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com migração retrógrada ao III ventrículo simulando germinoma. HE, IH |
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Fem. 6 a 8 m. Ver RM |
HE. Meduloblastoma clássico. Neoplasia altamente celular composta por células pequenas, regulares, núcleos redondos, citoplasma escasso de limites imprecisos. As células distribuem-se homogeneamente sem constituir nódulos, como os do meduloblastoma desmoplásico. Vasos são finos e relativamente escassos. Há pequena área de necrose coagulativa. |
Células com nucléolo simulando germinoma. Apesar da uniformidade celular, consideramos difícil fechar o diagnostico como meduloblastoma só na HE. Compunham a dificuldade células com núcleos volumosos e nucléolo proeminente, semelhantes às dos germinomas. Daí a necessidade de imunohistoquímica. | |
Necrose. |
Mitoses, apoptose. Mitoses são típicas e relativamente difíceis de observar. Figuras de apoptose são mais encontradiças. | |
Infiltração do córtex e da substância branca cerebelares. O tumor era eminentemente infiltrativo nesta pequena amostra, invadindo o córtex cerebelar na forma de ilhotas sólidas, tanto na camada molecular quanto na granulosa. |
Comparação entre núcleos do meduloblastoma (esquerda) e dos neurônios granulosos, fotografados no mesmo aumento. Os núcleos do tumor são maiores, de cromatina mais frouxa e alguns contêm nucléolo. | |
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SNF. Sinaptofisina, uma proteína associada a vesículas sinápticas, é um marcador neuronal e neuroendócrino que foi fundamental na definição do presente tumor como meduloblastoma. A marcação é irregular, mas a grande maioria das células são positivas, ainda que fracamente, com algumas fortemente reagentes no citoplasma. Os núcleos sempre azuis e o fundo limpo garantem o caráter genuino na reação. A positividade indica diferenciação neuronal incipiente das células do tumor. Há controle interno na positividade dos glomérulos cerebelares da camada granulosa. | |
SNF. Camada granulosa. A camada granulosa do córtex cerebelar apresenta focalmente sinapses complexas conhecidas como glomérulos cerebelares, onde uma fibra aferente musgosa (axonal) faz contato sináptico com vários dendritos das células granulosas e dendritos e axônios de células de Golgi. Nestes pontos a reação para sinaptofisina é forte, ajudando a validar o preparado. Para mais sobre córtex cerebelar normal, clique. | |
SNF. Infiltração cortical. Como já documentado com HE, o meduloblastoma infiltra o córtex cerebelar na forma de ilhotas e lingüetas sólidas. Aqui temos uma no limite entre a camada granulosa e a molecular (em cima e à direita). A positividade neste local é fraca, mas o tecido neoplásico contrasta com a camada granulosa pela ausência dos glomérulos cerebelares. |
GFAP. Meduloblastoma. O meduloblastoma é um tumor de natureza dual, e suas células são capazes de diferenciação divergente. A diferenciação neuronal, demonstrada por sinaptofisina (acima) é mais difusa. Mas há células isoladas ou grupos que se diferenciam para astrócitos, como observado com GFAP. A positividade citoplasmática para este filamento intermediário próprio de astrócitos e células ependimárias, evidencia diferenciação glial. Os astrócitos são imaturos, de aspecto primitivo, com prolongamentos curtos ou, às vezes, sem prolongamentos, só com uma orla de citoplasma marcada. | |
GFAP. Infiltração cortical. GFAP também é útil para demonstrar a infiltração do córtex cerebelar pelo tumor. O tecido neoplásico aparece claro, pois a diferenciação astrocitária é escassa, e contrasta com o córtex que é rico em astrócitos, seja na camada molecular (células de Bergmann) como na camada granulosa. Para mais sobre GFAP em córtex cerebelar normal, clique. |
VIM. Vimentina, um filamento intermediário expresso em muitos tipos de células, mostrou no presente caso forte positividade no citoplasma das células do meduloblastoma, ajudando a destacar o tecido neoplásico em relação ao córtex infiltrado. O tumor aparece como massas celulares fortemente reativas. |
VIM no córtex cerebelar. Além do tumor, vimentina reage nos astrócitos e seus prolongamentos nas camadas molecular e granulosa, e nos vasos. Para mais sobre córtex cerebelar com este anticorpo, clique. | |
Ki67. Este indicador de proliferação celular é fortemente positivo no meduloblastoma, marcando acima de 50% dos núcleos. Já o córtex cerebelar normal praticamente não marca (seja camada granulosa, molecular ou células de Purkinje). Na segunda foto, a pequena área de necrose documentada em HE mostra grande redução na marcação. |
Ki67. Infiltração do córtex. O meduloblastoma infiltra o córtex, chamando a atenção pela marcação nuclear, que contrasta com o córtex normal não marcado. |
Anticorpos negativos. PLAP, C-Kit, OCT-4 |
Agradecimentos. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. Preparações histopatológicas e imunohistoquímicas pelos membros do Laboratório de Patologia do Centro Boldrini - Aparecido Paulo de Moraes, Irineu Mantovanelli Neto e Adriana Worschech. |
Para mais imagens deste caso: | RM | HE | IH |
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