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2. IH para antígenos do tecido nervoso |
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Fem. 1 a. 8 m. Clique para TC, RM, HE, LFB-Nissl, imunohistoquímica para antígenos neurais, de células inflamatórias. |
Destaques da imunohistoquímica. | ||
GFAP. Astrócitos reacionais em início de transformação para gemistócitos | VIM. Idem. | NF.Rarefação axonal, com alguns axônios 'em contas de rosário'. |
Ki-67. Positividade em numerosas células inflamatórias, e em poucos núcleos sugestivos de astrócitos | CD68. A vasta maioria das células inflamatórias é positiva, compatível com macrófagos, mas não afasta linhagem mielóide | MPX, Lisozima. Resultado análogo a CD68. |
CD3. Raros linfócitos T esparsos | CD20. Raros linfócitos B, um pouco mais numerosos que T | CD138. Raros plasmócitos |
Destaques da HE, LFB-Nissl. | ||
GFAP.
Este marcador de astrócitos revelou poucas células reacionais no tecido nervoso inflamado. Estas correspondem a astrócitos gemistocíticos em fase inicial, com citoplasma ainda relativamente escasso e núcleo excêntrico. A marcação por GFAP garante a natureza astrocitária destas células. Com tempo de evolução mais longo, os astrócitos ficariam maiores, e alguns seriam binucleados. |
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Não há astrócitos normais neste espécime. Para mais sobre astrócitos protoplasmáticos e fibrosos normais, clique. Ver também página do curso de graduação com imagens de astrócitos normais e patológicos. |
VIM. Com vimentina o resultado é análogo, pois os astrócitos também produzem este filamento intermediário. Contudo, vimentina é ubiquitária, expressada em muitos tipos de células, inclusive células de vasos e células inflamatórias. Já o GFAP (acima) é exclusivo de astrócitos e células ependimárias. | |
NF. Proteína de neurofilamento é um bom meio para demonstrar axônios por imunohistoquímica, seja no sistema nervoso central, seja no periférico. Para breve texto sobre filamentos intermediários do citoesqueleto, inclusive neurofilamento, clique. Aqui, mostra a divulsão dos axônios da substância branca pelas células inflamatórias, bem como a rarefação e fragmentação dos mesmos. Como há muito necrose de neurônios (demonstrada em HE), é compreensível que muitos axônios degenerem secundariamente. O resultado é uma depleção severa dos elementos nobres do tecido nervoso, que pode evoluir para cavitação e gliose. Para seqüelas de encefalite herpética em ressonância magnética, clique. |
NF - Rarefação axonal. Na substância branca normal, os axônios são finos e compactamente arranjados (ver exemplo em cerebelo normal), com pouco espaço entre eles, ocupado por células da glia, astrócitos, oligodendrócitos e micróglia (só visíveis por seus núcleos). Aqui, as células da glia, especialmente os oligodendrócitos, virtualmente desapareceram, sendo substituídas por grande população de células inflamatórias, predominantemente macrófagos, melhor demonstrados por CD68. Alguns axônios remanescentes se destacam em meio à devastação. A perda axonal foi confirmada com coloração para baínhas de mielina (LFB-Nissl). | |
NF - Células inflamatórias. O infiltrado é notado como manguitos perivasculares, mas principalmente como permeação difusa entre os axônios. Predominam largamente os macrófagos, marcados por CD68. Mieloperoxidase (MPX) e lisozima, que teoricamente demonstrariam neutrófilos, parecem também marcar macrófagos, em vista da morfologia nuclear. Linfócitos B ou T e plasmócitos têm participação modesta. | |
NF - Axônios em contas de rosário. Estes axônios mostram pontualmente dilatações, alternadas por segmentos afilados. O aspecto, comparado a 'contas de rosário' é classicamente descrito em doenças degenerativas dos neurônios, axônios e doenças desmielinizantes, e pode ser atribuído a distúrbios do fluxo axonal, que transporta proteínas centrífuga- e centripetamente entre o corpo celular e os terminais. Veja outros exemplos em esclerose múltipla, leucodistrofia lembrando a doença de Canavan (1) (2), e radionecrose. | |
Ki67. Marcação de núcleos que parecem de astrócitos. A atribuição destes núcleos a astrócitos é arbitrária, mas baseia-se na morfologia do núcleo e na escassez do citoplasma. Se fossem macrófagos, esperaríamos ver pelo menos uma orla de citoplasma, vacuolizada ou não. | |
Ki67. Marcação de núcleos de células inflamatórias. O número de núcleos positivos em áreas de infiltrado denso sugere que parte considerável do infiltrado é de produção local (divisão das células que já se encontram no tecido). | |
Ki67. Mitose. Uma única célula em mitose foi observada. Sua natureza fica incerta, mas opinaríamos a favor de um macrófago. | |
Agradecimento.
Preparações imunohistoquímicas pelos técnicos
Thainá Milena Stela de Oliveira e Luis Felipe Billis.
Depto de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP. |
Para mais imagens deste caso: | TC, RM | HE, colorações especiais | IH para antígenos neurais | IH para células inflamatórias |
Para mais sobre encefalite herpética: | Banco de imagens | Neuroimagem graduação | Neuroimagem
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