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Fem. 1 a 7 m. Quadro insidioso de irritabilidade há 2 meses. Há 1 mês – vômitos e dificuldade na marcha. |
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA, axial sem contraste, melhores cortes. A lesão que mais chama a atenção é a grande massa intraventricular espontaneamente hiperdensa, ocupando e dilatando o corpo do ventrículo lateral esquerdo. Tem limites nítidos, contorno arredondado e discretamente lobulado, e comprime o tecido nervoso periventricular. Todo o sistema ventricular está dilatado. Na fossa posterior há duas massas menores, situadas ao nível dos foramens de Luschka (foramens laterais do IVº ventrículo). Como depois ficou claro, tratava-se de metástases por via liquórica do carcinoma de plexo coróide, cuja massa principal era supratentorial. | ||
Implantes
liquóricos de
carcinoma do plexo coróide ao nível dos foramens de Luschka.
Para este exame em detalhe, clique. |
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MELHORES CORTES, T1 COM CONTRASTE. Como o tumor principal no ventrículo lateral E e seus implantes na fossa posterior se impregnam fortemente pelo contraste paramagnético, T1 com contraste é a seqüência que melhor dá idéia da topografia e extensão das lesões. O tumor maior ocupa e dilata a porção mais larga do ventrículo lateral E e avança para seu corno posterior. É sólida e relativamente homogênea em textura e captação, sem áreas císticas. Lesões secundárias situam-se nos ângulos ponto-cerebelares. Há também forte impregnação da leptomeninge que circunda o tronco cerebral, indicando disseminação liquórica da neoplasia. | ||
IMPREGNAÇÃO MENÍNGEA. A captação de contraste na leptomeninge do tronco cerebral é abaixo demonstrada nos três planos ortogonais. No primeiro corte axial, nota-se impregnação da meninge da transição bulbo-medular, que aparece como um anel brilhante em torno da medula. A seguir, outras vistas das lesões secundárias quase simétricas nas cisternas ponto-cerebelares, e impregnação da meninge da face anterior do bulbo, ponte e mesencéfalo, mais nítida na cisterna interpeduncular. Há dilatação global do sistema ventricular, inclusive do IVº ventrículo. Todos cortes, T1 com contraste. | ||
Origem da hidrocefalia. Possivelmente, neste caso, a dilatação ventricular se deve à compressão das saídas do IVº ventrículo pelos implantes na fossa posterior. Um outro fator seria a disseminação tumoral pela leptomeninge da base, dificultando o fluxo liquórico, como se observa em meningites crônicas da base (exemplos: tuberculose, toxoplasmose, cisticercose). É conhecido que papilomas de plexo coróide se acompanhem de hidrocefalia por hipersecreção (para exemplo, clique). Porém, no presente caso, o tumor era tão indiferenciado que qualquer atividade secretória parece improvável. Ver histologia em HE. |
CORTES AXIAIS. O tumor é isointenso ao córtex cerebral em T1 e T2, de textura relativamente homogênea. É discretamente hiperintenso em FLAIR, sugerindo caráter hidratado. Há discreta orla de hipersinal na substância branca periventricular, especialmente nos fórceps menores (pontas anteriores dos ventrículos laterais), por passagem de líquor sob pressão através do epêndima (transudação liquórica transependimária). Com contraste, há forte impregnação (imagens acima). | ||
T1 SEM CONTRASTE | T2 | FLAIR |
Para este exame em detalhe, clique. |
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Sem contraste. | ||
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CORTES AXIAIS, T1 COM CONTRASTE | ||
CORONAIS, T1 COM CONTRASTE | ||
SAGITAIS, T1 COM CONTRASTE | ||
AXIAIS, T1 SEM CONTRASTE | ||
T2 | ||
FLAIR | ||
CORONAIS, FLAIR | ||
SAGITAIS, FLAIR | ||
Caso do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Centro Médico de Campinas, gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes. Campinas, SP. |
Para mais imagens deste caso: | ||||
Macro, HE | IH | ME | Plexo normal do mesmo caso | Comparação entre papiloma e carcinoma do plexo coróide |
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Mais casos de tumores do plexo coróide:
papiloma (imagem) (histologia); carcinoma (imagem) (histologia). |
Comparação
entre
papiloma e carcinoma do plexo coróide |
Tumores do plexo coróide:
texto, banco de imagens |
Plexo coróide normal:
(1) (2) (3) |
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