Astrocitoma  de  células  granulares  do  cérebro. 
3. Imunohistoquímica - GFAP
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Masc. 68 a.  Página de resumo do caso. Clique para páginas detalhadas sobre : exames de imagem : 2011, 2012;  histologia - HE, colorações especiais (Masson, PAS), imunohistoquímica (GFAP, VIM, nestina, CD34, CD68, HAM-56, S-100, NF, CD99, Ki-67, p53), microscopia eletrônica (Karnovsky, parafina). Comentários: (1) (2). Texto sobre astrocitoma de células granulares. 
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Destaques  da  imunohistoquímica no tumor (astrocitoma de células granulares). 
GFAP.  Área com células positivas, semelhantes a astrócitos gemistocíticos.  Área com alternância de células GFAP-positivas e negativas Área com predomínio de células GFAP-negativas entremeadas a fibras colágenas (compatível com gliossarcoma)
VIM.  Positiva no citoplasma das células tumorais. CD34. Positividade variável nas células neoplásicas, na maioria em padrão membrana.  CD68.   Positivo variável no citoplasma das células tumorais.
HAM-56. Negativo nas células tumorais, positivo na micróglia. S-100.  Positivo no citoplasma de algumas células tumorais, negativa nos núcleos. NF. Negativo nas células tumorais, positivo em axônios infiltrados pelo tumor
CD99. Positividade variável nas células neoplásicas, em padrão membrana.  Ki-67. Marca cerca de 10-15% dos núcleos das células do tumor p53. Resultados semelhantes a Ki-67. 
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Destaques  da  imunohistoquímica nas células granulares infiltrando a substância branca. 
GFAP.   Células granulares negativas, contrastando com astrócitos gemistocíticos VIM. Positividade citoplasmática nas células granulares Nestina. Positividade citoplasmática nas células granulares
CD34.  Positivo nas células granulares, padrão membrana CD68. Positividade nos grânulos citoplasmáticos  (lisossomos) Ki-67. Positivo em núcleos esparsos de células granulares.  p53
Células granulares - negativas para HAM-56, S-100 (algumas, positividade nuclear), NF, CD99. 
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GFAP.   A positividade para este filamento intermediário próprio de astrócitos é fundamental para definir o tumor como de linhagem astrocitária.  Observamos grande variabilidade na marcação. Vai desde áreas com praticamente todas as células positivas a outras com virtualmente todas negativas, passando por todas proporções intermediárias. Células atípicas claramente tumorais, positivas e negativas para GFAP, são vistas lado a lado. As áreas ricas em astrocitos gemistocíticos já comentadas na HE são universalmente positivas. A área margeando a necrose central do tumor é quase totalmente negativa. Áreas ricas em tecido conjuntivo, melhor vistas  no tricrômico de Masson, vão de variavelmente positivas a completamente negativas. A associação entre negatividade para GFAP e abundância em colágeno lembra os gliossarcomas, dos quais este caso poderia ser considerado um exemplo. As células granulares, mais freqüentes na substância branca limítrofe ao tumor, são de modo geral negativas, ao contrário do preconizado na literatura
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Lâmina escaneada 

de um bloco representativo do tumor. 

Nota-se variação na intensidade da reação para GFAP área a área. 

O fragmento maior (embaixo à direita) tem áreas totalmente negativas que aparecem em azul. Correspondem às áreas ricas em tecido conjuntivo vistas no tricrômico de Masson, e que poderiam ser consideradas exemplo de gliossarcoma

O fragmento mais fortemente positivo (embaixo à esquerda) é formado por substância branca infiltrada por células granulares. A positividade é devida aos astrócitos reacionais não neoplásicos, pois as células granulares são na maioria negativas para GFAP. 

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Resumo de achados com GFAP. 
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GFAP. Áreas difusamente positivas.

Nestas áreas, a grande maioria das células lembra astrócitos gemistocíticos, com citoplasma abundante e núcleo excêntrico.  Atipias nucleares, pseudoinclusões e mitoses são freqüentes. Os vasos, totalmente negativos, tomam a hematoxilina, corante de fundo, e testemunham a especificidade da reação. 

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GFAP. Área de transição. 

Ao lado, transição mais ou menos abrupta entre áreas rica e pobre em células GFAP positivas. 

