Medidas
de segurança para autópsia em suspeita de doença priônica
(encefalopatia
espongiforme transmissível humana).
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1. Pessoal
restrito a três membros (patologista experiente, técnico de
necrópsia e auxiliar de instrumentação). De preferência,
limitar a autópsia à cabeça.
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2. Usar avental
descartável de plástico a prova dágua, luvas de malha
de aço sob dois pares de luvas cirúrgicas e máscaras
com filtros de alta eficiência para retenção de partículas.
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3. Como a infectividade
por prions é estabilizada por secagem, todos instrumentos reutilizáveis
devem ser conservados molhados até o término do procedimento.
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4. Para evitar
disseminação de aerosóis durante a remoção
do cérebro, envolver a cabeça em saco plástico e atá-lo
em torno do pescoço. Abrir a extremidade selada do saco. Imergir
o cérebro imediatamente em balde pré-pesado com formol neutro
tamponado a 10%. O peso do cérebro é obtido repesando o balde
com o cérebro.
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5. Todos resíduos
líquidos são misturados com igual volume de hidróxido
de sódio 2N (NaOH 1 N = 40 g por litro).
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6. Desinfecção
do instrumental metálico é feito por imersão em NaOH
1 N por uma hora, e depois autoclavagem a 134 ºC. Desinfecção
da mesa de autópsia por aspersão repetida com NaOH 1 N por
cerca de 1 hora, seguida por enxagüe e limpeza terminal. Material
descartável é encaminhado prontamente para incineração.
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7. Cérebro
deve ser fixado por pelo menos 2 semanas em formol 10% (recomendável
troca do fixador após 1 semana).
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8. Amostras
para histologia são coletadas em cassetes e imersas em ácido
fórmico a 100% por uma hora, seguido por refixação
em formol por 48 hs. Este procedimento elimina toda infectividade priônica
no espécime incluído em parafina, sem alterar propriedades
tintoriais ou imunorreatividade.
Fonte:
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Finkbeiner
WE, Ursell PC, Davis RL. Autopsy Pathology. A Manual and Atlas.
Churchill Livingstone / Elsevier, Philadelphia, 2004. pp. 34-35.
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