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A angioressonância,
método
não invasivo, demonstra fluxo vascular arterial
ou venoso (conforme os parâmetros utilizados), sem cateterização
ou injeção de contraste. Ao contrário da angiografia
digital, em que o contraste é injetado em um grande vaso (carótida
interna, externa ou uma das Aa. vertebrais) e demonstra o território
respectivo, na angiorressonância todos os vasos de alto fluxo são
demonstrados simultaneamente (artérias na angiorressonância
arterial, ou veias na angiorressonância venosa), dando boa idéia
das interrelações anatômicas.
As imagens abaixo foram obtidas de cinco pessoas adultas, de ambos sexos, com angioressonância arterial normal, e são aqui usadas para estudar a anatomia das artérias cerebrais. As imagens estão apresentadas segundo o plano de incidência - axial, coronal ou sagital. A técnica permite rodar as imagens em qualquer posição, mas, para simplificar, imagens intermediárias não foram incluídas. Ver também outro caso. |
MELHORES IMAGENS - PLANO AXIAL (dois casos). | |
A projeção segundo um plano axial permite visualizar as três principais artérias cerebrais - anteriores, médias e posteriores. A A. basilar e Aa. vertebrais são projetadas perpendicularmente e aparecem muito curtas ou não aparecem. As Aa. comunicantes posteriores são de difícil visualização, por serem finas e o fluxo por elas pequeno. O mesmo se diga da A. comunicante anterior, que é encoberta pelas Aa. cerebrais anteriores, mas geralmente é visualizável no plano coronal. |
PLANO CORONAL | |
A projeção coronal mostra a A. basilar na linha média e sua relação com as carótidas internas (laterais). Duas artérias cerebelares estão representadas. A terceira (A. cerebelar posterior-inferior ou PICA) não aparece por originar-se mais abaixo, nas Aa. vertebrais. |
PLANO SAGITAL | |
A projeção segundo um plano sagital permite separar bem os dois sistemas arteriais, o carotídeo do vértebro-basilar. As Aa. ccomunicantes posteriores, que comunicam os dois sistemas através do círculo de Willis, não aparecem nesta imagem, possivelmente em função de seu pequeno diâmetro e baixo fluxo. As artérias cerebrais direitas e esquerdas estão superpostas. |
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Masc. 30 a. Este paciente apresentava uma pequena lesão localizada no ístmo do giro do cíngulo E com feições compatíveis com um cavernoma no exame de RM. No restante, a angioressonância arterial era normal, e por sua boa qualidade, a apresentamos aqui. Notar que o cavernoma aparece neste tipo de exame não por que tenha fluxo arterial (o fluxo sanguíneo é tão lento nos cavernomas que não são contrastados nem mesmo em arteriografia digital). É visualizado pelas características de sinal do conteúdo da lesão, provavelmente pela metemoglobina. Neste caso, a A. comunicante posterior E é bem visível, mas não a D. |
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