|
1. Primeira amostra (2001), HE. |
|
Masc. 15 anos em 1998, quando da primeira consulta. Para história clínica e página de resumo do caso, clique. |
Destaques da microscopia. | ||
HE._Atipias celulares acentuadas, multinucleação. | Células xantomatosas / vacuoladas. | Corpos hialinos. |
Vasos: ausência de proliferação endotelial. | Áreas fusocelulares. | Macrófagos xantomatosos. |
Periferia do tumor : boa delimitação. | Masson. Áreas ricas em colágeno. | Reticulina. Áreas ricas em fibras reticulínicas. |
Clique para imunohistoquímica desta amostra (1) (2) e macro, histologia e IH da segunda amostra (após 5 anos). | ||
Considerações
gerais. Este tumor
que, pelos exames de imagem de 1999 e 2001,
permaneceu virtualmente estável por mais de 2 anos, com boa delimitação
e pouco efeito de massa, mostra as feições histológicas
de um xantoastrocitoma pleomórfico.
A principal característica é o pleomorfismo celular, com numerosas células gigantes multinucleadas, núcleos aberrantes e hipercromáticos, e citoplasma abundante. Em contraste, há só raras mitoses e escassa necrose, em flagrante desproporção com a anarquia celular. Corpos hialinos, uma feição própria de tumores gliais de baixo grau, são encontradiços. Os vasos são finos, e não se nota a proliferação endotelial habitual nos gliomas difusos de alto grau. Muitas áreas são fusocelulares, com células em feixes multidirecionados. As células xantomatosas não chamam atenção em HE, sendo melhor observadas com imunohistoquímica para GFAP e VIM. Grupos de macrófagos xantomatosos não devem ser confundidos com células neoplásicas. O limite entre o tumor e o tecido normal é nítido, com transição abrupta, diferente dos astrocitomas difusos. |
Caráter
pleomórfico.
Grande variação de volume, forma e cromatismo de núcleos. Células vão de gigantes a pequenas, geralmente de aspecto astrocitário, com citoplasma róseo abundante resolvendo-se em prolongamentos. Notar ausência de mitoses, necrose e proliferação vascular. |
Atipias celulares. São notáveis as células multinucleadas, com núcleos não raro em ferradura na periferia do abundante citoplasma róseo, discariose (variação do volume e cromatismo nucleares), perda da relação núcleo-citoplasma, e ocasionais pseudoinclusões intranucleares. | |
Mitose. Uma única mitose atípica foi observada em todo espécime. De modo geral, mitoses eram raras. | |
Células
xantomatosas / vacuoladas.
Em HE chamam pouca atenção, mas o caráter finamente
vacuolado se acentua na imunohistoquímica para filamentos intermediários
(GFAP e vimentina).
O conteúdo dos vacúolos parece ser lípide pelo aspecto
claro, forma esférica e limites nítidos. Contudo, não
foi realizada coloração para lípides para confirmar.
Em algumas células levantamos a possibilidade de se tratar de vacúolos
autofágicos, pois os vacúolos parecem conter partículas
ou pequenas inclusões. Comparar com um glioblastoma
multiforme de células gigantes, muitas vacuoladas
, em que foi realizada microscopia eletrônica.
Na segunda amostra, após
5 anos, não foram encontradas células xantomatosas ou vacuoladas.
Obs. não confundir células neoplásicas xantomatosas com macrófagos xantomatosos. |
|
Corpos
hialinos.
Estes corpúsculos homogêneos e fortemente eosinófilos são inclusões proteicas no citoplasma de astrócitos. Seu encontro é comum em tumores gliais de baixo grau, e alerta contra atribuição de grau alto ao tumor, em função das atipias. Na segunda amostra, após 5 anos, não foram encontrados corpos hialinos. |
Vasos. Vasos neste xantoastrocitoma eram, na grande maioria, finos e inconspícuos. Não foi observada proliferação endotelial ou pseudoglomérulos, próprios dos gliomas difusos de alto grau, como astrocitomas anaplásicos (grau III) e glioblastoma multiforme (grau IV). | |
Caráter
fusocelular.
Extensas áreas do tumor têm este aspecto em células alongadas e organizadas em feixes multidirecionados. É uma feição comum dos xantoastrocitomas em geral e reconhecida na literatura. Na recidiva de 5 anos mais tarde, praticamente todo o tumor apresentava este padrão morfológico. |
Macrófagos
xantomatosos.
São notados em pequenos grupos em meio às células neoplásicas e diferem delas pelo citoplasma claro, finamente vacuolado e levemente basófilo, com contorno arredondado. Os núcleos são pequenos e regulares. Essas células fagocitárias não devem ser confundidas com células tumorais xantomatosas. |
Periferia
da lesão.
O tumor é razoavelmente bem delimitado em relação ao tecido nervoso normal adjacente, fazendo transição abrupta com este. Mesmo assim, observam-se algumas células atípicas infiltrando a substância branca normal. |
Nas fotos abaixo, o tumor está sempre à direita e o tecido nervoso limítrofe (substância branca) à esquerda. A relativa boa delimitação deste xantoastrocitoma difere do caráter infiltrativo dos astrocitomas difusos, independente do grau histológico, que permeiam o tecido nervoso por longas distâncias, fazendo uma transição suave para o tecido normal que torna virtualmente impossível delimitar a neoplasia. |
Margem tumoral. Células atípicas isoladas podem infiltrar a periferia por curtas distâncias. | |
Para
página
de resumo , mais imagens deste caso e
textos: xantoastrocitoma pleomórfico; fibras do tecido conjuntivo |
|||
RMs 1999 e 2001 | 1a. amostra: HE | Colorações | IH:
GFAP, VIM, NSE, NF |
IH :
CD34, Ki67, p53 |
RMs 2005 e 2006 | 2a. amostra: HE, Colorações | IH |
Características de imagem dos xantoastrocitomas | Textos sobre xantoastrocitoma pleomórfico (1) (2) |
Neuropatologia
- Graduação |
Neuropatologia -
Estudos de casos |
Neuroimagem
- Graduação |
Neuroimagem -
Estudos de Casos |
Roteiro
de aulas |
Textos
de apoio |
Correlação
Neuropatologia - Neuroimagem |
Índice alfabético - Neuro | Adições recentes | Banco de imagens - Neuro | Textos ilustrados | Neuromuscular | Patologia - outros aparelhos | Pages in English |
|
..