EMA.
(Epithelial Membrane Antigen ou antígeno epitelial de membrana).
O anticorpo
reconhece um grupo de glicoproteínas transmembrana intimamente relacionadas,
de alto peso molecular e alto conteúdo de açúcares.
São codificadas pelo gene MUC1 no cromossomo 1.
Reatividade
para EMA é encontrada em ampla variedade de células epiteliais
e tumores delas derivados. Em epitélio secretor, a imunorreatividade
é limitada às membranas apicais da célula. Em carcinomas
bem diferenciados a reatividade é também restrita a membranas.
Em carcinomas pouco diferenciados observa-se marcação citoplasmática
e perda da polaridade apical das células.
Epitélios
secretores positivos para EMA incluem glândulas sudoríparas
écrinas, sebáceas e apócrinas, glândulas salivares,
pâncreas exócrino, glândulas gástricas, endometriais,
brônquicas, células alveolares, epitélio de ductos
biliares, epitélio brônquico, trompa e duto deferente. EMA
também é demonstrado em epitélios não secretores,
como urotélio, túbulos renais distais e coletores, e em sinciciotrofoblasto.
A principal
aplicação de EMA é a demonstração de
células epiteliais ou com diferenciação epitelial.
EMA geralmente não é expressado em células germinativas,
células hematológicas e linfóides, mesenquimais, neurais
e neuroectodérmicas. Contudo pode ser positivo em alguns tecidos
não epiteliais como notocorda fetal, granulações aracnóideas,
epêndima, plexo coróide, fibroblastos do perinêurio
e epinêurio, histiócitos e plasmócitos e suas neoplasias
correspondentes. É fato bem conhecido a positividade para EMA na
membrana externa de plasmócitos, preservada e até acentuada
em plasmocitomas. A expressão de EMA em cordomas ajuda a distinguí-los
de condromas e condrossarcomas. A expressão de EMA nos fibroblastos
superficiais da aracnóide denota o caráter misto, epitelial
e conjuntivo destas células. A positividade de meningiomas para
EMA é amplamente reconhecida e pode colaborar no diagnóstico
diferencial entre meningiomas fibroblásticos e schwannomas.
Fonte: Leong
AS-Y, Cooper K, Leong FJW-M. Manual of Diagnostic Antibodies for
Immunohistology. 1999, Greenwich Medical Media Ltd, London. p. 159-61. |