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área de glioblastoma multiforme, HE, colorações especiais. |
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Masc. 63
a. Clique para dados clínicos,
RM, espécime macro.
Microscopia :
Área de glioblastoma. HE, Masson, reticulina, GFAP, NF, SNF, cromogranina, CD34, 1A4, Ki67, p53. Área de gliossarcoma. HE, Masson, reticulina, GFAP, S-100, VIM, CD34, 1A4, Ki67, p53. |
Destaques | ||
Macro. Nódulo bem delimitado, firme e elástico, correspondendo à área de gliossarcoma. | HE. Área de glioblastoma. Atipias nos astrócitos neoplásicos | Mitoses, na maioria atípicas |
Proliferação vascular | Trombose | Necrose |
Masson. Exuberante proliferação vascular | Reticulina. Positiva nos vasos proliferados | Pseudoglomérulos |
Outros
destaques:
Área de glioblastoma - imunohistoquímica. Área de sarcoma - HE, colorações especiais, imunohistoquímica. |
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Espécime.
O material enviado consistia de um grande nódulo de cerca de 5 cm, de superfície externa parte lisa, parte irregular, consistência firme e elástica. Havia vários fragmentos menores. Ao corte, o nódulo maior tinha aspecto compacto, textura fasciculada e cor esbranquiçada. No exame histológico, era constituído na totalidade por tecido sarcomatoso. Os fragmentos menores continham partes do sarcoma e partes do glioblastoma. |
Comparação entre a imagem axial de ressonância magnética em T1 com contraste e o nódulo tumoral maior, na face externa e ao corte. É notável a impregnação por contraste em praticamente todo o interior da massa, algo não usual em glioblastomas 'puros'. Nestes o centro é totalmente necrótico, sem circulação sanguínea, e portanto, não se impregna. A captação de contraste é consistente com tecido viável, como, de fato, foi encontrado histologicamente no gliossarcoma. | |
Superfície lisa e brilhante do nódulo correlaciona-se com a boa delimitação na imagem de RM acima e seria extremamente incomum em um glioblastoma 'puro', onde as células gliomatosas infiltram extensamente o tecido limítrofe sem plano de clivagem. | |
Ao corte, aspecto homogêneo e fasciculado do tumor é reminiscente de uma neoplasia de linhagem conjuntiva, como um leiomioma, e incomum em um glioblastoma, onde o centro é necrótico, homogêneo, amarelado e desestruturado. | |
Área de glioblastoma. HE. As áreas com feições histológicas de glioblastoma multiforme eram minoria dentre as amostras coletadas para exame microscópico. Apenas um bloco em 7 revelou glioblastoma, e nenhum dos obtidos do nódulo compacto documentado macroscopicamente era de glioblastoma. Naqueles, observou-se apenas gliossarcoma. No glioblastoma, todos elementos de um glioma de alto grau estavam presentes, quais sejam atipias, mitoses (na maioria atípicas), proliferação vascular exuberante, não raro com trombose, e necrose coagulativa. Não conseguimos nenhum bloco que mostrasse a transição entre as áreas de glioblastoma e sarcoma. |
Astrócitos
atípicos.
As células constituintes do glioblastoma são astrócitos, o que se demonstra na reação imunohistoquímica para GFAP. O tecido é hipercelular, as células são aberrantes, com núcleos hipercromáticos, cromatina densa, nucléolos. O citoplasma forma prolongamentos que se entrelaçam na trama fibrilar própria dos gliomas. |
Mitoses. Na maioria, as mitoses na área de glioblastoma eram atípicas, com irregularidades na placa metafásica, cromossomos dispersos ou 'perdidos'. | |
Proliferação capilar. Pequenos vasos abundantemente proliferados, tortuosos, interanastomosantes, com paredes espessas devido à multiplicação das células endoteliais. Alguns mostravam-se extremamente dilatados e congestos, mas isto poderia ser secundário à manipulação cirúrgica (por exemplo, por pinçamento de veias). |
Proliferação vascular. Células endoteliais tumefeitas, hiperplásicas, tendendo a empilhamento com redução da luz. | |
Trombose.
A proliferação anômala das células endoteliais leva à perda dos fatores que mantêm o sangue fluido nos vasos e propicia a trombose. Esta causa a necrose do glioblastoma. |
Necrose. Observa-se necrose coagulativa na parte inferior e direita da foto, margeada por tecido gliomatoso riquíssimo em vasos proliferados. Apesar do grande número destes, a irrigação é insuficiente devido à proliferação endotelial, levando à necrose. |
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Tricrômico de Masson. Como cora o colágeno em azul (para procedimento técnico, clique), o tricrômico de Masson é útil para realçar a proliferação vascular própria dos glioblastomas. Os capilares espessados pelas células endoteliais produzem fibras colágenas, o que os destaca do tecido glial de fundo, onde as células neoplásicas se coram em vermelho. Há ampla gama de pequenos vasos espessados, tortuosos, dilatados, irregulares, alguns com trombose. Os aspectos ficam mais claros que em HE, onde todos elementos se coram em tons semelhantes de rosa a vermelho. |
Reticulina. Como o tricrômico de Masson, a impregnação pela prata para fibras reticulínicas (método de Gomori, para procedimento clique) é de grande eficiência para demonstrar a patologia vascular dos glioblastomas. As células endoteliais hiperplásicas produzem fibras reticulínicas (como também fibras colágenas), e a abundante rede de capilares destaca-se com elegância contra o tecido glial de fundo. Há numerosos vasos espessos sem luz reconhecível, chegando a formar enovelados grosseiros, chamados pseudoglomérulos. |
Agradecimentos. Caso do Hospital Santa Casa de Limeira, SP, enviado e gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes do Serviço de Neurocirurgia. Processamento histológico e lâminas HE pelo pessoal do Laboratório de Rotina: Mariagina de Jesus Gonçalves, Maria José Tibúrcio, Guaracy da Silva Ribeiro, Fernando Wagner dos Santos Cardoso, Viviane Ubiali, Fernanda das Chagas Riul e Vanessa Natielle Pereira de Oliveira. Colorações especiais pela técnica Tayna Takahashi Santos. Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Campinas, SP. |
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