Hemimegalencefalia, agiria. 3. GFAP
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Fem. 1 a. 5 m.  Clique para história clínica, RM, macro, destaques da microscopia, HE, LFB-Nissl, GFAP, vimentina, MAP2, NeuN, SMI-32, CD34, Ki67
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Destaques  da  imunohistoquímica para GFAP. 
Camada molecular rica em astrócitos protoplasmáticos  Astrócitos protoplasmáticos aos pares  Relações íntimas entre astrócitos e neurônios
Relações entre astrócitos e capilares Heterotopias gliais meníngeas. Texto Astrócitos na substância branca 
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GFAP.     Este filamento intermediário do citoplasma, próprio de astrócitos (mas expresso também por células ependimárias), demonstra astrócitos no córtex e substância branca neste caso de hemimegalencefalia, em uma área de córtex agírico estudada com HE, LFB-Nissl e imunohistoquímica. Observa-se maior concentração de astrócitos na camada molecular (superficial) e nas lingüetas de camada molecular fundida entre microgiros vizinhos (onde penetram pequenos vasos). Na leptomeninge, aglomerados de astrócitos são observados em heterotopias gliais meníngeas.  Para córtex cerebral humano normal de adulto marcado para GFAP e vimentina, clique. 
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Astrócitos no córtex.    Na camada molecular há uma maior quantidade de astrócitos que, com suas extensas ramificações entrecruzadas, dão a maior densidade de reação. Abaixo da camada molecular situa-se a espessa camada de neurônios do córtex agírico, onde não se distingue laminação ou arranjo colunar. Os astrócitos espaçados que permeiam entre os neurônios são predominantemente do tipo protoplasmático, com prolongamentos delicados e finamente ramificados. Como lançam estes prolongamentos a vasos, capilares podem mostrar-se revestidos de uma fina camada de material GFAP positivo. Neurônios destacam-se pela sua negatividade. 
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Astrócitos  aos  pares.    Chama atenção a freqüente ocorrência de astrócitos protoplasmáticos em duplas. Às vezes são tão próximos que fica a dúvida se seriam uma única célula binucleada.  Não sabemos se representariam uma feição habitual de cérebros imaturos. É possível que tenham resultado de divisão celular recente. Comparar com Ki67, onde núcleos marcados aos pares, presumivelmente de astrócitos, são comuns. Em um caso de adulto não foram observados. 
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Proximidade / contato  entre  astrócitos  e  neurônios.    Além da proximidade de astrócitos formando pares, é comum a íntima associação entre astrócitos e neurônios, às vezes culminando com extenso contato entre as membranas celulares.  Este fenômeno nunca ocorre em tecido nervoso normal, onde os corpos celulares de astrócitos e neurônios ficam separados por neurópilo. Contudo, já o observamos em casos de displasia cortical (1)(2)(3)(4), em gangliogliomas (1)(2)(3)(4)(5) e em um caso de esclerose tuberosa com túber cortical gigante. 
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Capilares. 

Os delicados capilares do córtex cerebral são formados por células endoteliais com núcleos regularmente espaçados. Na face externa há revestimento praticamente contínuo de material GFAP positivo, formado por prolongamentos astrocitários. Este contato induz nas células endoteliais as modificações fisiológicas responsáveis pela barreira hemoencefálica (1)(2). 

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GFAP.  Heterotopias gliais na leptomeninge.  São ilhotas de tecido glial ectópico na leptomeninge, entre a aracnóide e a pia-máter, constituídas basicamente por astrócitos hipertróficos ricos em citoplasma, com variável participação de neurônios. São comuns em malformações do desenvolvimento cerebral. Para breve texto, clique.
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GFAP.  Heterotopia glioneuronal na leptomeninge.  Abaixo um exemplo de como a camada molecular pode projetar-se acima da pia-máter para o espaço subaracnóideo. Nesta projeção, além dos astrócitos, observam-se vários neurônios, de tamanho maior do que seria esperado na camada molecular e sem orientação definida.  Parte das heterotopias observadas aqui poderiam originar-se de projeções como esta.  Ver um caso de histoplasmose cerebral, onde a meningite crônica na região do bulbo acompanhava-se de heterotopias gliais semelhantes à demonstrada aqui. 
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Heterotopias glioneuronais meníngeas.   Pequenos focos ou ninhos de tecido glial desorganizado nas leptomeninges são relativamente comuns em cérebros malformados, por exemplo, na holoprosencefalia, agenesia do corpo caloso e estados disráficos, ou em cérebros com lesões destrutivas datando do período do desenvolvimento (como hidranencefalia, porencefalia e infecções fetais). São incomuns em cérebros normais. 

Consistem de nódulos ou aglomerados de astrócitos, mas podem conter neurônios, isoladamente ou em grupos. Admite-se que se formem a partir da camada granular superficial do córtex cerebral fetal.  Pode também haver resposta proliferativa excessiva na superfície cerebral, em resposta a eventos irritativos inespecíficos no espaço subaracnóideo (como observado neste site em um caso de histoplasmose cerebral). 

Fonte.  Friede RL. Developmental Neuropathology. 2nd Ed. Springer Verlag, Berlin, Heidelberg, 1989.  p. 341. 

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GFAP. Substância branca.   Na substância branca os astrócitos fibrosos e os oligodendrócitos são facilmente distinguíveis, pois só os astrócitos têm GFAP no citoplasma, mostrando o contorno do corpo celular e dos prolongamentos. Os oligodendrócitos aparecem apenas com seu núcleo em meio ao citoplasma claro não marcado. É característico dos oligodendrócitos que o citoplasma forme um halo claro perinuclear, devido à entrada de água na célula por anóxia, após a interrupção da circulação.  Na preparação com vimentina, o número de astrócitos parece maior que com GFAP, com mais formas anômalas.  A discrepância poderia dever-se a que certos astrócitos expressam vimentina além de, ou em vez de, GFAP. 
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Agradecimentos. Caso estudado com o Prof. Dr. Fábio Rogério.  Procedimentos imunohistoquímicos pelo pessoal do Laboratório de Pesquisa - Ana Claudia Sparapani Piaza, Luzia Aparecida Magalhães Ribeiro Reis e Arethusa de Souza.    Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Campinas, SP. 
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Para mais imagens deste caso e textos: Agiria, paquigiria, hemimegalencefalia, heterotopias gliais meníngeas
RM Macro HE  LFB-Nissl GFAP
VIM MAP2 NeuN SMI-32 CD34, Ki-67
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Malformações e defeitos de migração, outros casos : 
Neuroimagem e neuropatologia 
Textos:  Agiria, paquigiria,   hemimegalencefalia,
heterotopias gliais meníngeas,
distúrbios de migração neuronal
Banco de imagens: 
polimicrogiria.
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