Neupatimagem-UNICAMP

Trombose de basilar e infarto de ponte
na anemia falciforme. 3. Trombose da A. basilar

Masc. 58 a. Clique para ressonância magnética, macroscopia do cérebro; microscopia do infarto de ponte; e outros órgãos.

Trombo na artéria basilar fotografado sob lupa. Cerca de 15 dias após sua formação, o trombo tem cor rósea avermelhada e está aderido à artéria em grande parte de sua circunferência. Presumimos que fosse totalmente oclusivo quando recente. Na microscopia, há sinais claros de organização e canalização.

Destaques da microscopia - trombo da artéria basilar, outros órgãos.

Artéria basilar trombosada - pequeno aumento	Trombo recente	Hemácias falcizadas, fibrina, macrófagos


Trombo em organização	Trombo em canalização	Outros órgãos. Baço


Fígado	Rim	Pulmão


Para macroscopia e destaques da microscopia - infarto da ponte, clique.

Artéria basilar.

Nesta foto em aumento panorâmico, a artéria mostra parede de espessura normal, com íntima fina e sem aterosclerose. O trombo mostra, em aumentos maiores, hemácias falcizadas, grumos de fibrina, macrófagos, células de organização, e capilares neoformados.

Outro corte, ao nível de uma colateral. O trombo insinua-se pela mesma. Há leve espessamento da íntima junto ao pequeno ramo arterial. Contudo, no global, a artéria era praticamente normal e não propiciou a trombose. A causa foi a anemia falciforme, insuspeitada clinicamente.

Trombo recente aderido à parede da artéria.

O trombo, com 15 dias de evolução, mostra-se ainda em grande parte constituído por fibrina e hemácias. Os núcleos de permeio são de macrófagos e células da organização, provenientes da parede do vaso. A aderência à parede do vaso é frouxa.

Hemácias falcizadas, fibrina. As hemácias constituintes do trombo são em grande parte falcizadas, de forma oblonga e extremidades pontiagudas. A fibrina está sob forma de grumos.

Hemácias falcizadas, macrófagos.

Entre as hemácias observam-se vários macrófagos de citoplasma abundante, granuloso e claro. O aspecto xantomatoso se deve a gotículas lipídicas. Alguns contêm também grânulos de hemossiderina, derivada da hemoglobina por liberação do ferro.

Células da reorganização do trombo. Destas células só o núcleo é visível, sendo o citoplasma delicado e formando finos prolongamentos (não distinguíveis neste preparado). Correspondem a células conjuntivas totipotentes, semelhantes a fibroblastos e provêm da parede do vaso, provavelmente de células endoteliais. Estas células vão constituir novos capilares (canalização, abaixo) e fibroblastos, que depositam colágeno.

Capilares neoformados, canalização.

Esta é ainda uma fase precoce da organização do trombo, mas já se vêem capilares neoformados muito finos, em especial próximos à face interna da artéria basilar.

Capilares neoformados, canalização do trombo. Os capilares são reconhecíveis pelo fino revestimento de células endoteliais em monocamada, muito delgadas e com núcleos espaçados, delimitando uma luz, na qual observam-se hemácias, na maioria falcizadas.

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Agradecimentos. Caso estudado conjuntamente com o Dr. João Paulo Uchôa Fontenele, residente R2 do Depto de Anatomia Patológica, FCM-UNICAMP, Campinas, SP.
Fotos mesoscópicas da artéria basilar sob lupa pelo Sr. Adilson Abílio Piaza.
Preparados histológicos pelo Sr. Aparecido Paulo de Moraes.