As cisternas basais (supraselar, perimesencefálica
e silviana bilateralmente) estão preenchidas por conteúdo
hiperdenso que se impregna discretamente pelo contraste, e que corresponde
ao exsudato tuberculoso. No córtex cerebral, nota-se impregnação
da leptomeninge dos giros e dos sulcos (melhor visto no 3o. e 4o. cortes).
Há uma grande dilatação ventricular supratentorial
(ventrículos laterais e III ventrículo), com permeação
liquórica transependimária, demonstrando que se trata
de uma hidrocefalia hipertensiva. A permeação liquórica
geralmente é melhor vista nos cornos anteriores e posteriores dos
ventrículos laterais. A borda do ventrículo fica borrada
devido à menor densidade do tecido nervoso, onde penetrou o líquor.
O IV ventrículo está de tamanho normal, o que sugere uma
obstrução ao nível do aqueduto de Sylvius (não
observável nestas imagens). Há ainda áreas atróficas
temporais e frontais, cuja origem não está clara. Há
também um infarto parieto occipital E, melhor notado no 3o. e 4o.
cortes. Este infarto poderia dever-se à vasculite, comum nas meningites
crônicas.
Em resumo,
trata-se de um caso de meningite tuberculosa que cursa com as complicações
comuns de hidrocefalia e infartos cerebrais. |