Adenoma de hipófise invasivo. 
2. Imunohistoquímica
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Fem. 67 a.  Clique para : história clínica, TC, RM, esfregaço, HE, imunohistoquímica para AE1AE3, sinaptofisina, cromogranina, CD56, Ki67
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Destaques  da  imunohistoquímica. 
AE1AE3.  Células neoplásicas em relação próxima com o epitélio respiratório dos seios paranasais Epitélio respiratório cilíndrico pseudoestratificado ciliado Células neoplásicas mostrando positividade citoplasmática para citoqueratinas 
Células neoplásicas em relação próxima com trabéculas ósseas dos seios paranasais.  SNF.  Parte das células neoplásicas é positiva para sinaptofisina, outras próximas são negativas.   Relação das células com capilares Cromogranina.  Positividade citoplasmática universal das células neoplásicas (própria de células neuroendócrinas)
CD56.  Positividade intensa em parte das células, negativo em grupamentos vizinhos Ki-67. Positividade em menos de 1% dos núcleos das células neoplásicas.  Positividade em algumas células basais do epitélio respiratório. 
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AE1AE3. 

Células  neoplásicas junto à mucosa respiratória.

As células do adenoma invasivo são positivas para citoqueratinas, demonstradas pelo anticorpo AE1AE3 (para breve texto clique). Chegam até a mucosa do seio esfenoidal. Este epitélio é do tipo respiratório (cilíndrico pseudoestratificado ciliado), também positivo para AE1AE3, apoiado sobre fina camada de tecido conjuntivo frouxo, a lâmina própria. 

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Caráter invasivo.  Normalmente, o epitélio respiratório dos seios paranasais está apoiado sobre as delicadas lâminas ósseas que delimitam o seio esfenoidal e as células aéreas etmoidais. As células secretam muco para manter a cavidade nasal úmida, capturar as partículas de poeira que vêm pelo ar, e é dotado de cílios para movimentar as secreções.  Aqui, as estruturas ósseas foram destruídas pelo adenoma invasivo. Algumas trabéculas remanescentes são demonstráveis em outros campos
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AE1AE3. Mucosa do seio esfenoidal.    Células epiteliais cilíndricas em monocamada, com núcleos em diferentes alturas (daí, pseudoestratificado), com cílios apicais.  O epitélio apóia-se sobre tecido conjuntivo frouxo vascularizado (lâmina própria). 
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AE1AE3. Células  neoplásicas.   As células tumorais são regulares, pequenas, com citoplasma escasso, que se marca por AE1AE3 devido às citoqueratinas (filamentos intermediários) que constituem seu citoesqueleto. Os núcleos se destacam em azul pálido, chamando atenção sua regularidade, ausência de atipias e de mitoses. 
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AE1AE3. Células  neoplásicas e trabéculas ósseas.   O tumor faz contato com trabéculas ósseas das estruturas da base do crânio demonstrando seu caráter invasivo, apesar de citologicamente parecer benigno. Para aspectos nos exames de imagem, clique. O osso é lesado mais por compressão crônica do que por invasão direta. Sofre também ação de osteoclastos, como observado em HE
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Sinaptofisina (SNF). 

Esta proteína participante da parede de vesículas sinápticas é também demonstrável nos grânulos de secreção citoplasmática de células neuroendócrinas, inclusive as da adenohipófise. (para breve texto, clique). 

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SNF. Áreas positivas e negativas lado a lado.   Aqui, o resultado da reação foi curioso, pois demonstrou grupos de células positivas e negativas lado a lado, como se fossem diferentes clones.  Aspecto semelhante foi observado com CD56 mas não com cromogranina. As células positivas mostram fina granulação citoplasmática, presumivelmente correspondente a grânulos de secreção (porém não há confirmação ultraestrutural neste caso). 
SNF.   Relação entre células tumorais e capilares.   Como habitual nos tumores endócrinos (e nas glândulas endócrinas em geral), o tecido é vascularizado por delicados capilares e as células secretoras ficam em contato direto com eles, ou, mais exatamente, com a membrana basal onde se apóiam as células endoteliais. 
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Cromogranina.     Outra proteína associada a vesículas sinápticas e grânulos de neurosecreção (para breve texto, clique), também positiva nas células deste adenoma invasivo. A contrário da SNF acima, a marcação foi difusa, não apenas em grupos de células. A foto abaixo mostra até onde chegam as células tumorais, que respeitam uma fina camada da lâmina própria do epitélio respiratório do seio paranasal. 
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CD56. 

Esta proteína de adesão de células neurais (para breve texto, clique) repetiu os resultados acima para SNF, sendo positivo só em grupos de células, contrastando com áreas vizinhas totalmente negativas.  A razão para este comportamento nos escapa. 

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CD56.  A positividade é notada em padrão membrana, já que se trata de uma proteína de adesão intercelular encontrada em células de linhagem neural ou neuroendócrina. 
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Ki-67.    Este marcador de células que estão no ciclo celular (e, portanto, que devem proceder à mitose), revelou positividade em número muito modesto de núcleos do adenoma invasivo, da ordem de 1% ou menos.  Isto indica que o tumor é de crescimento muito lento, o que contrasta com seu considerável potencial destrutivo local. Por outro lado, está de acordo com a virtual ausência de mitoses (só uma observada em HE) e necrose.  É até possivel que este adenoma estivesse presente há décadas, pois na história clínica foi constatada perda significativa de campo visual há 4 anos, e a paciente refere amenorréia desde a idade de 30 anos (portanto, 37 anos antes da cirurgia).
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Ki-67.   Células do epitélio respiratório.    Como esperado em um tecido em contínua renovação, como o epitélio de revestimento dos seios paranasais, foram encontrados alguns núcleos positivos na região basal do mesmo. Presumivelmente, estas são células cuja divisão origina as que se diferenciarão em células adultas ciliadas. 
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Agradecimentos.   Histologia HE - técnicos do laboratório de rotina - Fernanda Chagas Riul, Viviane Ubiali, Mariagina de Jesus Gonçalves e Maria José Tibúrcio. Preparações imunohistoquímicas pelos técnicos Thainá Milena Stela de Oliveira e Luis Felipe Billis. 
Depto de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP.
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Para mais imagens deste caso: TC, RM HE - esfregaço, parafina IH
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