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1. Espécime.
Lobectomia temporal D, com escassas alterações macroscópicas,
exceto borramento do limite córtico-subcortical e rarefação
focal da substância branca.
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2a. Histologia
em HE. BLOCO
A
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Gliose
da camada molecular |
Rarefação
e gliose da substância branca do giro |
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2b. Histologia
em HE. BLOCO
B
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Rarefação
e gliose da substância branca |
Vasos anômalos
na substância branca com manguitos de células gliais |
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Neurônios
ectópicos e displásicos |
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Astrócitos
gemistocíticos |
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Anomalias
vasculares na substância branca |
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Células
anômalas, com núcleos alongados. Que são? |
3a. Imunohistoquímica
- Lâminas escaneadas.
Permitem
rápida comparação dos preparados. Áreas mais
escuras em VIM, S-100 E CD34 correspondem a agrupamentos de astrócitos
displásicos densamente fibrilares ou ramificados. Tais células
não aparecem com GFAP.
3b.
Imunohistoquímica para GFAP. O
córtex e substância branca displásicos têm hipertrofia
e hiperplasia dos astrócitos, com formas morfologicamente anômalas,
e ausência de astrócitos do tipo protoplasmático -
todos astrócitos são fibrosos. Há gliose da camada
molecular. As relações de astrócitos com vasos é
normal, mediante prolongamentos ('pés sugadores'). Contudo, os astrócitos
têm relação anormal de proximidade com neurônios.
Vários neurônios mostram um núcleo de uma célula
GFAP negativa junto de si ('células satélites').
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Gliose
da camada molecular; abaixo, comparação HE vs GFAP |
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Astrócitos
displásicos |
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Relação
astrócitos-vasos |
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Relação
astrócitos-neurônios |
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Neurônios
- GFAP negativos, muitos com 'células satélites' |
Comparação:
HE vs GFAP Rarefação
da substância branca |
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4.
Imunohistoquímica para VIM.
A substância branca e, em menor grau, o córtex, mostram áreas
hiperreativas que correspondem a células de morfologia anormal fortemente
marcadas, provavelmente astrócitos. Estas células,
muito numerosas, mantêm relações anômalas com
vasos e neurônios. Algumas têm poucos prolongamentos espessos
e de superfície finamente irregular ('felpuda'), que chamamos de
células 'plumiformes'. Não são vistas com GFAP,
mas há células semelhantes marcadas para S-100 e CD34.
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Distribuição
irregular das células VIM+, formando ilhotas, envolvendo vasos e
neurônios. |
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Comparação
entre um giro normal à E. e um displásico à D. No
normal, VIM praticamente restringe-se aos vasos. No giro à D, numerosos
astrócitos envolvendo vasos, e riqueza de prolongamentos astrocitários
no neurópilo. |
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Formas
hiperplásicas de astrócitos VIM+ no córtex displásico. |
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Células
aberrantes, que chamamos 'plumiformes': poucos prolongamentos espessos
e 'felpudos'; núcleo de contorno irregular 'amarfanhado';
relação íntima com vasos e neurônios. |
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Vasos
envolvidos por células displásicas (astrócitos ?). |
5a.
Imunohistoquímica para S-100.
Guarda semelhanças com VIM (acima) e CD34 (abaixo).
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Ilhotas
de células S-100 positivas destacam-se no aumento fraco. |
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Células
têm morfologia de astrócitos, são positivas no núcleo
e citoplasma, e várias envolvem o corpo celular de neurônios
(relação 'íntima'). |
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COMPARAÇÃO:
Células
S-100 positivas podem corresponder às 'células satélites'
de neurônios, GFAP negativas. |
GFAP |
S-100 |
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5b.
Imunohistoquímica para CD34.
Guarda semelhanças com VIM e S-100 (acima).
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Ilhotas
de células CD34 positivas destacam-se no aumento fraco. |
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Células
são positivas só no citoplasma, muito ramificadas, com aspecto
felpudo ou plumiforme. Núcleo irregular, cromatina pálida.
Muitas têm relação íntima com neurônios. |
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Comparação:
HE, VIM, S-100, CD34
Células 'plumiformes' em quatro técnicas. As curiosas
células com núcleos alongados e irregulares vistas em HE
aparecem com citoplasma marcado por IH para três antígenos.
Com S-100 há também marcação nuclear. |
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5c.
Imunohistoquímica para NSE.
Destaca neurônios ectópicos na substância branca.
6.
Xantoastrocitoma. Este
diminuto xantoastrocitoma plemórfico foi encontrado por acaso em
um dos blocos. Não fora visualizado nos estudos
de imagem.
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HE.
Limite nítido com o córtex vizinho. Caráter
fusocelular com células pleomórficas e multinucleadas. |
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GFAP.
Positividade variável. Destaca células xantomatosas (raras). |
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VIM.
Positividade forte e difusa. |
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CD34.
Restrito aos vasos. |
Ki67.
Totalmente negativo. |
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Comentário.
Trata-se de raro e curioso caso de displasia cortical associada a epilepsia,
em que o encontro casual de um pequeno xantoastrocitoma no córtex
displásico reforça a idéia que se tratem de lesões
hamartomatosas por distúrbio de crescimento e migração
das células da glia e neurônios.
Nas áreas
de displasia cortical, as alterações são pouco expressivas
em HE, mas muito floridas com IH para glia. A utilização
de quatro marcadores, GFAP, VIM, S-100 e CD34, revela importantes anormalidades
na morfologia dos astrócitos, e em suas relações com
vasos e neurônios. É comum a observação de células
aberrantes com relação de intensa proximidade e extenso contato
com membranas de neurônios, que chamamos de 'relação
íntima', e que poderia ter papel na gênese das descargas elétricas
anormais da epilepsia. Várias destas células têm
ramificações abundantes, delicadas e peculiares, que denominamos
'células plumiformes'. Já foram notadas em outros casos
demonstrados neste site, e comentadas em outras páginas.
A positividade para CD34 é particularmente intrigante, e aparece
em várias lesões crônicas e tumores do SNC associados
a epilepsia. Para mais detalhes, clique. |
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