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Masc. 2 m 12 d. Clique para RM, HE, reticulina, GFAP, vimentina, SNF, MAP2, CD56, CD34, Ki67. Texto. |
Nesta página, estudamos o meduloblastoma de extensa nodularidade comparativamente com 3 marcadores para neurônios - sinaptofisina, MAP2 e CD56 (clique para breves textos). Nos três há positividade irregular no tecido neoplásico, sempre presente no interior dos nódulos, que são áreas melhor diferenciadas (menos imaturas) do tumor. Nos nódulos também é onde se observa diferenciação astrocitária incipiente com GFAP e VIM. Os achados assemelham-se aos já descritos em casos de meduloblastoma desmoplásico (1)(2). |
SNF.
Meduloblastoma de extensa nodularidade infiltrando a leptomeninge entre duas folhas cerebelares. O tecido tumoral é caótico, mesclando áreas nodulares desorganizadas ricas e pobres em SNF. Contrasta com a organização do córtex cerebelar, onde a camada fortemente positiva é a camada molecular, rica em sinapses. |
SNF. Área tumoral. Padrão nodular do tumor, com positividade para SNF sempre maior nos nódulos. No interior destes há áreas mais fortes e mais fracas. As mais fortes correspondem a diferenciação mais avançada para linhagem neuronal. O tecido entre os nódulos é menos reagente porque as células são mais indiferenciadas. |
SNF. Córtex cerebelar. Como já comentado em HE e GFAP, o córtex cerebelar nesta criança é ainda imaturo na idade de 2 meses e meio, e ainda apresenta camada granulosa externa, formada por células que vão migrar internamente para formar a camada granulosa definitiva. Como o tumor infiltra a leptomeninge, mescla-se às células da granulosa externa, ficando muitas vezes dificil delimitar entre elas. Com GFAP, a delimitação é mais fácil devido aos prolongamentos dos astrócitos de Bergmann que são GFAP positivos. As células de Purkinje são SNF positivas. Glomérulos cerebelares são pequenos focos fortemente positivos para SNF na camada granulosa interna, e correspondem a sinapses complexas. Para mais sobre córtex cerebelar normal com SNF, clique. |
SNF. Córtex cerebelar. Outra área. Um outro campo, onde a justaposição do meduloblastoma à camada granulosa externa fica mais facilmente perceptível. Os núcleos do tumor são mais densos e aproximados que os da camada granulosa primitiva. No tumor aparecem os nódulos de diferenciação neuroblástica positivos para sinaptofisina, como documentado acima. |
MAP2. MAP2, atualmente considerado um dos anticorpos mais específicos para neurônios (para breve texto, clique) marcou os nódulos deste meduloblastoma de extensa nodularidade, coincidindo com os achados com SNF e demonstrando que os nódulos são áreas de diferenciação mais avançada em sentido neuronal. Para diferenciação glial com GFAP, clique. As áreas internodulares não marcadas são de células pouco diferenciadas, onde a multiplicação celular é mais intensa, a julgar pelos achados com Ki-67. |
CD56. Resultados com CD56 (clique para breve texto) são paralelos aos demonstrados com SNF e MAP2. Esta molécula de adesão de células neurais (neural cell adhesion molecule) é mais positiva nos nódulos tumorais (sinalizando diferenciação neuroblástica). No córtex cerebelar, é altamente positiva na camada molecular, riquíssima em sinapses e, portanto, com abundantes membranas celulares em contato. Abaixo, um campo favorável em que o tumor infiltra a leptomeninge mas não chega a tocar o córtex cerebelar imaturo. Neste, fica nítida a camada granulosa externa, imatura, cujos neuroblastos vão migrar pela camada molecular e constituir a camada granulosa definitiva. Para mais sobre córtex cerebelar normal com marcadores neuronais, clique. |
Este campo enfatiza a grande semelhança morfológica entre o meduloblastoma infiltrativo e a camada granulosa externa, apoiando a origem do tumor nesta camada primitiva do córtex cerebelar. |
CD56. No meduloblastoma de extensa nodularidade, a marcação é forte nos nódulos e fraca ou inexistente no interstício extranodular, como já notado com MAP2 e SNF. |
Agradecimentos. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. Preparações imunohistoquímicas (SNF, CD56) pela técnica do Laboratório de Patologia da Instituição, Sra. Adriana Worschech. MAP2 executado no Laboratório de Pesquisa do Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP (Sras. Ana Claudia Sparapani Piaza, Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis e Arethusa de Souza). |
Para mais imagens deste caso, texto: | ||||
RM | HE, Reticulina | GFAP, VIM | SNF, MAP2, CD56 | CD34, Ki67 |
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