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2. Colorações especiais |
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Masc. 30 a. Clique para : exames de imagem, HE, colorações especiais, imunohistoquímica, microscopia eletrônica. |
Tricrômico
de Masson.
Esta tradicional coloração para tecido conjuntivo (para técnica, clique) é de grande valia no estudo deste tumor, pois diferencia as fibras colágenas (em azul), das células do tumor (em vermelho). Assim, mostra com vantagem as relações do tumor com a dura-máter, especialmente a área onde comprime o seio transverso, e a infiltração neoplásica da dura. Também realça as variações na quantidade de fibras colágenas em diferentes regiões do tumor. Para fibras reticulínicas, clique. Para este mesmo corte em HE, clique. |
Paredes do seio transverso e trombo recente. As paredes do seio transverso são formadas por dura-máter. Os seios venosos durais são canais vasculares que cursam entre folhetos da dura e não têm parede própria. O colágeno da dura se cora fortemente em azul (pontos vermelhos são artefato da coloração). A parede interna do seio, voltada para o tumor, encontra-se adelgaçada devido à infiltração tumoral. Hemácias, fibrina e um pequeno trombo recente são observados na luz do seio. Comparar com aspectos em HE. |
Infiltração
dural.
O tumor infiltra ativamente entre as lamelas colágenas da dura-máter, que se afilam e desaparecem entre as células neoplásicas. Aspectos em HE. |
Trombo
recente em vaso entre dura e tumor.
Este trombo parietal provavelmente se situa em uma veia tributária do seio transverso. A parede da mesma está em grande parte infiltrada e substituída pelo tumor, o que pode ter propiciado lesão das células endoteliais e favorecido a trombose. Notar a característica estrutura lamelar do trombo, alternando hemácias, fibrina e leucócitos (linhas de Zahn). Para mais sobre trombos, consulte as lâminas do curso de graduação (1) (2) (3) (4) (5) (6). |
Fibras
colágenas no tumor e suas relações com
as células.
No tricrômico de Masson, as fibras colágenas aparecem em azul, contrastando com as células neoplásicas em vermelho. A quantidade de colágeno no hemangiopericitoma é variável conforme a área. Há regiões muito ricas em fibras conjuntivas, outras bem pobres. Isto se reflete na microscopia eletrônica, onde o principal componente intersticial é a reticulina, mas há áreas com fibras colágenas claramente reconhecíveis. |
Fibras colágenas no tumor e suas relações com células. Em algumas áreas, as células neoplásicas são circundadas uma a uma por fibras colágenas, que se coram em azul. | |
Reticulina.
A impregnação argêntica de Gomori (para técnica, clique), demonstra fibras reticulínicas em grande abundância no hemangiopericitoma. As fibras circundam as células individualmente ou em pequenos grupos. São observáveis também em microscopia eletrônica. As fibras são sintetizadas pelas próprias células neoplásicas em quantidade bem maior e distribuição mais homogênea que as fibras colágenas. |
Reticulina circundando células neoplásicas. Onde as células neoplásicas formam feixes, as fibras reticulínicas cursam entre, e paralelas às células. Em cortes transversais aos feixes, as fibras reticulínicas circundam completa ou incompletamente as células do tumor. Às vezes, delimitam pequenos grupos de células. A grande riqueza de fibras conjuntivas decorre da linhagem mesenquimal da neoplasia e é vista em outros tumores de natureza semelhante, benignos e malignos. | |
Reticulina
- dura-máter infiltrada.
Nas preparações para reticulina, chamavam a atenção feixes de fibras mais espessas, paralelas e finamente onduladas, que diferiam das delicadas fibrilas transitando tortuosamente entre as células. Estas fibras maiores são colágenas, e correspondem a remanescentes da dura-máter infiltrada pelo tumor. Ver aspecto em HE. |
Reticulina + safranina. A impregnação pela prata para reticulina não prevê uma contracoloração. Sem esta, o tecido de fundo fica totalmente incolor, dificultando visualização dos elementos celulares. Por isso, tentamos uma coloração fraca de fundo com safranina, que mostra as células em róseo, com leve acentuação dos núcleos. Na nossa opinião, este complemento ajuda o resultado final sem comprometer a delicadeza das fibras reticulínicas. A técnica para safranina é a mesma usada na coloração de Perls. Para detalhes, clique. | |
Agradecimentos.
Caso gentilmente contribuído pelos Drs. Ary Marconi Filho, Paulo
Roland Kaleff e Marcel Ramos Olivatto, Piracicaba, SP e Campinas, SP.
Colorações especiais pelos técnicos Sérgio Roberto Cardoso, André Luis Chamelet Sotovia e Fernanda Cristina Louzada Araújo, Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | ||||
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