividade é localizada na periferia do citoplasma,
formando um anel na face interna da membrana plasmática. O interior
do citoplasma e a região perinuclear são freqüentemente
negativas. Nestas células há muitas mitoses, na maioria atípicas.
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AE1AE3. Sinciciotrofoblasto. As outras células, que corresponderiam ao sinciciotrofoblasto, são só fracamente positivas ou negativas. Os núcleos são mais ovalados, de cromatina melhor distribuída e não se observam mitoses. Os limites celulares são imprecisos, e algumas células parecem gigantes multinucleadas. Para mais sobre cito- e sinciciotrofoblasto na placenta normal, clique. | |
35bH11.
Anticorpo para queratinas de baixo peso molecular, para breve texto, clique. Aqui, deu resultados semelhantes aos de AE1AE3 acima, realçando as células do citotrofoblasto. As do sinciciotrofoblasto variaram conforme a área, havendo regiões onde a reação foi forte, e outras onde foi negativa. A positividade para queratinas enfatiza a natureza epitelial do tumor. |
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Também foi pesquisado CK7, com resultados superponíveis, por isso não os apresentamos aqui. Para CK7 em outro caso, clique. |
35bH11.
Áreas ricas em citotrofoblasto.
Nestas, há positividade citoplasmática intensa para citoqueratinas 8 e 18, ambas de baixo peso molecular, detectadas pelo anticorpo 35bH11. Notar as mitoses atípicas nas células do citotrofoblasto. |
Inibina,
um marcador de tumores do estroma e dos cordões sexuais das gônadas, foi positiva forte no sinciciotrofoblasto. Para breve texto sobre este anticorpo, clique. |
Vimentina,
um filamento intermediário ubiquitário (para breve texto clique), foi negativa neste coriocarcinoma, tanto no cito- como no sinciciotrofoblasto. Nisto repete experiência de caso anterior. As pequenas células positivas são leucócitos, que servem para validar a reação. No presente exemplo não havia astrócitos reacionais, que seriam VIM-positivos. |
Ki-67
Este marcador de proliferação celular foi positivo em algo como 70% dos núcleos, o que indica tecido de muito rápido crescimento. Encontramos dificuldade em definir com segurança se os núcleos marcados ocorrem mais no cito ou no sinciciotrofoblasto, mas opinaríamos que a positividade é maior no citotrofoblasto (onde foram encontradas a maior parte das mitoses). |
Antígenos negativos. PLAP, c-Kit, CD30 (positivo em carcinoma embrionário), alfa-fetoproteína, CEA. |
Agradecimentos.
Preparações
histológicas pelas técnicas Fernanda Chagas Riul, Viviane
Ubiali, Mariagina de Jesus Gonçalves e Maria José Tiburcio
Silvestre. Reações imunohistoquímicas pelos
técnicos Thainá Milena Stela de Oliveira, Luis Felipe
Billis e Ana Cláudia Sparapani Piaza.
Depto de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP. |
Para mais imagens deste caso: | TC | Macro, HE | IH |
Metástases cerebrais na graduação:
neuropatologia, neuroimagem. |
Mais casos de metástases:
neuropatologia, neuroimagem |
Características
de imagem
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Sobre metástases cerebrais | Outras metástases cerebrais de coriocarcinoma
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