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Tricrômico de Masson |
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Este material de artéria e veia, já estudado em HE, é aqui apresentado em tricrômico de Masson (para técnica, clique), uma coloração antiga e tradicional para tecido conjuntivo, que distingue as fibras colágenas (coram-se em azul) das células dos varios tipos (coram-se em vermelho). Portanto, permite observar detalhes que na HE passam despercebidos, pois tanto o colágeno quanto as células se coram em róseo. Para discussão adicional sobre os fenômenos da trombose, clique para a lâmina em HE. |
Artéria
com trombo canalizado (à esquerda), e
veia com trombo recente.
No trombo venoso, a cor é vermelha, pois aí predominam hemácias. No trombo arterial canalizado (com luzes vasculares neoformadas e tortuosas), predomina o azul, pois há abundantes fibras colágenas. Ao lado, lâmina escaneada com 1200 dpi. Abaixo, fotos microscópicas panorâmicas em microscópio Zeiss, com objetiva x1, pelo fotógrafo do Depto de Anatomia Patológica, Sr. Adilson Abílio Piaza. |
Lâmina
escaneada do outro corte.
Abaixo, microfotografias com a mesma técnica acima. |
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Parede da artéria. Os elementos celulares (principalmente células musculares lisas) aparecem em vermelho e contrastam com o colágeno em azul. As duas membranas elásticas, externa e interna, também se destacam em vermelho, permitindo a visualização dos limites da camada média da artéria femoral. A camada média está relativamente despopulada de células musculares lisas, pois o paciente era idoso. Muitas destas células degeneraram ao longo da vida, sendo gradualmente substituídas por fibras colágenas. |
Trombo
organizado e canalizado.
Nesta fase tardia, os elementos originais do trombo, como hemácias e fibrina, e da fase de organização (macrófagos), desapareceram. O tecido conjuntivo que separa as luzes vasculares neoformadas é formado principalmente por fibroblastos e células musculares lisas, com abundante fibras colágenas de permeio, que dão a cor azul. |
Células
musculares lisas no trombo organizado.
Destacam-se como células fusiformes em vermelho. Notar a membrana elástica interna embaixo. Luz do vaso para cima. |
Tricrômico de Masson - artéria. Abaixo detalhes da membrana elástica interna, uma lâmina sinuosa, por vezes duplicada. | |
Camada média. As fibras musculares lisas se coram em vermelho. Entre elas há delicadas fibras colágenas que aparecem em azul. Notar rarefação das fibras musculares lisas (fenômeno degenerativo). | |
Membrana elástica externa. Mais espessa e irregular que a elástica interna, formada por várias camadas de fibras elásticas entrelaçadas. | |
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Trombose
venosa.
A área destacada no retângulo e detalhada nas fotos a seguir mostra a aderência do trombo vermelho à parede da veia. A natureza lamelar do trombo chama a atenção. Na região de aderência já está havendo organização do trombo, com deposição de colágeno, que aparece em azul, contrastando com as áreas ainda não organizadas. |
Parede
da veia.
Como na artéria, há três camadas, adventícia, média e íntima. Aqui a íntima não aparece devido ao trombo. A camada média é mais fina que a da artéria e as fibras musculares lisas (em vermelho) são intercaladas por fibras colágenas (em azul). Não se observam as membranas elásticas interna ou externa. |
Área
de organização incipiente do trombo.
Entre a parede da veia e o trombo vermelho, uma área se destaca pela cor azul, devida à deposição de fibras colágenas. Nesta região, as hemácias e fibrina já foram digeridas pelos macrófagos, e iniciou-se o processo de organização pelos fibroblastos, que depositam fibras colágenas. |
Agradecimentos. Preparo das lâminas deste caso pela técnica Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis. Tricrômico de Masson pelo técnico Sr. Sérgio Roberto Cardoso, Laboratório de Colorações Especiais, Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. Campinas, SP. |
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