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Tricrômico de Masson, reticulina. |
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Masc. 54 a. Clique para : página de resumo do caso com história clínica, estudos de imagem (RM 2011; RM e TC 2012), macroscopia do cérebro, HE (lesões no III ventrículo, lesão gliótica-fibrótica na comissura anterior, lesões nos ventrículos laterais, lesões no IV ventrículo e meninges da base), tricrômico de Masson, reticulina, Grocott + HE, Grocott + verde luz, PAS, imunohistoquímica (CD68, HAM-56, CD3, CD20, GFAP, NF) e microscopia eletrônica. Texto sobre histoplasmose. |
Destaques das colorações especiais. | ||
Tricrômico de Masson. Lesão gliótica - fibrótica na comissura anterior | Histoplasmas | Fibrose das leptomeninges da base. |
Reação glial entre a pia e a aracnóide | Plexite coróide do IV ventrículo | Reticulina. Lesão gliótica - fibrótica na comissura anterior |
Grocott + HE. Excepcional riqueza de parasitas na lesão em torno do III ventrículo | Fungos em fagossomos de macrófagos | Fungos no citoplasma de neutrófilos |
Grocott + Verde Luz. Histoplasmas no tecido em torno do III ventrículo, na lesão da comissura anterior | Histoplasmas em neutrófilos | PAS + hematoxilina. Fungos em fagossomos de macrófagos |
Para destaques da HE, imunohistoquímica e microscopia eletrônica, clique. | ||
Tricrômico de Masson - Lesão granulomatosa na comissura anterior. Esta pequena lesão já foi discutida em outras páginas por ser identificável por RM 6 meses antes do óbito. Para mais detalhes em macroscopia e HE, clique. Aqui a examinamos com tricrômico de Masson, para distinguir entre o componente de fibras colágenas e o de astrócitos reacionais (estes, demonstrados com GFAP . Ambos são imponentes e intimamente mesclados, indicando longa cronicidade. Há também numerosos parasitas em macrófagos. |
Limite
externo.
Com tricrômico de Masson, que cora as fibras colágenas em azul, a borda da lesão aparece nítida. |
Fibras
colágenas.
A riqueza em colágeno (fibrose) indica uma lesão cicatricial, provavelmente de longa duração (documentada por 6 meses, possivelmente muito mais antiga). |
Utilidade
do tricrômico de Masson.
Como cora as fibras colágenas em azul, e as fibrilas gliais dos astrócitos reacionais em vermelho, a coloração distingue os dois elementos. Em HE, os dois se confundem, pois ambos se coram em róseo. |
Prolongamentos astrocitários (gliose). A cronicidade da lesão é demonstrada não só pelas fibras colágenas (produzidas por fibroblastos), mas pelos astrócitos reacionais, que produzem filamentos intermediários do citoesqueleto. Estes correspondem, na imunohistoquímica, às proteínas GFAP e vimentina. São intracitoplasmáticas, ao contrário do colágeno, que é extracelular. Os astrócitos reacionais formam a cicatriz própria do tecido nervoso (gliose) e se coram em vermelho no Masson. | |
Necrose
caseosa.
A necrose coagulativa, que corresponde a boa parte da lesão, também se cora em azul. Para campos semelhantes em HE, clique. |
Histoplasmas. A lesão fibrótica - gliótica, apesar de antiga, é riquíssima em parasitas. Aparecem como pequenas vesículas claras entre as fibras colágenas e gliais, situadas no citoplasma de macrófagos e gigantócitos. A parte vital (protoplasmática) do fungo é notada como um ponto roxo. Vesículas vazias possivelmente correspondem a microorganismos mortos. Para histoplasmas em HE, Grocott e microscopia eletrônica, clique. | |
Tricrômico
de Masson - Fibrose das meninges da base.
O Masson destaca a fibrose das meninges da base cerebral (face anterior do bulbo). A fibrose é intensa, provavelmente de longa duração, (talvez anos) e deve ter sido responsável pela hidrocefalia demonstrada na RM de seis meses antes do óbito. Para HE, clique. |
Fibrose
das meninges da base envolve vasos e raízes.
As leptomeninges (aracnóide e pia-máter) são normalmente muito finas, formadas por delicadas fibras colágenas (para aspecto normal, clique). Aqui, estão muito espessadas, com algumas células inflamatórias de permeio, e englobam raízes e vasos. |
Gliose
ultrapassa a pia-máter.
Um aspecto curioso, só observável no tricrômico de Masson, é uma fina camada de fibras colágenas compreendida entre o tecido nervoso do bulbo e outra camada de fibras gliais mais externa. Admitimos que a reação inflamatória crônica causou proliferação da glia submeníngea, que cresceu além dos limites da pia-máter. Criou-se, assim, um aspecto em sanduíche, com outra camada mais superficial e mais espessa de fibrose. Na HE este fenômeno não seria reconhecível, pois todos componentes se coram em róseo. |
Natureza
das camadas de colágeno.
Propomos que a camada mais interna e mais fina de colágeno corresponda à pia-máter e a externa mais espessa à aracnóide. O tecido glial entre elas seria análogo às chamadas heterotopias glioneuronais leptomeníngeas, encontradas em cérebros malformados. No caso, não há neurônios, apenas tecido astrocitário (gliose). Poderia originar-se de uma resposta proliferativa excessiva na superfície cerebral, devida a eventos irritativos inespecíficos (no caso, a leptomeningite crônica pela histoplasmose). |
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Refs.
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Plexite
coróide no IV ventrículo.
O processo inflamatório causado pelos histoplasmas encarcerou o plexo coróide em meio a exsudato e gliose. Para HE, clique. |
Reação
macrofágica nas proximidades.
Junto ao plexo coróide do IV ventrículo há macrófagos contendo abundantes parasitas em fagossomos. |
Reticulina.
As imagens provêm da lesão fibrosa - gliótica já discutida na macroscopia, em HE e tricrômico de Masson. Há abundantes fibras reticulínicas, que acompanham as fibras colágenas. Ambas são produzidas pelos fibroblastos da lesão, e podem ser interpretadas como elementos cicatriciais. |
Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. |
Página
de resumo do caso.
Mais imagens deste caso: |
RM 26/9/2011 | RM 29/3/2012 | TC 30/3/2012 | |
Macro | HE, lesões no III ventrículo | HE, lesão gliótica / fibrótica na comissura anterior | HE, nódulo necrótico no corno anterior do ventrículo lateral D. | HE, lesões no IV ventrículo |
Tricrômico de Masson, meninges da base | Grocott + HE, Grocott + verde luz, PAS | CD68, HAM-56, CD3, CD20 | GFAP, NF | Microscopia eletrônica |
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