Gangliocitoma / ganglioglioma em 
córtex cerebral do pré-cúneo E
Fem.  20 a. 

Aos 7 meses de idade iniciou quadro de perda de consciência, hipotonia, palidez, com duração de menos de 10 minutos. A partir daí apresentou convulsões tônico-clônicas generalizadas (CTCG) com febre (14 crises até os 3 anos, durando menos de 10 minutos). 
Com 4 anos e 6 meses, episódios em que não sentia a perna D, posteriormente perdia a força na mesma. Às vezes era acometido também o braço D, mas só com perda de força, sem alteração de sensibilidade. Episódios durando poucos minutos, sem perda da consciência e sem alterações pós-ictais, 2-3 episódios/dia durante 2-3 dias, com intervalo de 1 semana para repetir. Apresentou apenas 2 episódios de CTCG após a crise parcial. Já foi medicada com várias drogas anti-epilépticas em diferentes combinações.   Conclusão – síndrome epiléptica com crises monomórficas desde 4 anos e 6 meses. 

Exames físico e neurológico normais. 

Telemetria – Realizada em 3 dias por cerca de 15 horas, observando-se atividade epileptiforme nas regiões centrais e obtendo-se registro de 4 crises com correlação clínica-EEG. Ao início do traçado de crise, a paciente estava acordada quando referiu sensação de fraqueza na perna D, procurou pela mãe, ficou agitada e apresentou movimentação clônica na perna E, enquanto a D ficou parada. Outras crises tiveram a mesma apresentação. Houve momentos em que a paciente referia fraqueza na perna D, mas sem alteração concomitante no EEG. 

Realizada craniotomia fronto-parietal E e lesionectomia guiada por eletrocorticografia. Após retirada da lesão não restaram focos epilépticos. 


 
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 12/8/99 
Lesão com cerca de 2 cm no maior diâmetro, situada no córtex cerebral do pré-cúneo E, com discreto hiposinal em T1 e hipersinal em T2, mostrando captação puntiforme de contraste nos três planos de corte, sem efeito de massa ou edema perilesional. 
CORTES  AXIAIS 
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE T2
CORTES  CORONAIS, T1 COM CONTRASTE
CORTES  SAGITAIS, T1 COM CONTRASTE

 
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 17/2/00
Mesmo aspecto do exame anterior, notando-se hipersinal em FLAIR, que indica caráter hidratado da lesão. 
CORTES  AXIAIS 
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE FLAIR
T2
CORTES  AXIAIS, T1, T1C, T2, Fl (detalhe).
CORTES  CORONAIS
T1 COM CONTRASTE FLAIR
CORTE  SAGITAL,  T1 COM CONTRASTE

 
RM 5/3/02, T1 COM CONTRASTE. Aspecto inalterado. 

 
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA, 26/3/02 
Controle pós-operatório imediato, mostrando lacuna cirúrgica com remoção aparentemente completa da lesão. 
CORTES  AXIAIS,  T1 SEM CONTRASTE

 
PRÉ-OPERATÓRIO PÓS-OPERATÓRIO

 
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