Neupatimagem-UNICAMP

Carcinoma de plexo coróide.
1. Macro, lâminas escaneadas, HE.

Espécime. Fem. 1 a 7 m. Amostra retirada do tumor intraventricular. Pequena massa de tecido esbranquiçado, superfície externa aveludada em certas áreas, irregular em outras, com cerca de 2 cm no maior diâmetro. Em uma das faces havia estrutura compatível com plexo coróide, o que se confirmou no estudo histológico.

Nesta página: macro, lâminas escaneadas, HE. Em outras páginas: imunohistoquímica, microscopia eletrônica, área de plexo normal no mesmo caso, e comparação entre papiloma e carcinoma do plexo coróide.

Aos cortes, a maior parte do fragmento tinha aspecto sólido, cor esbranquiçada, com algumas áreas mais amareladas sugestivas de necrose.

Superfície externa	Em corte

Lâmina escaneada.

Dá visão intermediária (mesoscópica) entre o espécime macro e imagens histológicas obtidas com a objetiva panorâmica (4x) do microscópio.

Comparação entre espécime macro em corte, e lâminas escaneadas de HE, tricrômico de Masson, e imunohistoquímica para proteína S-100, vimentina e p53. No tricrômico de Masson, as áreas de fibrose aparecem em azul. O plexo coróide remanescente destaca-se na reação para proteína S-100. Em vimentina, áreas necróticas e fibróticas ficam negativas, tumor e plexo são fortemente marcados. p53 realça as áreas tumorais pela riqueza em núcleos positivos.

HISTOLOGIA - HE

Destaques da microscopia.

HE. Esboço de arquitetura papilífera	Áreas sólidas predominavam	Intensa atividade mitótica


Mitoses atípicas.	Necrose coagulativa	Apoptose


Para destaques da imunoistoquímica, clique.

Aspecto geral.

Neoplasia indiferenciada de padrão epitelial, com focos de necrose. Coexistiam áreas lembrando a arquitetura papilífera do plexo coróide, e áreas sólidas com impressionante atividade mitótica. Detalhes abaixo.

Esboço de arquitetura papilífera. Especialmente nas áreas mais superficiais da amostra, observava-se disposição de células ao longo de eixos vasculares, com espessura variando de uma a múltiplas camadas de células. Há imitação rudimentar da arquitetura papilífera do plexo coróide.
As células mais superficiais tinham arranjo regular, e muitas vezes não faziam limite com áreas necróticas. Portanto, nestas regiões, o arranjo poderia ser dito verdadeiramente papilífero e não pseudopapilífero (criado pela permanência de células viáveis junto a vasos e necrose das células mais distantes destes).

Áreas tumorais sólidas. Partes do tumor tinham arranjo compacto muito semelhante a um carcinoma sólido de outros órgãos. Nelas havia intensa atividade mitótica, às vezes excedendo dez mitoses por campo de grande aumento, com alta proporção de mitoses atípicas.

Atividade mitótica. Mitoses típicas, predominantemente na forma de placas metafásicas no equador celular, eram encontradiças, não raro aos pares. Para estas mitoses em microscopia eletrônica, clique.

Mitoses atípicas. Nestas, imperava a anarquia da distribuição dos cromossomos, sem formar um plano metafásico definido. Havia metáfases tripolares (em forma de hélice de avião ou de 'estrela da Mercedes'), e outras com cromossomos condensados ou soltos em toda sorte de padrões aberrantes.

Necrose coagulativa, como em qualquer tumor indiferenciado de alto grau, era encontrada em áreas. Células nas proximidades de vasos eram menos afetadas, por vezes criando um padrão 'pseudopapilífero'.

Necrose, apoptose. Na margem de áreas necróticas, não raro, as células apresentavam características morfológicas próprias da apoptose, tais como condensação periférica da cromatina nuclear formando meias luas ou fragmentação do núcleo em partículas fortemente basófilas (corpos apoptóticos). Para figuras de apoptose em microscopia eletrônica, clique. Para mais sobre apoptose, clique.

Caso do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Centro Médico de Campinas, gentilmente contribuído pelos Drs. Antonio Augusto Roth Vargas, Marcelo Senna Xavier de Lima, Paulo Roland Kaleff e residentes. Campinas, SP.

Para mais imagens deste caso:
RM	IH	ME	Plexo normal do mesmo caso	Comparação entre papiloma e carcinoma do plexo coróide

Texto sobre tumores do plexo coróide