Neupatimagem-UNICAMP

Astrocitoma pilomixóide.
HE, Masson, IH para GFAP, vimentina, CD34, Ki67

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Masc. 1 a 6 m. Clique para TC, RM, HE, tricrômico de Masson, IH - GFAP, VIM, CD34, Ki67.
Lei de Velpeau.

Destaques da microscopia.

HE. Áreas protoplasmáticas com microcistos contendo material basófilo (aspecto mixóide).	Áreas pilocíticas.	Concentração perivascular de células neoplásicas


Masson. Concentração perivascular de células neoplásicas e escassez de fibras colágenas	GFAP. Positivo nos astrócitos tumorais.	GFAP. Vasos com proliferação endotelial destacam-se em negativo.


VIM. Positivo nas células neoplásicas, realça a concentração perivascular destas	CD34. Positivo nos finos capilares, negativo no tumor.	Ki-67. Positivo em 1-2 % dos núcleos das células neoplásicas. Neutrófilos marcados servem de controle interno positivo.

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HE. Áreas protoplasmáticas com material mixóide. Como em outro caso recente, este astrocitoma pilomixóide combina áreas frouxas formadas por astrócitos de prolongamentos citoplasmáticos curtos ou longos, dispostos casualmente sem orientação definida e formando pequenos cistos, que contêm material amorfo basófilo, de aspecto mixóide.

Áreas pilóides ou pilocíticas. Células alongadas, ricamente fibrilares, em vaga orientação paralela ou sem disposição definida. Diferentemente dos astrocitomas pilocíticos habituais, não se observam fibras de Rosenthal ou corpos hialinos.

Concentração perivascular das células. Como no caso anterior, há notável tendência das células a se concentrarem em torno de vasos, por vezes em orientação radial.

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COLORAÇÕES ESPECIAIS

Tricrômico de Masson. Recapitula os aspectos discutidos em HE, enfatizando a pouca participação de elementos conjuntivos no tumor. As escassas fibras colágenas (coradas em azul) limitam-se às paredes vasculares. Células neoplásicas coram-se em vermelho.

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IMUNOHISTOQUÍMICA

GFAP. Positivo nas células neoplásicas, especialmente nas com prolongamentos mais espessos (padrão pilocítico). Vasos destacam-se em negativo, demonstrando certo grau de proliferação das células endoteliais.

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Vimentina. Resultados semelhantes aos com GFAP.

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CD34. Marca apenas os finos capilares do tumor

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Ki67. Positivo em 1-2 % dos núcleos. Neutrófilos também marcam.

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Agradecimentos. Caso do Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP. Preparações histopatológicas e imunohistoquímicas pelos técnicos do Laboratório de Patologia daquele hospital - Srs. Aparecido Paulo de Moraes e Irineu Mantovanelli Neto.

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Lei de Velpeau.

Este caso e o anterior formam na nossa experiência o exemplo mais explícito da chamada lei de Velpeau (casos raros vêm aos pares). Duas instâncias de uma entidade rara (astrocitoma pilomixóide) chegaram ao laboratório no mesmo dia, sendo um da própria instituição (Hospital Boldrini) e outro referido por serviço de Piracicaba, SP, na região de Campinas. Anteriormente, havíamos testemunhado apenas 2 casos de astrocitoma pilomixóide em 2013 e 2014, ambos do Boldrini.

Outras ocasiões notáveis foram : a) 3 casos de doença de Lhermitte-Duclos, sendo que 2 vieram com uma semana de intervalo do mesmo serviço de neurocirurgia de Limeira, SP, e um terceiro um mês após, como consulta de colega de outro Estado (Ipatinga, MG).

b) 3 casos de abscesso cerebelar por Paracoccidioides brasiliensis, todos do nosso serviço na Unicamp (clique para neuroimagem). Dois chegaram com intervalo de 1 semana, ambos numa sexta-feira e ambos no hemisfério cerebelar direito (1)(2). Dois meses antes havíamos visto outro caso no ângulo ponto-cerebelar direito (3). O caso anterior a estes, no lobo frontal direito, havia aparecido 14 anos antes, em 1997 (clique para histologia).

Nenhuma destas entidades se repetiu até o momento.

Lei de Velpeau. Para postagens na internet sobre este curioso 'pareamento de raridades', clique (1) (2) (3)

Para RM deste paciente, clique »