Gliossarcoma  -  Microscopia Eletrônica
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Fem. 48 a.  Clique para história clínica, RMs de 5/11/12; 24/1/13 e 5/3/13; comparação entre glioblastoma e gliossarcoma
Primeiro espécime (glioblastoma) - destaques; HE, tricrômico de Masson, reticulina, reticulina + safranina, imunohistoquímica para GFAP, CD34, Ki-67, p53
Segundo espécime (gliossarcoma) - destaques; HE, tricrômico de Masson, reticulina, reticulina + safranina, imunohistoquímica para GFAP, VIM, CD34, Ki-67, p53; microscopia eletrônica
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Material para microscopia eletrônica foi obtido da reserva em formol após 1 mês. A preservação das membranas e organelas é satisfatória, mas as mitocôndrias mostram-se tumefeitas e vacuoladas por entrada de água. Comparar com mitocôndrias bem preservadas em outro caso. Os achados mostram que mesmo material formolizado há várias semanas pode ser útil para estudo ultraestrutural. Mais importante que o tipo de fixador (Karnovsky ou formol a 10%) é a rapidez com que o tecido foi posto no líquido. 
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Destaques  da  microscopia eletrônica. 
Aspecto geral, células em corte longitudinal.  Células em corte transversal Citoplasma
Filamentos intermediários  Relações intercelulares - ausência de complexos juncionais.  Matriz intersticial. 
Destaques da microscopia óptica - glioblastoma, gliossarcoma.   Quadro comparativo
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Aspecto geral em aumento fraco. 

Como já documentado em HE e tricrômico de Masson, as células neoplásicas em microscopia eletrônica aparecem fusiformes em cortes longitudinais, circundadas por manguitos de material intersticial amorfo, onde é possível distinguir fibrilas colágenas em meio à matriz.  Na maioria, as células são segregadas individualmente, mas às vezes observam-se células em contato por suas membranas plasmáticas, dentro do mesmo envelope fibroso.  A grande quantidade de elementos conjuntivos entre as células, ao que tudo indica produzidos pelas mesmas, embasa o diagnóstico de gliossarcoma

Células neoplásicas em corte longitudinal. 

Células fusiformes com núcleo único na porção média da célula, de contorno irregular, com indentações e não raro com nucléolo proeminente. O citoplasma é amplo, com abundantes organelas e filamentos intermediários, estes mais concentrados logo abaixo da membrana plasmática. 

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Células neoplásicas em corte transversal. 

Neste plano, as células têm contorno arredondado. As indentações da membrana nuclear ficam evidentes, com a cromatina mais condensada logo abaixo da membrana nuclear. Os nucléolos são grandes e fortemente eletrodensos (provavelmente indicando intensa síntese proteica). Às vezes observam-se duas ou mais células em contato por suas membranas plasmáticas, e não separadas por tecido conjuntivo. Não foram observados complexos juncionais entre as membranas de células vizinhas. 

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Células neoplásicas  -  citoplasma. 

A grande quantidade de organelas reflete o alto índice metabólico e proliferativo do tumor (mitoses, contudo, não foram encontradas em ME). Incluem retículo endoplasmático liso e rugoso, ribossomos livres e em rosetas, mitocôndrias e elementos do citoesqueleto. A tumefação (ou vacuolização) das mitocôndrias pode ser atribuída à anóxia por demora na fixação. 

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Células neoplásicas  -  filamentos intermediários. 

Estes elementos do citoesqueleto eram observados geralmente nas proximidades da membrana plasmática, não raro formando feixes mais condensados.  Em imunohistoquímica, as células neoplásicas fusiformes, interpretadas como sarcomatosas, eram positivas para vimentina e negativas para GFAP. Portanto, é provável que os filamentos intermediários demonstrados aqui sejam predominantemente constituídos por vimentina

Para mais sobre filamentos intermediários, clique

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Relações entre as células. 

Nas células que mantinham contato por suas membranas, não foram observados complexos juncionais.  Para mais sobre junções intercelulares, clique

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Substância intersticial. 

As células eram envelopadas por espessa camada de material extracelular contendo fibrilas, provavelmente colágenas. Estas eram delicadas em cortes transversais e longitudinais. Nestes, chamavam a atenção estriações periódicas. Contudo, não foram observadas fibras com as características de colágeno do tipo 1. 

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Preparações de microscopia eletrônica deste caso pelas técnicas Marilúcia Ruggiero Martins e Mayara Rodrigues Linares Silva.  Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. 
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Para mais imagens deste caso:  1., 2. RM 3. RM 1. espécime - glioblastoma; HE Idem, colorações especiais
Idem, IH 2. espécime - gliossarcoma; HE Idem, colorações especiais Idem, IH Idem, ME
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Sobre gliossarcomas : neuroimagem, neuropatologia, texto
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