|
2. Colorações especiais : Tricrômico de Masson, PAS |
|
Masc. 68 a. Página de resumo do caso. Clique para páginas detalhadas sobre : exames de imagem : 2011, 2012; histologia - HE, colorações especiais (Masson, PAS), imunohistoquímica (GFAP, VIM, nestina, CD34, CD68, HAM-56, S-100, NF, CD99, Ki-67, p53), microscopia eletrônica (Karnovsky, parafina). Comentários: (1) (2). Texto sobre astrocitoma de células granulares. |
Tricrômico
de Masson.
Como cora fibras colágenas em azul, destacando-as das células neoplásicas em vermelho e dos núcleos em roxo, o tricrômico de Masson é sempre útil no estudo de tumores. Nesta lâmina escaneada, salienta áreas em azul que correspondem a fibrose, e que passariam facilmente despercebidas em HE. |
Comparação entre lâminas escaneadas de tricrômico de Masson e GFAP. A área que aparece em azul forte no TM é rica em colágeno e pobre em GFAP (aparece clara na lâmina de imunohistoquímica). Isto indica que as células neoplásicas nestas áreas são capazes de sintetizar colágeno, mas não produzem GFAP, adotando, portanto, o fenótipo de células conjuntivas. Esta é uma feição importante dos chamados gliossarcomas. Clique para texto sobre estes tumores, casos de neuroimagem e neuropatologia. | |
Áreas
de fibrose.
Algumas áreas do tumor são ricas em fibras colágenas entremeadas às células neoplásicas. O aspecto lembra o encontrado nos gliossarcomas. No presente caso, como estas áreas são coletivamente pouco abundantes, evitamos o diagnóstico de gliossarcoma, em favor do de astrocitoma de células granulares. Mesmo assim, o achado enfatiza a alta variabilidade de aspectos nos gliomas, que podem congregar feições díspares. |
Tricrômico de Masson, área tumoral rica em tecido conjuntivo. Como já comentado acima e demonstrado em lâmina escaneada, esta área é rica em fibras colágenas que se intercalam às células neoplásicas. É altamente provável que o colágeno tenha sido depositado pelas próprias células tumorais. Portanto, estas estão assumindo, nesta área, a função de fibroblastos. Com imunohistoquímica em cortes correspondentes, as mesmas células não expressam GFAP. Este papel aberrante das células neoplásicas em um glioblastoma é que caracteriza o gliossarcoma. | |
Tricrômico de Masson, área tumoral pobre em tecido conjuntivo, rica em astrócitos gemistocíticos. Nesta área sucede o oposto do acima. O tumor tem feições claras de astrocitoma, as fibras colágenas estão restritas aos vasos e não são vistas entre as células. Esta região, portanto, não qualifica como gliossarcoma. Como a maior parte das áreas sólidas do tumor obedecem a este padrão, evitamos o diagnóstico de gliossarcoma. Se fosse apenas este padrão, o diagnóstico ficaria como glioblastoma multiforme (astrocitoma difuso grau IV). O encontro proeminente de células granulares em ainda outras áreas efetivou esta neoplasia como um raro astrocitoma de células granulares do cérebro. Para texto sobre a entidade, clique. |
Tricrômico
de Masson, vasos.
Observava-se fibrose da adventícia dos pequenos vasos, por vezes intensa, chegando a redução ou obliteração da luz. A maioria dos vasos do tumor não mostrava a característica proliferação de células endoteliais própria dos gliomas malignos. Algumas exceções estão demonstradas no quadro seguinte. |
Proliferação de células endoteliais. Abaixo, alguns exemplos de hiperplasia de células endoteliais, por vezes associada ao espessamento fibroso da adventícia. | |
Pseudoglomérulo.
Esta rara formação vascular poderia corresponder a um pseudoglomérulo ou a um vaso maior com trombose e recanalização. |
Tricrômico
de Masson.
Células granulares. As células granulares que caracterizam a entidade aparecem em azul no tricrômico de Masson, devido à coloração dos lisossomos citoplasmáticos. O núcleo fica deslocado para a periferia devido ao acúmulo destas organelas. Para aspecto em microscopia eletrônica, clique. |
Astrócito
gemistocítico.
Os astrócitos gemistocíticos da substância branca, reacionais à infiltração tumoral, diferem das células granulares pelo aspecto róseo e homogêneo do citoplasma. Em microscopia eletrônica, o citoplasma é riquíssimo em filamentos intermediários. |
PAS
sem diastase.
Células granulosas. A técnica histoquímica do PAS (ácido periódico- reativo de Schiff) demonstra com vantagem as células granulosas (astrócitos modificados), reagindo com os lisossomos do citoplasma, que se destacam em cor magenta. Com PAS, as células são na grande maioria arredondadas, mas algumas têm prolongamentos. Após tratamento por diastase (amilase salivar), não houve alteração no aspecto nem na intensidade da reação, por isto não a documentamos. |
PAS sem diastase. Os lisossomos são pequenos e relativamente uniformes, aparendo como como uma poeira dispersa no citoplasma. Alguns são mais grosseiros, talvez por fusão de unidades menores. Também se observam células mais e menos ricas nestas organelas. O significado delas e porque só certas células tumorais as apresentam, são obscuros. Para aspecto em microscopia eletrônica, clique. | |
PAS sem diastase. Variações no conteúdo de lisossomos nas células granulosas. Observam-se células mais e menos ricas nestas organelas, que aparecem como granulações no citoplasma. | |
PAS, células granulares. Pseudoinclusões intranucleares. As pseudoinclusões, que são dobras ou reentrâncias da membrana nuclear, comuns nas células granulosas, criam a ilusão de um corpúsculo no interior do núcleo. A densidade e coloração são variáveis. Ver aspectos em HE e microscopia eletrônica. | |
PAS, área tumoral. Nesta área francamente tumoral não se observam células granulares PAS positivas. Estas ficavam praticamente limitadas às áreas de substância branca próximas ao tumor. | |
PAS, vasos. Esses pequenos vasos na substância branca infiltrada pelas células granulares mostram paredes finas e ausência de proliferação endotelial. | |
Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. |
Página de resumo do caso, texto, mais imagens. | |||
TC, RMs 2011 | RM após 1 ano | HE | Colorações
especiais :
Masson, PAS |
Imunohistoquímica para GFAP | VIM, nestina | CD34 | CD68, HAM-56 |
S-100, NF, CD99 | Ki-67, p53 | Microscopia eletrônica,
material fixado em Karnovsky |
ME, material reprocessado de bloco de parafina |
Astrocitoma de células granulares : | Neuroimagem | Neuropatologia | Texto |
Neuropatologia
- Graduação |
Neuropatologia -
Estudos de casos |
Neuroimagem
- Graduação |
Neuroimagem -
Estudos de Casos |
Roteiro
de aulas |
Textos
de apoio |
Correlação
Neuropatologia - Neuroimagem |
Índice alfabético - Neuro | Adições recentes | Banco de imagens - Neuro | Textos ilustrados | Neuromuscular | Patologia - outros aparelhos | Pages in English |
|