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microscopia eletrônica |
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A microscopia eletrônica colabora para elucidar a estrutura do tumor e melhor compreender os achados de microscopia óptica, obtidos com HE, técnicas especiais de coloração e na imunohistoquímica. |
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Nas áreas
Antoni A, as células
de Schwann são longas, têm orientação paralela
e arranjo compacto.
Ao lado, um campo Antoni A, mostrando parte de uma paliçada de núcleos e um corpo de Verocay (embaixo e à E, onde não se notam núcleos). |
Os núcleos das
células de Schwann são
alongados, com forma de charuto, e cromatina condensada na periferia. O
citoplasma é escasso.
A maior parte do tecido é constituída por material intersticial (situado entre as células). |
Nesta região não se notam núcleos. Os prolongamentos das células de Schwann são bem demarcados por membrana plasmática, e contêm organelas e vesículas do retículo endoplasmático liso dilatadas. O interstício é preenchido por finas fibrilas de colágeno (= reticulina) e material do tipo membrana basal, ambos produzidos pelas células de Schwann. |
Os materiais contidos no interstício são revelados por técnicas de microscopia óptica. A reticulina, que aparece como finas fibrilas negras e paralelas na impregnação pela prata, é, na realidade, um tipo de colágeno (tipo III) e por isso, quando abundante, cora-se em azul com o tricrômico de Masson. A membrana basal tem componentes de laminina e colágeno IV, proteínas demonstradas por imunohistoquímica. |
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Os corpos de Verocay em ME mostram ser áreas praticamente acelulares, constituídas só por material intersticial: fibrilas de reticulina, o chamado colágeno de longo espaçamento (long spacing collagen) e membrana basal. |
A membrana
basal aparece como material amorfo eletrodenso.
O colágeno de longo período é formado por fibrilas colágenas organizadas frouxamente de modo a mostrar uma periodicidade de 120 a 150 nm. A associação destas fibrilas parece depender do material polissacarídeo secretado pelas células de Schwann. As fibras reticulínicas são fibrilas colágenas com a periodicidade habitual de 67 nm, mas muito finas, da ordem de 20 nm de diâmetro. Não foram observadas fibras colágenas grossas, como é freqüente, por exemplo, nos meningiomas. |
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Corpo de
Verocay em corte transversal.
A estrutura dos corpos de Verocay fica mais evidente em corte transversal. Notam-se feixes de fibras reticulínicas contidos em tubos de membrana basal. Entre eles, o interstício é preenchido por material amorfo eletrolucente. |
Corpo de
Verocay em corte transversal.
A riqueza em membrana basal e fibras reticulínicas explica a positividade na imunohistoquímica para laminina e colágeno IV (ambos componentes das membranas basais em geral). A reticulina (uma forma de colágeno) foi revelada em azul no tricrômico de Masson e em negro na impregnação pela prata. A pobreza em prolongamentos de células de Schwann explica a negatividade do corpo de Verocay na imunohistoquímica para proteína S-100 e vimentina. |
Prolongamentos de células de Schwann. São escassos nos corpos de Verocay das áreas Antoni A. A morfologia é variável. Podem ser arredondados ou de contorno irregular, têm poucas organelas e nem sempre se nota membrana basal. |
Dois prolongamentos de uma célula de Schwann unidos por um complexo juncional (zonula adherens) (seta). |
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Nas áreas Antoni B, as células de Schwann têm orientação casual (não arranjadas em paralelo como nas Antoni A), o espaço intersticial é mais amplo e contém, como nas Antoni A, abundante membrana basal e fibras reticulínicas. As células de Schwann do tumor são revestidas por membrana basal (como ocorre nas células de Schwann normais) e mostram citoplasma rico em organelas, inclusive ribossomos. O aspecto sugere uma célula metabolicamente ativa, e fala contra a hipótese de que as áreas Antoni B sejam degeneradas. |
Um corpo basal encontrado no citoplasma de uma célula de Schwann tem forma de um pequeno cilindro com espículas laterais formadas por proteínas de ancoragem. Não há cílio associado. Corpos semelhantes são vistos em outros tumores, como meningiomas. |
Abundantes lamelas de
membrana basal são produzidas pelas células
de Schwann.
Em alguns perfis, a membrana basal é descontínua ou ausente. Eventual retração dos prolongamentos deixa 'dedos' de membrana basal livres no interstício. |
Dedo de
luva.
A figura ao lado e os detalhes abaixo ilustram o processo de retração do prolongamento de célula de Schwann, deixando uma alça redundante de membrana basal. Resquícios de citoplasma são ainda visíveis ao longo da alça. |
e Geralda Domiciano de Pádua, com nossos agradecimentos. |
Caso do Hospital Medical de Limeira, SP, gentilmente contribuído pelos Drs. José Haroldo D'Amorim, Evandro Maciel Pinheiro e Hoyama da Costa Pereira. |
Para mais imagens deste caso: | TC, RM | HE, colorações | Imunohistoquímica |
Neurofibromatose, casos de neuroimagem : NF1, NF2. Neurofibromas - neuropatologia. |
Características de imagem dos schwannomas | Textos ilustrados sobre schwannomas, neurofibromas, neurofibromatose do tipo 1 e do tipo 2 |
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