Esquistossomose  cerebral
Masc.  32 a. 

Há 2 meses (julho de 2000) apresentou crise convulsiva parcial simples, iniciando-se em hemicorpo E:  sensação de queimação no IV e V dedos da mão E, passando a sensação de choques na face medial do braço E, mão, antebraço. Repuxamento das rimas palpebral e labial E, postura distônica em MSE, movimentos tônicos em membros, perda transitória da consciência. Nega contrações generalizadas, mordedura de língua, liberação de esfíncteres. Episódio aconteceu na casa de um amigo. Foi levado ao hospital e hidantalizado.  2º e 3º episódios já no hospital, no mesmo dia, com padrão semelhante.  Recebeu alta com fenitoína 300 mg/dia. TC – lesão intraparenquimatosa fronto parietal D com edema, cerca de 4 cm de diâmetro. LCR normal.
EF. Glasgow 15, pupilas isofotorreagentes. Força muscular grau V global. Sensibilidade preservada, movimentos oculares normais. 

Em setembro de 2000. Realizada biópsia estereotáxica de lesão cerebral baseada em RM do serviço de origem. 

Em outubro de 2000 – dois novos episódios de crises parciais. FNT aumentada para 350 mg/dia.  Desde então sem queixas. Exames protoparasitológicos seriados mostraram positividade para S. mansoni em uma amostra: 24 ovos por grama de fezes – considerada infecção leve.  Também positivo para Ascaris (3 amostras) e Strongyloides (3 amostras). 

RM no HC-UNICAMP – aumento de sinal em T2 córtico-subcortical no lobo parietal D, cerca de 4 cm, captação irregular. 

Em novembro de 2000 tratado com  albendazol e praziquantel.  Posteriormente sem novas crises, EEG normal. 


 
 
RESSONÂNCIA  MAGNÉTICA 
Na região posterior  do giro do cíngulo D, lesão com efeito de massa, contornos indefinidos, com cerca de 3 cm. de diâmetro, hipointensa em T1, hiperintensa em T2, com focos de impregnação por contraste no seu interior. Há edema vasogênico perilesional. 
CORTES  AXIAIS,  T1 SEM CONTRASTE
CORTES  AXIAIS,  T1 COM CONTRASTE
CORTES  CORONAIS,  T1 SEM CONTRASTE.  Lesão aparece como área de hiposinal na substância branca do giro do cíngulo D e afeta também a metade D do corpo caloso. 
CORTES  CORONAIS,  T2.  Lesão manifesta-se como hipersinal, indicando maior grau de hidratação. 
CORTES  CORONAIS,  T1 COM CONTRASTE
CORTES  SAGITAIS
T1 SEM CONTRASTE T1 COM CONTRASTE

 
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