Paracoccidioidomicoma de ângulo pontocerebelar
(granuloma pseudotumoral ao fungo Paracoccidioides brasiliensis).
1. HE
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Masc. 63 a.  Para página de neuroimagem, clique. Foram recebidos vários fragmentos amarelados, irregulares e firmes, friáveis, de aspecto incaracterístico. Ao exame histológico, ficou claro que a grande parte do material era constituído de necrose coagulativa, observando-se áreas de tecido viável rico em reação inflamatória crônica granulomatosa com células gigantes, predominantemente do tipo Langhans (com núcleos dispostos em ferradura na periferia do citoplasma). No interior delas observavam-se numerosos fungos com a morfologia clássica do Paracoccidioides brasiliensis
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Destaques  da  microscopia. 
HE.  Processo inflamatório crônico granulomatoso com extensas áreas de necrose coagulativa Fungos no citoplasma de gigantócitos.  Brotamento múltiplo ou criptoesporulação, patognomônico do Paracoccidioides brasiliensis
Tecido nervoso limítrofe com gliose. 
Foto - astrócito gemistocítico. 
Grocott Grocott + hematoxilina
Grocott + HE PAS  PAS + hematoxilina
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Aspecto geral da lesão. 

Constituída por extensas áreas de necrose coagulativa e processo inflamatório crônico com células gigantes contendo fungos.  Detalhes a seguir. 

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Correlação aproximada 

entre uma imagem de ressonância em T1 com contraste e o corte histológico em HE. A área necrótica no centro da lesão não impregna, pois aí não circula sangue. A impregnação ocorre na interface entre a lesão e o tecido nervoso, onde há vasos proliferados, com perda da barreira hemoencefálica. 

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Granulomas.  A reação inflamatória ao fungo é constituída por infiltrado inflamatório crônico, rico em linfócitos e plasmócitos, em meio ao qual se destacam células gigantes do tipo Langhans (com núcleos arranjados em ferradura na periferia do citoplasma).  No amplo citoplasma róseo é comum observarem-se parasitas, geralmente múltiplos, que são notados como corpúsculos claros com centro basófilo. Figuras de brotamento múltiplo ou criptoesporulação, consideradas patognomônicas da espécie, são encontradas com facilidade. Para melhor detalhe morfológico, é aconselhável o emprego de colorações especiais, como Grocott e PAS
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Membrana de duplo contorno. 

Em HE, a espessa parede celular do fungo, que não se cora, mostra dois limites, externo e interno, criando um 'duplo contorno' em volta da célula fúngica propriamente dita.   Esta aparece basófila (em roxo), devido ao seu conteúdo de núcleo e citoplasma. 

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Criptoesporulação.   Célula fúngica se reproduz por brotamento múltiplo. Numerosos diminutos brotos aparecem na periferia da célula mãe, contendo material nuclear e citoplasmático, que vão constituir células filhas. O fenômeno ocorre através de pertuitos na parede celular do fungo mãe, os quais são melhor vistos com colorações especiais e em microscopia eletrônica. Para mais imagens de paracoccidioidomicose, ver tabela no rodapé desta página. 
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Necrose coagulativa. 

A maior parte do material era constituída por necrose do tipo coagulativo, que ocupava as regiões internas do paracoccidioidomicoma. A necrose é coagulativa porque não há circulação sanguínea. Isto se deve à lesão dos pequenos vasos pelo processo inflamatório, que leva a necrose também destes, com coagulação do sangue no seu interior.  O material necrótico, quando ainda viável, era formado por tecido inflamatório rico em fungos. Com colorações especiais, restos dos fungos ainda são visíveis (clique para imagens em Grocott + HE). 

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Tecido nervoso limítrofe.  Estreita margem do espécime continha tecido nervoso aderido à lesão, com astrócitos gemistocíticos e neurônios. Os astrócitos gemistocíticos são formas reacionais a qualquer tipo de lesão nas proximidades, seja ela inflamatória, vascular, traumática ou tumoral. Caracterizam-se pelo abundante citoplasma róseo e núcleo excêntrico. Os neurônios são reconhecidos pelo citoplasma basófilo e núcleo vesiculoso, com nucléolo proeminente. 
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Caso  do Hospital Santa Casa de Limeira, gentilmente contribuído pelos Drs Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes, Limeira, SP. 
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Para mais imagens deste caso:
RM Grocott simples, Grocott  + HE Grocott + hematoxilina PAS simples, 
PAS + hematoxilina
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Para mais sobre paracoccidioidomicose (do curso de graduação).    Neuroimagem
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esfregaço, congelação
parafina HE
Grocott
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azul de toluidina
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Mais casos de paracoccidioidomicose cerebral  :  neuroimagem, neuropatologia
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