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4. Nestina, CD34, Ki67 |
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Masc., 55 a. Clique para ressonância magnética, esfregaço, parafina HE e imunohistoquímica : marcadores gliais, neuronais e outros. |
Nestina,
um filamento intermediário próprio de células imaturas
ou em rápida proliferação, é descrita em vários
tumores neurais, especialmente gliomas de alto grau e tumores primitivos
ou pouco diferenciados. Para breves textos sobre nestina,
e filamentos intermediários
em geral, clique.
Neste ganglioglioma de estroma pilocítico, um tumor claramente de baixo grau histológico (OMS grau I), nestina foi variavelmente positiva em células de diferentes aparências. Em muitas, seria difícil ou impossível atribuir-lhes uma linhagem (neuronal ou glial) em base apenas morfológica, pois antígenos para glia (GFAP, VIM) ou neurônios (MAP2, cromogranina, NeuN) deram resultados inesperados e de difícil interpretação. A nestina foi positiva ou negativa em células com citoplasma abundante, mono- ou multinucleadas, com nucléolos ou não. As áreas pilocíticas foram geralmente negativas. Houve ainda nítida positividade em células endoteliais. |
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Nestina. Células positivas. A grande variabilidade morfológica das células positivas para nestina desafia classificação quanto a tipo histológico ou linhagem. Algumas lembram neurônios em função do núcleo redondo, nucléolo proeminente e citoplasma abundante, com prolongamentos. Outras poderiam ser formas aberrantes de neurônios, glia, ou células sem diferenciação definida. | |
Nestina. Células negativas. Células multinucleadas, que deram positivas para marcadores neuronais como MAP2 e cromogranina, foram negativas. | |
Nestina. Áreas pilocíticas. As células pequenas e alongadas, presumivelmente astrócitos pilocíticos, são negativas. Uma positividade variável nos prolongamentos é notada em áreas. | |
Nestina.
Fibras de Rosenthal.
Negativas para nestina. Em algumas observa-se uma fina orla de marcação, que pode indicar que a célula de origem do depósito era positiva (corresponderia a uma margem de citoplasma remanescente). A fibra de Rosenthal em si é constituída pela proteína alfa-B cristalina e, portanto, não poderia reagir para nestina. |
Nestina.
Vasos.
Observou-se marcação forte em células endoteliais. Células positivas fora dos vasos provavelmente são neuroectodérmicas e parte do tumor. É notável o caráter tortuoso dos capilares com espessamento fibroso da adventícia, mas não há proliferação das células endoteliais. Ver também CD34. |
CD34. Este marcador de endotélio demonstra com vantagem a vascularização do tumor. De modo geral, este ganglioglioma de estroma pilocítico é pouco vascularizado. Os vasos concentram-se em certas áreas. São capilares tortuosos, geralmente finos. Não se nota proliferação endotelial como nos gliomas de alto grau. | |
Ki-67.
O índice de células marcadas é baixo, da ordem de 1% ou menos no tumor como um todo. Abaixo, foram fotografados os melhores núcleos positivos. É de interesse que os núcleos marcados são de células pequenas, vários alongados como os de astrócitos pilocíticos. As células multinucleadas são todas negativas (indica que não estão no ciclo celular, e não devem se reproduzir em breve). |
Ki-67. Células negativas. Em que pesem as aberrações nucleares e multinucleação, estas células são provavelmente quiescentes. Foram positivas para marcadores neuronais como MAP2 e cromogranina, assim podem representar neurônios dismórficos. Em áreas pilocíticas, a quase totalidade das células é negativa. Controle interno. Em áreas extensamente negativas, é sempre bom ter algo indiscutivelmente positivo para demonstrar a validade da reação. | |
médico contratado do Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. Todas preparações imunohistoquímicas deste caso pela técnica Ana Cláudia Sparapani Piaza, Laboratório de Imunohistoquímica, Depto de Anatomia Patológica da FCM-UNICAMP. |
Para mais imagens deste caso: | |||
RM. | Esfregaço, parafina - HE. | IH - GFAP, VIM | IH - MAP2, cromogranina, NeuN, NF |
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