Tumor neuroectodérmico primitivo (PNET) 
de hemisfério cerebral. 1b. HE  (segunda amostra)
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Fem. 43 a.  A paciente foi reabordada cerca de 3 meses e meio após a primeira cirurgia, em virtude do rápido crescimento do tumor (ver RM). Desta segunda amostra foram incluídos 5 blocos e ainda restou material na reserva em formol, que aproveitamos para microscopia eletrônica.  Os achados são essencialmente superponíveis aos da primeira amostra, inclusive na imunohistoquímica, cujos idênticos resultados são apresentados com os originais. 

Clique para exames de imagem, HE 1a. amostra, HE 2a. amostra, colorações especiais : Masson, reticulina, reticulina + safranina,  imunohistoquímica : GFAP, VIM, nestina, tubulina, CD56, S-100, NF, CD68, HAM-56, CD3, CD20, CD34, 1A4, Ki67, p53. Mitoses atípicas. Anticorpos negativos. Microscopia eletrônica. Comentário sobre o caso.

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Lâmina  escaneada com 600 dpi, 

demonstrando a boa delimitação do tumor (em roxo) contra o tecido nervoso (em róseo). Apesar do caráter altamente agressivo, a capacidade infiltrativa é pequena, diferindo da permeação difusa das células neoplásicas dos gliomas malignos. 

Para detalhes do pequeno nódulo indicado pela seta, clique

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Tentativa de correlação 

entre a imagem de RM em T1 com contraste e a lâmina escaneada, mostrando os componentes do tumor original recidivado e a pequena lesão satélite. 

A montagem é meramente ilustrativa. As imagens não estão em escala, e a lesão satélite na histologia pode não ser a mesma apontada na RM.  Para outras imagens de TC e RM, clique.  Abaixo, mesmo corte em 1200 dpi. 

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Aspectos semelhantes em outro bloco. 
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Tumor  recidivado.  Os aspectos eram essencialmente semelhantes aos da lesão original. Neste segundo material chamava mais a atenção a proliferação vascular no seio do tecido neoplásico. Esta era especialmente proeminente em setores da interface tumor-cérebro
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Atipias, mitoses.   Como na primeira amostra, o tumor recidivado apresentava-se altamente indiferenciado, com atipias nucleares acentuadas, multinucleação e intensa atividade mitótica, com notável proporção de mitoses atípicas e multipolares.  Para uma coletânea de mitoses aberrantes na imunohistoquímica, clique
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Interface tumor - tecido nervoso;  astrócitos gemistocíticos. Como já comentado acima, e na primeira amostra deste tumor, a boa delimitação com o tecido nervoso era notável, diferindo acentuadamente da infiltração dos gliomas difusos, de bordas imprecisas e formando gradientes. No espécime anterior, chamava a atenção a barreira de células inflamatórias, especialmente macrófagos, na margem tumoral. Aqui observamos forte reação glial à base de astrócitos gemistocíticos, mas células inflamatórias eram poucas, limitadas à periferia de alguns pequenos vasos. 
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Astrócitos gemistocíticos reacionais.  Os astrócitos próximos do tumor eram gemistócitos clássicos, formas reacionais com citoplasma amplo, róseo e homogêneo, chamado 'aspecto em vidro-fosco'.  O núcleo, geralmente excêntrico,  é grande, vesiculoso, com cromatina frouxa e nucléolo não raro evidente.  Esses astrócitos sintetizam abundantes quantidades dos filamentos intermediários GFAP e vimentina, que podem ser demonstrados pelas respectivas reações imunohistoquímicas. Entre os astrócitos, o tecido nervoso é frouxo devido ao acúmulo de edema intercelular (do tipo vasogênico), decorrente da quebra de barreira hemoencefálica nos vasos do tumor e adjacências. 
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Proliferação vascular no tecido nervoso limítrofe ao tumor. 

No limite entre o tumor e o cérebro havia numerosos capilares proliferados, chegando a formar pseudoglomérulos. 

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Proliferação capilar.   A proliferação das células endoteliais é resposta a um fator de crescimento (VEGF, ou vascular endothelial growth factor) produzido pelas células do tumor em resposta à anóxia.  Esses pequenos vasos espessados e/ou com múltiplas luzes perdem a barreira hemoencefálica, permitindo passagem de água e macromoléculas. Esta é a base da impregnação por contraste na periferia do tumor nos exames de imagem (TC e RM).
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Nódulo  tumoral  bem  delimitado.   Este pequeno nódulo neoplásico chamava a atenção pelo seu caráter sólido, homogêneo e delimitação abrupta do tecido nervoso vizinho. A toda volta, as células neoplásicas param, sem infiltrar o  cérebro, onde se observam alguns astrócitos gemistocíticos reacionais.  Não sabemos qual a relação deste nódulo com o tumor principal (seriam necessários cortes seriados). Contudo, pode-se imaginar que as células neoplásicas tenham migrado pela leptomeninge e/ou espaços de Virchow-Robin.  Comparar com a RM pós operatória, que mostra nódulos satélites impregnados, aparentemente sem conexão com a massa tumoral maior.
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Agradecimento.  Caso trazido em consulta e gentilmente contribuído pela Dra. Rita Barbosa de Carvalho. Laboratório PC&C, Campinas, SP. 
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Para mais imagens deste caso e comentário.
TC pré-op RM 2½ meses pós op HE 1a. amostra HE 2a. amostra Colorações especiais
IH - GFAP, VIM, nestina Tubulina, CD56, S-100, NF CD68, HAM-56,  CD3, CD20 CD34, 1A4, Ki67, p53 Microscopia eletrônica
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Textos sobre PNETs supratentoriais (1) (2) Ependimoblastomas Pineoblastomas (1) (2) Características de imagem dos PNETs
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