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4. Imunohistoquímica para GFAP, VIM |
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Fem. 72 a. Clique para história clínica, RM, macroscopia do encéfalo, HE : núcleos da base, hipocampo, córtex frontal, cerebelo, ponte, imunohistoquímica do núcleo caudado (GFAP, VIM). Textos : imagens em difusão no diagnóstico precoce da DCJ; precauções na autópsia em suspeita de doença priônica. |
Foi estudado só o núcleo caudado, com anticorpos para GFAP e vimentina, para demonstrar a morfologia dos astrócitos reacionais. Ambos são filamentos intermediários do citoesqueleto, portanto, presentes no citoplasma. GFAP (glial fibrillary acidic protein) é específica de astrócitos, assim as células reativas são todas deste tipo. Vimentina é ubiquitária, ocorrendo em muitos tipos celulares. No sistema nervoso central, é encontrada nos astrócitos e em vasos. Neurônios são negativos para os dois reagentes. Para breves textos sobre filamentos intermediários e vimentina, clique. |
GFAP.
Gliose reacional à encefalopatia espongiforme.
No presente material, GFAP mostra astrócitos reacionais, com citoplasma mais abundante que o de células normais. O corpo celular é mais globoso e os prolongamentos mais espessos. Muitos destes terminam em vasos, como já comentado em HE. Porém, com GFAP, as células dos vasos são negativas. Já com vimentina, estas são positivas. |
Neurônios. São negativos para GFAP, tomando a hematoxilina, corante de fundo. | |
Relações 'íntimas' entre astrócitos e neurônios. Ocasionalmente, observam-se astrócitos e neurônios em contato por seus corpos celulares. O significado nos escapa. | |
Relações entre astrócitos e vasos. Os astrócitos lançam prolongamentos aos vasos, como já discutido em HE. Neste espécime, observamos alguns com prolongamentos espessos. O achado seria atribuível à hipertrofia destas células, em reação ao processo patológico. | |
GFAP.
Gliose subependimária.
A foto mostra a superfície do ventrículo lateral ao nível da cabeça do núcleo caudado. A monocamada de células de revestimento corresponde ao epêndima, o neuroepitélio que recobre todo o sistema ventricular encefálico e o canal central da medula espinal. As células ependimárias estão apoiadas sobre uma espessa camada de prolongamentos astrocitários ricos em GFAP, que coletivamente são denominados de glia subependimária. Abaixo vem o parênquima do núcleo caudado, já documentado acima. |
Células ependimárias. As células ependimárias apresentam feições mistas de células epiteliais e gliais. Na superfície lembram células epiteliais cúbicas, como as do epitélio respiratório, inclusive apresentando cílios. Estes são muito desenvolvidos ao nascimento, e vão decrescendo ao longo da vida. Na parte inferior, as células ependimárias resolvem-se em prolongamentos citoplasmáticos análogos aos dos astrócitos da glia subependimária e se misturam a estes. A semelhança entre os dois tipos de células inclui a expressão de GFAP pelas células ependimárias. A gliose subependimária observada neste caso não é conseqüência da doença de Creutzfeldt-Jakob, mas uma feição normal do tecido nervoso. | |
VIM.
Vimentina demonstra os astrócitos, tanto normais como reativos, e os vasos. Os contornos de artérias e veias são elegantemente demonstrados. Como os astrócitos lançam prolongamentos aos vasos, a reação é útil para visualizar esta interrelação. |
VIM. Vimentina demonstra a hiperplasia e hipertrofia dos astrócitos da mesma forma que GFAP (acima). Na substância cinzenta dos núcleos da base seriam esperados astrócitos protoplasmáticos. Os astrócitos reacionais perdem a distinção entre protoplasmáticos e fibrosos, e se caracterizam por citoplasma mais abundante, resultando corpo celular mais globoso e prolongamentos mais espessos e numerosos. | |
VIM. Astrócitos vs. neurônios. Os neurônios são negativos para vimentina, e assim facilmente distinguíveis dos astrócitos. | |
Relações entre astrócitos e vasos. Prolongamentos astrocitários em contato com capilares são freqüentemente observados. | |
Gliose
focalmente intensa.
Em alguns campos, notam-se focos de astrócitos mais proeminentes, ricos em vimentina. Interpretamos estes como reacionais a algum outro tipo de insulto, talvez vascular, não associado à encefalopatia espongiforme. |
Agradecimentos. Processamento e cortes histológicos pelo técnico Aparecido Paulo de Moraes. Imunohistoquímica pelas técnicas Thainá Milena Stela de Oliveira, Ana Cláudia Sparapani Piaza e Arethusa de Souza. Departamento de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP, Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | ||||
RM. Texto : RM em difusão na DCJ | Macro. Texto : precauções em autópsias com suspeita de doença prionica | HE - núcleos da base, hipocampo | Córtex frontal, cerebelo, ponte | IH - GFAP, VIM no núcleo caudado |
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