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Fem. 48
a. Clique para história
clínica, RMs de 5/11/12;
24/1/13
e 5/3/13;
comparação
entre glioblastoma e gliossarcoma;
Primeiro espécime (glioblastoma) - destaques; HE, tricrômico de Masson, reticulina, reticulina + safranina, imunohistoquímica para GFAP, CD34, Ki-67, p53. Segundo espécime (gliossarcoma) - destaques; HE, tricrômico de Masson, reticulina, reticulina + safranina, imunohistoquímica para GFAP, VIM, CD34, Ki-67, p53; microscopia eletrônica. |
Gliossarcoma,
primeiro espécime, GFAP.
A reação imunohistoquímica para GFAP demonstra com eloqüência a natureza dual das células neoplásicas no gliossarcoma. Observa-se coexistência de áreas positivas e negativas, e mesmo células positivas e negativas lado a lado. As positivas revelam a origem do tumor em astrócitos. As negativas perderam esta propriedade, ficando mais indiferenciadas e aproximando o tumor dos sarcomas. |
GFAP,
coexistência de áreas positivas e
negativas.
As células positivas e negativas são morfologicamente semelhantes, exceto pela reação. Em HE ou colorações especiais seriam indistinguíveis. |
GFAP,
células positivas com morfologia astrocitária.
Em outras áreas, as células positivas guardam ainda semelhança com astrócitos, às vezes com padrão gemistocítico. |
GFAP, coexistência de células positivas e negativas. | |
GFAP, mitoses em células positivas e negativas. Mitoses, típicas e atípicas, foram observadas tanto em células GFAP - positivas como negativas. Predominavam mitoses em células não marcadas (portanto, de características sarcomatosas). | |
GFAP,
vasos.
Como esperado, vasos espessados, constituídos por células endoteliais proliferadas, eram GFAP - negativos. Astrócitos atípicos (neoplásicos), GFAP - positivos, são vistos entre eles, alguns em relação direta com os vasos, recordando o que ocorre em astrócitos normais. |
CD34.
CD34 marca o endotélio vascular ou, mais especificamente, a face luminal das células endoteliais. Aqui, é útil para realçar os vasos proliferados, especialmente os com múltiplas luzes formando pseudoglomérulos. Os resultados confirmam a exuberante proliferação endotelial nos capilares e pequenos vasos das áreas de glioblastoma, já demonstradas em HE e colorações especiais (tricrômico de Masson, reticulina e reticulina + safranina). |
CD34. Proliferação capilar na área de glioblastoma. Intensa hiperplasia das células endoteliais dos capilares leva à formação de múltiplas luzes destacadas por CD34. Este aspecto contrasta com as áreas de gliossarcoma no segundo espécime, onde, curiosamente, não há proliferação capilar. Os vasos aparecem simples, com luz única e paredes finas. |
Ki-67. Há positividade de alta proporção dos núcleos na área de glioblastoma, que pode ultrapassar 40%, em consonância com o elevado índice mitótico e rápido crescimento da neoplasia. Há marcação de várias figuras de mitose, típicas e atípicas, em que os cromossomos destacam-se e há positividade variável também do citoplasma. Nota-se ainda que muitas células endoteliais de vasos são positivas, confirmando que estão em proliferação, estimuladas pelos fatores de crescimento liberados pelas células neoplásicas, como o VEGF (vascular endothelial growth factor). |
Ki67. Mitoses. Marcação do citoplasma de células em mitose é observada rotineiramente. Figuras de apoptose não se marcam. | |
Ki67. Vasos. Marcação de células endoteliais é freqüente em pequenos vasos proliferados. Alguns núcleos mostram-se atípicos. | |
Ki67. Núcleos atípicos - marcados e não marcados. Nem sempre há relação entre intensidade das atipias nucleares e marcação por Ki-67 (que indica célula no ciclo de divisão). Alguns núcleos altamente aberrantes são negativos. | |
p53. A proporção de núcleos positivos para p53 é mais ou menos semelhante à dos marcados por Ki-67. A alta marcação, também vista na parte de gliossarcoma, sugere papel importante de mutações no gene p53 na gênese desta neoplasia. A lógica da reação é que o gene mutado gera uma proteína anômala, ineficiente na monitoração do genoma, que não é degradada, ao contrário da versão normal. A proteína não degradada se acumula no núcleo e é demonstrada pela reação imunohistoquímica. Notar que cromossomos em mitose são negativos para p53 (ao contrário do notado com Ki-67, onde são intensamente positivos) (ver acima). | |
Agradecimentos. Preparações imunohistoquímicas pelas técnicas Ana Claudia Sparapani Piaza, Arethusa de Souza e Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis. Laboratório de Pesquisa, Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | 1., 2. RM | 3. RM | 1. espécime - glioblastoma; HE | Idem, colorações especiais |
Idem, IH | 2. espécime - gliossarcoma; HE | Idem, colorações especiais | Idem, IH | Idem, ME |
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