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GFAP. 

Áreas de positividade intermediária. 

Em certas regiões do tumor, focos de células GFAP-positivas destacam-se fortemente contra células negativas. As atipias celulares, vistas tanto nas positivas como nas negativas, não deixam dúvida quanto à natureza neoplásica de ambas. 

Em áreas onde as células são negativas para GFAP, há freqüentemente também riqueza em fibras colágenas.

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GFAP.   Astrócitos neoplásicos positivos e negativos lado a lado. Estas áreas enfatizam a curiosa dualidade das células tumorais, algumas das quais expressam o filamento intermediário GFAP, e outras não.  Achados semelhantes são comuns com outros antígenos.  A célula têm em seu genoma o DNA para síntese de GFAP, mas o gene é 'ligado' em algumas células e permanece 'desligado' nas vizinhas.  A positividade para GFAP em células incontestavelmente neoplásicas fecha com certeza o diagnóstico de astrocitoma, no caso, um raro astrocitoma de células granulares do cérebro. Para texto sobre a entidade, clique. 
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GFAP. 

Áreas negativas. 

Em certas áreas, praticamente todas as células neoplásicas eram negativas para GFAP. Comparando com as áres próximas, não fica dúvida que estas células são também astrocitárias, da mesma linhagem que as positivas próximas.   Em vários campos, havia um componente de tecido conjuntivo intersticial de padrão desmoplásico.  São estas áreas que poderiam ser interpretadas como de gliossarcoma.  Para estas em microscopia eletrônica, clique.

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Pseudoinclusões.   Muitas células neoplásicas apresentavam pseudoinclusões intranucleares, já notadas em HE.  Com imunohistoquímica, fica evidente a natureza citoplasmática da inclusão, pois é positiva para um filamento intermediário que só ocorre no citoplasma. Em microscopia eletrônica, é possível identificar organelas citoplasmáticas. 
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Mitoses. Mitoses, típicas e atípicas, eram freqüentes, tanto em células GFAP positivas quanto negativas. Ver mitoses em HE e em microscopia eletrônica
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Área tumoral bem delimitada do tecido nervoso. 

Esta faixa de tumor correspondia provavelmente à margem da região cística vista nos exames de imagem, e que se impregnava por contraste.  Causou considerável dificuldade no estudo do caso, não só pela boa delimitação, imprópria para gliomas, como pela negatividade para GFAP na grande maioria das células tumorais. 

Chegamos a considerar que estas feições desaconselhavam um diagnóstico de glioma, e levantamos hipóteses alternativas, como metástase (de melanoma) e histiocitose (devido à positividade para CD68), depois descartadas. 

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GFAP.  Substância branca infiltrada por células granulares. Apesar de sua natureza astrocitária, as células granulares são praticamente todas negativas para GFAP e se destacam pela tonalidade clara no meio da substância branca rica em prolongamentos de outros astrócitos, inclusive muitos gemistocíticos, provavelmente reativos.  Em microscopia eletrônica, estas células se caracterizam pela grande riqueza em lisossomos, e pobreza em filamentos intermediários do citoesqueleto. Esta pobreza seria responsável pela negatividade para GFAP. 
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Astrócitos gemistocíticos.  Destacam-se pelo citoplasma abundante, homogêneo e GFAP positivo. O núcleo pode conter nucléolo, indício de alta síntese proteica. Estes astrócitos provavelmente são reativos, não neoplásicos. Alguns oligodendrócitos  são identificados pelo citoplasma claro, totalmente negativo para GFAP, e pelo núcleo menor e mais denso.  Para astrócitos gemistocíticos em microscopia eletrônica, clique. 
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Preparações imunohistoquímicas deste caso pela técnica Ana Cláudia Sparapani Piaza, Laboratório de Pesquisa, Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. 
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Página de resumo do casotexto, mais imagens.
TC, RMs 2011 RM após 1 ano HE Colorações especiais : 
Masson, PAS
Imunohistoquímica para GFAP VIM, nestina  CD34  CD68, HAM-56
S-100, NF, CD99 Ki-67, p53 Microscopia eletrônica, 
material fixado em Karnovsky
ME, material reprocessado de bloco de parafina
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Astrocitoma de células  granulares : Neuroimagem Neuropatologia Texto
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