Glioblastoma  multiforme  de  células  gigantes. - 
A. Parte de células gigantes. 
2. Marcadores gliais : GFAP, VIM, S-100
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Este glioblastoma de células gigantes tinha dois componentes distintos, tanto morfologica- quanto topograficamente : um componente de células gigantes no nódulo principal do tumor, e um de glioblastoma convencional, com escassas células gigantes e o aspecto habitual nestes gliomas difusos de alto grau.  Discutimos os dois separadamente. 

Clique para  : exames de imagem
componente de células gigantesmacroscopia, HE (destaques), tricrômico de Masson, imunohistoquímica (destaques) para marcadores gliais (GFAP, VIM, S-100); marcadores neuronais (SNF, cromogranina, NF, tubulina, MAP2), CD34, Ki-67 e p53
componente de glioblastoma convencionalHE e imunohistoquímica (destaques), para marcadores gliais (GFAP, VIM); marcadores neuronais (NF, MAP2, tubulina), CD34, Ki-67 e p53

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Destaques  da  imunohistoquímica. 
GFAP.  Positivo nas células neoplásicas gigantes com intensidade variável.  VIM. Idem.  S-100. Positividade nuclear e citoplasmática na maioria das células neoplásicas gigantes
SNF.  Positividade citoplasmática em raras células isoladas: sugere diferenciação neuronal.  SNF.  Positividade pontual entre as células (lembrando varicosidades axonais ou botões sinápticos).  Cromogranina.  Positividade citoplasmática em raras células isoladas: sugere diferenciação neuronal. 
Quadro comparativo SNF / cromo
NF.  Positivo em axônios divulsionados pelo tumor Tubulina.  Positiva no citoplasma das células neoplasicas MAP2.  Positiva com intensidade variável no citoplasma das células neoplasicas
CD34.  Positivo nas células neoplásicas em padrão membrana.   Positivo também no endotélio de vasos proliferados Ki-67. Marcação de cerca de 40% dos núcleos das células neoplásicas p53. Positivo em cerca de 50% dos núcleos das células neoplásicas com intensidade variável
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Todos os marcadores gliais testados, GFAP, vimentina e proteína S-100, foram positivos em alta proporção das células neoplásicas, como esperado, já que se trata de uma variedade rara do glioblastoma multiforme, um tumor de linhagem astrocitária (= astrocitoma difuso grau IV). Para mais sobre este tumor no curso de graduação, clique.
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GFAP. 

As células tumorais expressam no citoplasma este filamento intermediário próprio dos astrócitos. Os blocos celulares destacam-se em marrom contra o tecido fibroso, que não se marca, apenas toma a coloração de fundo pela hematoxilina. 

Para breve texto sobre filamentos intermediários, clique.

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GFAP. Como em HE, chama atenção o intenso polimorfismo das células, com variação de volume e contornos.  Os núcleos são altamente irregulares, mas a cromatina é bem distribuída, mesmo em núcleos gigantes. Nucléolos são freqüentemente proeminentes, lembrando os de neurônios. O anticorpo marca só o citoplasma, com intensidade variável.
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GFAP. Intensidade variável de marcação.  É notável que células lado a lado mostrem consideráveis diferenças na intensidade da reação, havendo diversas totalmente negativas (citoplasma fica em azul bem claro). É de se supor que as células expressem a proteína em quantidade variável, podendo chegar à ausência total. 
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Pseudoinclusões.   Estas dobras da membrana nuclear criam lingüetas de citoplasma que dão a ilusão de encontrar-se no interior do núcleo, em função do plano de corte. Comparar com imagens em HE e MAP2.
Mitoses.   Eram escassas, e algumas apresentavam o aspecto de dispersão dos cromossomos condensados, conhecido como mitose granular. Em HE
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VIM.

Vimentina é um filamento intermediário do citoesqueleto, de distribuição ubiquitária, sendo encontrado em muitos tipos celulares. É positiva em astrócitos e os resultados neste tumor foram praticamente superponíveis aos com GFAP, acima. 

Notar, também aqui, a variação na intensidade de reação em células próximas ou contíguas. 

Para breve texto sobre vimentina e outros filamentos intermediários, clique. 

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S-100. Proteína S-100 dá positividade nuclear e citoplasmática variável nas células do tumor. Os núcleos tomam coloração pardacenta, que se superpõe ao azul da hematoxilina. Comparar com as células do tecido fibroso intersticial, que são negativas para S-100 (núcleos ficam bem azuis).  Este antígeno  é positivo em células neuroectodérmicas ou originadas na crista neural. Para breve texto, clique
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Preparações imunohistoquímicas deste caso pela técnica Ana Cláudia Sparapani Piaza, Laboratório de Pesquisa, Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. 
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Caso gentilmente contribuído pelo Dr. Erick Barcelos Borges, 
Hospital Medical e Sociedade Operária Humanitária, Limeira, SP. 
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Para mais imagens deste caso: TC,  RM Macro
Parte de glioblastoma  de  células  gigantes
HE, Masson. GFAP, VIM, S-100 SNF, cromogranina, NF, tubulina MAP2, CD34, Ki-67, p53
Parte de glioblastoma  convencional
HE GFAP, VIM NF, MAP2, tubulina CD34, Ki-67, p53
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Este assunto na graduação Características de imagem dos glioblastomas Texto : Glioblastoma de células gigantes
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