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Masc. 14
a. O resultado desta biópsia de tumor supraselar em um jovem
de 14 anos surpreendeu, pois, pela idade, localização e aspecto
multicístico na ressonância
magnética, considerávamos o diagnóstico de craniofaringioma
praticamente certo. No entanto, trata-se indiscutivelmente de um
germinoma, tumor de células germinativas encontrado no entorno do
III ventrículo, mais freqüentemente na região da glândula
pineal e menos, na região supraselar (às vezes chamado impropriamente
de 'germinoma ectópico').
Clique para ressonância magnética e imunohistoquímica. |
Destaques da microscopia. | ||
HE. Células germinativas com núcleo volumoso, vesiculoso e nucléolo proeminente são o elemento neoplásico. | Coexistem com focos de infiltrado linfocitário, não raro formando manguitos perivasculares. | Mitoses típicas nas células germinativas |
Pequenos focos de necrose / apoptose | Masson. Pouco colágeno, geralmente restrito aos vasos maiores | Reticulina. Associada às células inflamatórias em manguitos perivasculares ou como fibras dispersas entre as células germinativas |
PLAP. Positivo em áreas de células germinativas, padrão membrana | VIM. Positiva nos elementos conjuntivos e inflamatórios, negativa nas células germinativas | CD20. Positivo em linfócitos B, agrupados ou esparsos entre as células germinativas |
CD3. Positivo em linfócitos T esparsos, mais raros que os B | CD68. Macrófagos dispersos pelo tumor. | Ki-67. Positividade em cerca de 50% dos núcleos das células germinativas |
Ki-67. Mitoses mostram positividade no citoplasma, cromossomos negativos | Ki-67. Positividade em alguns linfócitos do infiltrado | p53. Positivo em poucos núcleos das células germinativas (1 - 3%) |
Aspecto
geral do tumor.
Trata-se de um germinoma clássico, composto por células de tipo germinativo, com áreas de infiltrado inflamatório crônico inespecífico, não raro como manguitos perivasculares. Áreas de necrose são pequenas e focais. Mitoses são de observação comum. |
Células germinativas. São o elemento propriamente neoplásico do tumor. Caracterizam-se pelo núcleo volumoso e esférico, cromatina frouxa e nucléolo proeminente, tendendo à localização central e eosinofilia. O citoplasma é róseo e relativamente abundante, mas de limites mal definidos. Há notável regularidade das células, que se dispõem compactamente lado a lado, formando lóbulos separados pelos vasos e infiltrado inflamatório linfocitário. | |
Infiltrado inflamatório. Composto predominantemente por linfócitos B, demonstráveis com imunohistoquímica para CD20. Há modesta representação de linfócitos T (CD3+). Há também macrófagos esparsos entre as células neoplásicas, melhor observados com CD68. | |
Células germinativas vs. infiltrado inflamatório. Abaixo, comparação lado a lado das células germinativas tumorais e elementos inflamatórios. | |
Mitoses. De observação freqüente, restritas às células germinativas, geralmente típicas, com cromossomos bem individualizados. Algumas figuras de apoptose eram reconhecíveis pela redução do volume nuclear e condensação da cromatina na periferia. | |
Necrose / apoptose. Observadas em pequenos focos, chamando a atenção pela tonalidade eosinófila das células. A distinção morfológica entre necrose e apoptose fica muitas vezes difícil. | |
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Tricrômico
de Masson.
Demonstra a pobreza em fibras colágenas (coradas em azul) no tumor, restritas à adventícia de alguns vasos maiores e áreas de infiltrado inflamatório. Estão praticamente ausentes nos lóbulos de células germinativas. Para procedimento técnico, clique. |
Reticulina. A impregnação argêntica de Gomori para fibras reticulínicas (para procedimento técnico, clique) demonstra abundância destas no parênquima tumoral. As fibras são delicadas e distribuídas entre as células neoplásicas, circundando-as individualmente ou delimitando pequenos lóbulos. Nas áreas de infiltrado inflamatório, são mais espessas e confluentes. Em outras áreas, contudo, há escassez de reticulina entre as células tumorais. Nestas regiões, são vistas em volta de vasos formando manguitos. |
Agradecimento. Caso do Hospital Medical de Limeira, SP, gentilmente contribuído pelo Dr. Antonio Carlos Perboni. Preparações histológicas pela técnica Viviane Ubiali. Colorações especiais pelo técnico Fernando Wagner dos Santos Cardoso. Depto de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP. |
Para mais imagens deste caso: | RM | HE, colorações especiais | IH |
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