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| Masc. 64 a. O material foi enviado com suspeita diagnóstica de metástase, com base na tomografia computadorizada. Constava de tecido necrótico, processo inflamatório crônico inespecífico e granulomatoso, com fibrose. Foram reconhecidos abundantes fungos com as características morfológicas do Paracoccidioides brasiliensis, livres, em meio a exsudato neutrofílico ou fagocitados por gigantócitos. A impregnação argêntica de Grocott facilita imensamente o encontro dos parasitas, especialmente no material necrótico. Clique para dados clínicos, TC. |
| Destaques da microscopia. | ||
| HE. Fungos (Paracoccidioides brasiliensis) livres no tecido ou em meio a exsudato neutrofílico. | Fungos fagocitados por gigantócitos, com formas em brotamento | Endarterite produtiva, trombose, necrose coagulativa |
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| Grocott. Grande abundância de parasitas | Brotamento múltiplo em roda de leme ou cabeça de Mickey. | PAS. Positividade citoplasmática |
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| Fungos livres no tecido ou em exsudato neutrofílico. Tecido altamente heterogêneo, rico em neutrófilos, macrófagos e plasmócitos, com fibrose e necrose. Fungos são reconhecíveis pela forma arredondada, alguns aparentemente vazios (provavelmente necróticos), outros de tonalidade basófila (contendo citoplasma, portanto viáveis). Várias formas em brotamento, por vezes duplo (cabeça de Mickey), atestam a viabilidade dos microorganismos. |
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| Fungos em gigantócitos. Numerosos fungos fagocitados por gigantócitos, grande parte com aspecto viável, protoplasma basófilo (núcleo e citoplasma), alguns em brotamento (setas, nas figuras mais embaixo). Isto indica que o gigantócito não inibe a proliferação dos parasitas. |
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| Necrose coagulativa. A maior parte do material encaminhado era necrótico. A necrose pode ser atribuída à reação inflamatória crônica e a endarterite produtiva causada pela mesma, que leva à redução e obliteração da luz (ver quadro a seguir). Mesmo no interior da necrose parasitas eram numerosos, melhor demonstrados no Grocott. Presume-se que na maioria estavam necróticos. |
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| Vasos. Ampla gama de alterações de pequenos vasos era observada, como tumefação de células endoteliais, proliferação das células endoteliais com redução da luz (endarterite produtiva), até necrose e trombose. Presumivelmente estas reações causariam a necrose, como na toxoplasmose. | |
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| Grocott. Impregnação pela prata para fungos destaca os microrganismos em tons de marrom a negro, dependendo da intensidade da reação, que por sua vez depende do tempo de permanência na solução de metenamina-prata a 60ºC. Para procedimento técnico, clique. O método impregna a parede celular do fungo e demonstra com vantagem seu contorno e o brotamento múltiplo, característico da espécie. A quantidade de fungos observada é muito maior que em HE ou PAS. |
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| Brotamento múltiplo. Emergência de mais de uma célula filha a partir da célula mãe é uma característica do Paracoccidioides brasiliensis. Pequenos fungos distribuídos ao redor lembram uma 'roda de leme', dois brotos próximos são comparados a 'cabeça de Mickey'. Para exemplos de outros casos, clique (1)(2)(3)(4). | |
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| PAS. A técnica histoquímica do PAS (ácido periódico e reativo de Schiff, para procedimento, clique) demonstra grupos açúcar. No Paracoccidioides cora o protoplasma (a parte viva) do fungo, que contém glicogênio. A parede celular, também formada por açúcares, aparece mais pálida. Em fungos necróticos, em que o protoplasma degenerou, resta a 'casca' vazia. | |
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| Agradecimentos. Caso estudado com a residente de primeiro ano Dra. Karina da Silva Araujo. Processamento histológico e lâminas HE pelo pessoal do Laboratório de Rotina: Mariagina de Jesus Gonçalves, Maria José Tibúrcio, Guaracy da Silva Ribeiro, Fernando Wagner dos Santos Cardoso, Viviane Ubiali, Fernanda das Chagas Riul e Vanessa Natielle Pereira de Oliveira. Colorações especiais pela técnica Tayna Takahashi Santos. Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP, Campinas, SP. |
| Para TC deste paciente, clique » |  |
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esfregaço, congelação |
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azul de toluidina |
eletrônica |
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